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transporte

Motoristas de Uber fazem paralisação mundial contra política de tarifas do aplicativo

Empresa criada em 2009 nos EUA vai abrir capital no mercado de ações em meio a críticas sobre precarização

08.maio.2019 às 11h18
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h49
São Paulo (SP)
Juca Guimarães

Motoristas brasileiros criticam a dinâmica de divisão dos lucros e regras do aplicativo - Reprodução

Os motoristas de Uber fazem um protesto mundial nesta quarta-feira (8) contra a política de tarifas da empresa estadunidense,responsável pelo aplicativo de transporte. A data coincide com a entrada da multinacional no mercado de ações, dez anos após sua criação. A expectativa da empresa é de se aproximar do resultado alcançado pelo Facebook, em 2012, quando movimentou US$ 16 bilhões na sua estreia nas bolsas de valores.

O contraponto à expectativa de lucro recorde da empresa é a relação cada vez mais desigual com os motoristas “parceiros”, termo usado pelo aplicativo para desvincular relações de empregado e empregador.

No Brasil, as reivindicações também giram em torno da segurança dos motoristas e da falta de transparência da empresa, que chegou ao país em julho de 2014.

“Os motoristas trabalham cada vez mais horas ganhando cada vez menos. Em geral, eles trabalham para mais de um aplicativo. As reivindicações são em torno das remunerações, aumento do valor do quilômetro rodado e o aumento da taxa mínima, mas também sobre a relação com as plataformas. Por exemplo, o banimento sem direito de defesa, informações sobre o destino da viagem, redução do tempo de espera pelo passageiro e taxa extra para trabalho noturno”, explica o pesquisador Caetano Patta, doutorando em Ciências Políticas pela USP e que está estudando novas formas de engajamento político, como resultado da precarização das condições de vida e crise na democracia.

Aplicativos desligados e carreatas

Durante os protestos, os motoristas vão desligar os aplicativos e devem acontecer carreatas em algumas cidades brasileiras. Segundo a Uber, no Brasil, mais de 17 milhões de brasileiros usam o aplicativo. Cerca de 530 milhões de viagens foram realizadas entre julho de 2014 e setembro de 2017.

“O número de motoristas aumentou. Eram 600 mil motoristas, sendo 150 mil só em São Paulo. Ainda que o número de passageiros tenha aumentado também, a competição pelas corridas aumentou. O custo da gasolina aumentou e o custo de vida aumentou muito. Nesse período, o desemprego também aumentou muito, então dirigir carro por meio de plataformas, com a Uber e a 99, passou a ser a atividade principal de remuneração e sustento de muitas famílias”, analisa Patta.

Ao todo, cerca de 14 milhões trabalham para aplicativos no Brasil. De acordo com Caetano Patta, houve uma rápida lua-de-mel, quando os aplicativos eram apenas uma opção de complementação de renda. Entretanto, ainda segundo o cientista político, o crescimento do número de motoristas acompanhou o desemprego e o desenrolar da crise no Brasil. "Para o sujeito que está distribuindo currículo e fazendo cadastro em site de emprego, mas não acha nada, dirigir para aplicativo é quase que uma solução imediata para o problema. No entanto, ela coloca nas costas do trabalhador toda a responsabilidade do trabalho. É uma das faces do neoliberalismo", argumenta. 

Patta destaca, ainda, o aspecto da individualização da responsabilidade pelo trabalho, uma característica neoliberal alavancada pelo uso dos aplicativos. "O cara é responsável por manter o carro em ordem, pelo seguro, pela manutenção e pela sua própria segurança. Ele também é responsável por corresponder às expectativas dos usuários”, agrega o cientista político.

O diretor de políticas públicas da Uber, Daniel Mangabeira, participou de uma audiência pública no Congresso Federal, em 2017. Na ocasião, ele reafirmou que não existe relação de trabalho entre aplicativos e motoristas, mas sim de intermediação.

“É um sistema intermediado, ou seja triangular, e já aí se percebe uma diferença muito marcante entre os sistemas tradicionais que são, em sua essência, bilaterais onde a contratação se dá entre o contratante e o prestador do serviço. Aqui há, necessariamente, uma intermediação alicerçada por tecnologia”, disse Mangabeira.

O isolamento e a individualização dos motoristas de aplicativos cria um novo modelo de mobilização. 

Para fortalecer a união da categoria, as redes sociais, grupos de mensagens de celular e o Youtube foram as ferramentas encontradas. Há muitos youtubers que são motoristas e que compartilham sugestões, dicas, casos do cotidiano e experiências. Eles chamam a atenção dos usuários, da sociedade em geral e, principalmente das empresas, para as condições de vida dos motoristas. "Se continuar o aumento da gasolina e do preço dos alimentos, esses motoristas vão chegar num ponto de estrangulamento que vai impedir a realização do serviço que eles prestam”, asseverou Patta.

O Brasil de Fato questionou a Uber sobre as reivindicações dos motoristas e sobre a paralisação prevista para esta quarta, porém, a empresa não respondeu até a publicação desta reportagem.

Editado por: Rodrigo Chagas
Tags: crisedesempregoeconomiamotoristaradioagênciauber
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