Na última terça-feira (21), o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Ulbra em conjunto com a Associação dos Funcionários (Asfulbra), a Associação dos Docentes (Adulbra), a UEE e a UNE, uniram-se para um ato com abraço coletivo na Universidade Ulbra. A ação ocorreu em frente ao prédio 1 do campus Canoas e teve como objetivo demonstrar que a Instituição está viva apesar do desmontem que vem sofrendo nos últimos anos.
Conforme destaca o DCE da Ulbra, a Universidade Luterana do Brasil é uma instituição histórica para o estado. Com quase 50 anos de atuação, a Ulbra já formou mais de 202 mil profissionais na graduação e na pós-graduação, além de envolver a cada ano milhares de pessoas em projetos sociais.
“Foi a universidade que mais acolheu os estudantes bolsistas do ProUni e do FIES no início desses programas e que até hoje abriga os sonhos de milhares de estudantes filhos de trabalhadores de acessar e se formar no ensino superior. Nos entristece muito o desmonte que a Ulbra vem sofrendo, nos últimos anos foram extintos em média 25 cursos, mais de 30 cursos deixados apenas na modalidade EAD, professores demitidos e milhares de colegas migrando de universidade pelo medo constante, que todos sentimos, de que com a sua falência percamos nossa bolsa e nosso sonho de cursar o ensino superior de qualidade. Por isso, desde o começo da gestão nos reunimos diversas vezes com a Reitoria e fizemos várias campanhas em defesa da universidade”, destaca nota da entidade.
Segundo a organização, quando o Plano de Recuperação Judicial foi reprovado em assembleia esse medo aumentou. De acordo com a nota, a sentença favorável da Juíza Luciane Di Domenico Haas ao Plano alivia e dá perspectiva de permanência. Contudo, salienta que é preciso estar atento.
“A venda não pode significar um prejuízo na qualidade do ensino. Educação não é mercadoria! É muito importante que os estudantes e toda sociedade gaúcha estejam juntos nessa mobilização. Sabemos da importância da Ulbra para a educação do nosso estado e queremos deixar a comunidade acadêmica ciente que com a aprovação do plano de recuperação judicial não se encerram as nossas mobilizações. Nós das entidades estudantis continuaremos cobrando que a Ulbra siga o melhor caminho para a sua plena recuperação e que os alunos tenham os seus direitos assegurados, com a continuidade da oferta de um ensino de qualidade para todas e todos”, finaliza.
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