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TRISTE POSIÇÃO

Em Minas, pelo menos 750 mil pessoas tiveram conflitos com a mineração no último ano

Além do número elevado de cidades com mineração no estado, política do governo estadual pode estar por trás deste número

09.set.2021 às 18h56
Belo Horizonte (MG)
Rafaella Dotta

Maioria dos conflitos tinham como principais motivos a terra e a água - Isis Medeiros

O Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente à Mineração lançou um importante levantamento das violações cometidas pelo setor minerário. Ao todo, foram contabilizadas 823 ocorrências de conflitos em todo o país, envolvendo ao menos 1 milhão de pessoas.

482 municípios mineiros têm atividades minerárias atualmente

O Mapa dos Conflitos da Mineração no Brasil levantou que, dos casos mapeados, 45% aconteceram em terras mineiras, tendo Pará (14,9%) e Bahia (9,8%) na sequência. Já em relação ao número de pessoas atingidas, Minas Gerais concentra 75%, ou seja, mais de 750 mil pessoas, seguido por Alagoas (66 mil pessoas), Pará (cerca de 50 mil pessoas) e Roraima (cerca de 43 mil pessoas).

Número de atingidos pode chegar a milhões

O número de atingidos é preocupante, mas pode ser ainda maior. Letícia Oliveira, da coordenação estadual do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) em Minas Gerais, avalia que os rompimentos das barragens da Samarco/Vale/BHP Billiton em Mariana e a barragem da Vale em Brumadinho, respectivamente, podem ter atingido 500 mil e 600 mil pessoas diretamente. Os impactos indiretos certamente chegariam a milhões de pessoas.

“No mapa estão os conflitos que conseguiram ser mapeados. Porém, às vezes as pessoas não falam, ou estão em lugares mais afastados que as pesquisas e mídias não conseguem chegar”, comenta. “Em outras situações há o não reconhecimento. A população não se sente atingida, mas já está tendo a sua vida modificada”.

Mineração é o setor reconhecido como mais insalubre e mais periculoso

Ela relembra ainda as barragens em risco de insegurança nível 3 que existem em Minas Gerais, como no distrito de Macacos e Barão de Cocais, em que a população ainda não voltou para suas casas. “E, nesse caso, toda uma região sofre o impacto. A desestruturação econômica e das relações sociais reverberam para outras comunidades. Os impactos não ficam localizados onde está o empreendimento”.

Segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), 482 municípios mineiros têm atividades minerárias atualmente e receberam a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos (CFEM) em 2020. O Mapa conseguiu levantar conflitos em 121 municípios mineiros, o que sugere a existência de uma subnotificação de registros na mídia e órgãos oficiais, em que se baseia o levantamento.

Terra, água e saúde no centro dos conflitos

A maioria dos conflitos levantados tinham como principais motivos a terra (384 ocorrências) e a água (319 ocorrências). Não estranha que os conflitos aconteçam por conta de dois recursos tão fartos no país?

“Não, não é estranho, porque é inerente ao modo de operar da mineração”, responde Luiz Paulo Siqueira, da coordenação do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM) em MG. “Ao se instalar, a mineração desconfigura a paisagem, removendo serras, matas, famílias. Há uma ocupação extensa de terras pelas estruturas de logística da mineração”.

Além disso, as consequências para o ambiente do entorno acabam fazendo com que mais moradores se retirem “espontaneamente” do local. Já o conflito com a água, segundo Luiz, se dá por dois motivos principais: a destruição das nascentes e de zonas de recarga hídrica, assim como a contaminação de cursos d’água.

Um terceiro e forte motivo presente nos conflitos em Minas, diz Luiz Paulo, são os problemas de saúde. “Esses projetos minerários tornam o ambiente extremamente insalubres. Não só para as comunidades, mas no próprio ambiente de trabalho. A mineração é o setor reconhecido pela Organização Internacional do Trabalho como o mais insalubre e mais periculoso. O número de acidentes de trabalho é altíssimo aqui em Minas”, relata.

Governo Zema tem estimulado mineração

O grande número de cidades com atividades minerárias pode ser o fator principal para Minas Gerais liderar o Mapa dos Conflitos da Mineração. Porém, não seria o único. Movimentos populares têm denunciado a política do governo Romeu Zema (NOVO) de estímulo à produção mineral “ao máximo”.

Ainda de acordo com relatório do Ibram de 2020, Minas Gerais foi o estado que apresentou a maior elevação de faturamento em relação ao ano anterior: 122%. Com isso, a arrecadação da CFEM no estado mais que duplicou, chegando a R$ 1,9 bilhão.

A alta tem relação com a subida do preço do minério de ferro (135% em um ano), com a alta do dólar e com as exportações para a China. Isso tudo, na opinião do integrante do MAM, tem aumentado em Minas a pressão pelo licenciamento de novos grandes projetos minerários.

“Romeu Zema tem se aproveitado dessa onda de elevação do preço do minério de ferro para estimular a produção mineral ao máximo. Em todas as reuniões do Copam [Conselho Estadual de Política Ambiental], quinzenalmente, eles têm puxado uma lista extensa de projetos a serem licenciados. São projetos de grandes impactos sociais e ambientais, mas que não têm tido o menor espaço ou tempo de debate com as comunidades que serão atingidas”, analisa Luiz Paulo.

Acesse o Mapa

O Mapa dos Conflitos da Mineração no Brasil é produzido anualmente pelo Comitê Nacional em Defesa dos Território Frente à Mineração, que articula cerca de 100 organizações da sociedade civil e está em atividade desde 2013.

O levantamento constrói um banco de dados a partir de registros de conflitos em jornais, portais de notícias, redes sociais, mídia independente e material dos movimentos sociais, somadas às ocorrências tabuladas anualmente pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) para os conflitos da mineração no campo.

O mapa completo pode ser acessado aqui.

 

 

Editado por: Elis Almeida
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