O debate sobre a concessão da maior honraria da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALRS), a Medalha do Mérito Farroupilha, ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, foi adiado devido a um pedido de vistas do deputado Edegar Pretto (PT). Com isso, a análise da homenagem ao ex-juiz da Lava Jato proposta pelo deputado Capitão Macedo (PSL) deve ficar para agosto, após o recesso parlamentar que começa nesta quinta-feira (18).
Segundo Pretto, o pedido de vistas justifica-se pelo fato de Moro estar licenciado do ministério. “Quando Sérgio Moro retornar ao cargo, se retornar, o pedido de concessão da medalha poderá ser apreciado pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa”, disse.
Em meio a críticas por seu envolvimento com os procuradores da Operação Lava Jato, conforme denúncias divulgadas nas reportagens do The Intercept Brasil, Moro está passando uma semana nos Estados Unidos. Em seu twitter, o deputado federal Paulo pimenta (PT), questionou a licença concedida por Bolsonaro. “Sérgio Moro não é servidor público. O cargo de ministro de Estado se encaixa no que a legislação denomina de Agente Político”, aponta.
Do mesmo partido do presidente Jair Bolsonaro, o propositor da homenagem acredita não ver empecilhos à sua concessão. Para Macedo, Moro tem renome internacional em razão do combate à corrupção e contribuiu para o Estado enquanto ministro.
Em 2015, o então deputado estadual Marcel Van Hattem (Novo) havia concedido a Medalha do Mérito Farroupilha ao então juiz da 13º Vara Federal de Curitiba. Moro nunca veio até a ALRS para receber a honraria. Conforme a legislação, cada parlamentar gaúcho tem o direito de conceder uma medalha por mandato.
* Com informações do Sul 21 e da Rádio Guaíba
