Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Geral

Evangelização

Entidades reagem à possível nomeação de pastor na chefia de índios isolados da Funai

Evangélico Ricardo Lopes Dias atua na conversão religiosa de indígenas há mais de duas décadas

31.jan.2020 às 18h58
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h54
São Paulo
Nara Lacerda
Registro da Terra Indígena Vale do Javari

Registro da Terra Indígena Vale do Javari - Adam Mol/ Funai/ AFP

A possibilidade de nomeação do pastor Ricardo Lopes Dias para a Coordenadoria Geral de Índios Isolados e Recém Contatados (CGIIRC) da Fundação Nacional do Índio (Funai) gerou duras críticas de diversas entidades ligadas à causa indígena. Desde 1997, o pastor atua na evangelização de povos originários na região amazônica. 

A Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) divulgou nota em que afirma que a nomeação de uma pessoa ligada a atividades de proselitismo religioso para o cargo representa um crime de genocídio e etnocídio. 

“Nossas famílias sofreram historicamente com a atuação de missionários proselitistas — muitos deles da Missão Novas tribos do Brasil (MNTB) – que fizeram contato forçado com nossos avôs e avós. O contato forçado foi feito através de mentiras, violência e ameaças de morte.”

Em outro trecho, o texto afirma que as práticas evangelizadoras foram responsáveis por forçar culturas inteiras a abandonar sistemas socioculturais e crenças. 

“Tentaram insistentemente – através de mentiras, ameaças, castigos físicos, entre outros — nos cooptar para nos submeter às suas idéias e sua forma de pensar o mundo. A atividade proselitista missionária nos causou morte física, morte sociocultural, destruição de nossos territórios físicos e espirituais.”

O grupo faz ainda um alerta sobre a relação de missionários com ruralistas. “Sabemos que hoje existem grupos religiosos proselitistas e evangélicos aliados aos criminosos grupos ruralistas que planejam se apoderar do que resta dos
nossos territórios.”

 “Temos a certeza que a atividade dos missionários proselitistas caminha junto com a destruição de nossos últimos territórios.”

Também por meio de nota, a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), que representa sete povos, expressou repúdio à possibilidade de nomeação do missionário evangélico. 
    
“Essa é mais uma atuação estúpida e irresponsável do atual presidente do órgão indigenista do Estado Brasileiro que, claramente, vem usando a instituição do Estado Brasileiro para beneficiar setores retrógrados, como o fundamentalismo evangélico e o agronegócio.” 

A entidade ressalta ainda a importância de que seja mantida a isenção institucional e a imparcialidade na atuação da Funai e lembra que Constituição Federal garanta a proteção às etnias.  

“No caso dos índios isolados, são grupos que dependem única e exclusivamente da proteção de sua integridade física e territorial do Estado Brasileiro (…)  A atuação missionária nas aldeias tem sido nociva tanto quanto as doenças, pois causa a desorganização étnica, social e cultural dos povos indígenas. No Javari os missionários nos dividiram em quem era de Deus e quem era do Diabo, isso para os isolados significa a completa extinção.”

Governo de retrocessos 

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) manifestou repúdio às iniciativas do governo de Jair Bolsonaro em relação aos povos indígenas isolados e de recente contato. Segundo a entidade, as decisões afrontam a Constituição Brasileira 

“O governo Bolsonaro dá evidentes sinais de abandono à perspectiva técnico-científica, do respeito ao direito de existência livre desses povos, com seus próprios usos, costumes, crenças e tradições, em seus territórios devidamente reconhecidos e protegidos (CF Art. 231), para uma orientação neocolonialista e etnocida, de atração e contato forçados, com o uso do fundamentalismo religioso como instrumento para liberar os territórios destes povos à exploração por grandes fazendeiros e mineradores.”

Segundo a organização, o governo e os grupos econômicos ligados às políticas que vêm sendo implementadas são responsáveis pelo "potencial e iminente genocídio e etnocídio de povos indígenas no Brasil".

A Defensoria Pública da União cobrou informações que foram requeridas pelo órgão no início de novembro de 2019 sobre a execução da política aos Indígenas Isolados e de Recente contato. O pedido tinha intenção de esclarecer a situação de povos do Vale do Javari. 

As etnias enfrentavam uma onda crescente de violência por parte de invasores que exploravam recursos naturais da região ilegalmente. Frente a atentados, falta de segurança, recursos humanos e materiais, o trabalho de servidores da Funai foi prejudicado.

Após três meses do pedido, o governo ainda não repassou os dados. A Defensoria reforçou o pedido e manifestou preocupação com a possibilidade de mudanças nas políticas públicas de proteção aos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato.

Para possibilitar a nomeação do pastor, o presidente da Funai mudou o regimento interno do órgão. Anteriormente era obrigatória a indicação  de servidores de carreira para o cargo. Segundo a Defensoria Pública da União, “o risco de uma nomeação que não atenda a critérios técnicos é a morte em massa de indígenas, decorrente de doenças a partir do contato irresponsável ou dos conflitos flagrantes com missões religiosas, madeireiros, garimpeiros, caçadores e pescadores ilegais.”

No documento divulgado nesta sexta-feira, a Defensoria alerta que a comunidade internacional está atenta às medidas às práticas adotadas pelo governo brasileiro em relação aos povos indígenas. O texto lembra a política do não contato foi adotada pela Funai como linha de atuação desde a década de 1980 e é essencial para garantia da vida desses povos. 

Editado por: Rodrigo Chagas
Tags: bolsonarofunaiterra indígenavale do javari
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Finalmente

Gripe aviária: 17 países suspendem restrição à carne brasileira

VITÓRIA

AGU pede suspensão do leilão de terras em áreas protegidas e comunidades tradicionais em Paraty (RJ)

Campeonato global

‘Futebol não é só europeu’: Mundial de Clubes mostra qualidade brasileira e equilíbrio entre países, avalia jornalista

Guerra

Trump se irrita com Netanyahu: ‘Eu preciso fazer Israel se acalmar’

CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Hospitais privados poderão trocar dívidas por atendimento ao SUS

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
  • Bem Viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevistas
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.