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Crise

Moradores de ocupações urbanas do Paraná fazem campanha para arrecadar material escolar

Sem apoio do poder público, auto-organização tem sido a saída para minimizar impactos da crise econômica

20.jan.2022 às 14h31
Curitiba (PR)
Lia Bianchini

Pandemia aprofundou cenário caótico que vinha se desenhando no Brasil desde 2018, explica economista do Dieese - Foto: Giorgia Prates

Na Vila Formosa, bairro Novo Mundo, na periferia de Curitiba, cerca de 150 crianças estão prestes a começar o ano letivo sem materiais básicos para os estudos, como caderno, lápis e borracha. Sem qualquer amparo do poder público, os próprios moradores mobilizam campanha para arrecadar materiais e doações em dinheiro.

“Sabemos que estudar sempre foi difícil para o povo da periferia, com pouco ou nenhum recurso”, afirma Juliana Santos de Sousa, moradora da Vila Formosa e integrante da União de Moradores e Trabalhadores do Bolsão Formosa (UMT).

Ela conta que muitos adolescentes e crianças da área não têm caderno, mochila, não recebem vale transporte e enfrentam diversos obstáculos para conseguirem permanecer estudando. “Essa ação vem tentar incentivar o estudo e o conhecimento, mudar a realidade, trazer um pouco de dignidade às famílias”, complementa.

A pouco mais de 100 quilômetros dali, em Pontal do Paraná, litoral do estado, a situação se repete. Doações em dinheiro e materiais básicos estão sendo arrecadados por moradores, em campanha autogestionada.

Cláudia Antônia Roberto, moradora de uma ocupação urbana no município e uma das pessoas envolvidas na campanha, conta que são cerca de 30 adolescentes que estudam em colégio estadual e precisam de materiais escolares.

“Precisamos de 30 cadernos de 10 matérias, 30 lápis, 30 borrachas, 30 apontadores, 30 caixas de lápis de cor, 30 canetas azuis e 30 vermelhas. Mas qualquer doação será bem vinda para ajudar esses meninos e meninas”, diz.

Seja na capital ou no litoral, as moradoras contam que a pandemia aprofundou a situação de vulnerabilidade econômica das famílias.

“Com a pandemia, muitos pais ficaram desempregados e sem condições de comprar material escolar e uniformes para alunos da rede estadual”, relata Cláudia. Ela pondera que, na rede municipal, a Prefeitura de Pontal do Paraná oferece o material nas escolas.

Já na Vila Formosa, através da UMT, Juliana já participava de ações para minimizar o impacto da pandemia nas famílias da área, como doação de marmitas. Ao longo dos últimos dois anos, no entanto, os pedidos por materiais escolares se somaram às demais necessidades.

“Antes era um projeto entre amigos da família, todo ano montavam alguns kits [de material escolar], mas depois da pandemia a procura aumentou bastante”, conta Juliana. “É importante lembrar que não temos ajuda do poder público”, reforça a moradora.

Inflação alta e renda baixa

De fato, a pandemia aprofundou um cenário caótico que vinha se desenhando no Brasil desde 2018, como explica o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PR), Sandro Silva.

“A gente observa que continua numa situação extremamente complicada, com o desemprego alto, aumento da precarização, com redução da renda. Por outro lado, a gente tem uma inflação extremamente alta, que penaliza ainda mais a população”, explica.

O economista aponta exemplos de itens básicos que estão pesando cada vez mais no bolso da população, como água, luz, gás de cozinha e alimentos. A cesta básica em Curitiba, por exemplo, teve aumento de 17,76% em 2021, o maior aumento no país. A energia, no Paraná, aumentou 24%. Combustíveis tiveram aumento de 52%.

Em contrapartida, para tentar driblar a crise, a forma mais fácil de conseguir uma fonte de renda têm sido subempregos. “Estão crescendo as ocupações precárias com renda baixa. A gente observa que houve uma queda significativa de renda no Paraná e no Brasil”, conta Sandro.

“Então, além do desemprego ainda continuar alto, as ocupações que estão gerando são precárias. O que já era uma tendência antes da pandemia só foi agravada pela pandemia, em função do baixo crescimento econômico e também da reforma trabalhista”, conclui o economista.

Saiba como ajudar

Na Vila Formosa, as doações estão sendo recebidas em um ponto fixo de coleta, no endereço: Rua Magdalena Taborda Ribas, nº 142, Novo Mundo. Doações em dinheiro também podem ser feitas (conforme informações na imagem abaixo). Para mais informações, entre em contato com o número: (41) 99940-0656.


Divulgação

Em Pontal do Paraná, as doações físicas podem ser combinadas através do contato: (41) 99728-8181. Doações em dinheiro podem ser feitas via PIX: 157.327.058.05 ou (41) 997745200. Haverá prestação de contas dos valores recebidos.

Respostas oficiais

A reportagem do Brasil de Fato Paraná entrou em contato com a Prefeitura de Curitiba e com o governo do Paraná, relatando a situação das famílias das ocupações e questionando se existe alguma iniciativa do poder público para ofertar o material escolar.

Por meio da assessoria de imprensa, a prefeitura respondeu apenas que “Não é fornecido material escolar na rede municipal.”

Já o governo do estado enviou uma nota, que reproduzimos na íntegra abaixo.

“As próprias escolas ofertam esse material escolar básico para alunos e alunas em maior situação de vulnerabilidade. Os recursos são oriundos das cotas de consumo do programa Fundo Rotativo (executado pelo Fundepar), que faz repasses direto às instituições de ensino para compras de materiais de expediente, limpeza, pedagógicos, entre outros. Diretores, pedagogos e professores identificam estudantes que não tiveram condições de adquirir os materiais e então os fornecem para que tenham um processo de aprendizagem adequado. É importante ressaltar que o material didático já é fornecido pelo Estado.”

Editado por: Pedro Carrano
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