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LUTA FEMINISTA

Artigo | “Combinaram de nos matar. Mas nós combinamos de não morrer” (Conceição Evaristo)

Neste 8 de Março conclamamos para estarem nas ruas e nas redes todas, todos e todes: é urgente derrubar Bolsonaro

03.mar.2022 às 15h56
Porto Alegre
Silvana Conti

"Temos hoje novos ventos soprando nas nossas mentes e corações" - Fotos: Divulgação

A escrita converte-se em um ato político!

Juntamos as nossas vozes, as nossas lutas, as nossas potências para escrever a quatro mãos este texto neste mês de março de 2022, onde temos imensos desafios e muita esperança de que vamos virar o jogo do Brasil e do povo brasileiro.

O escrever pode ser um ato de descolonização e resistência, justamente nesse processo quando deixamos de ser objeto e nos tornamos sujeitas. Essa inspiração de pensar objeto para sujeito, segundo GRADA KILOMBA (2019), vem dos escritos de BELL HOOKS (1989), que afirma que o falar com a própria boca, o escrever com as próprias palavras, nos coloca no lugar de visibilidade, poder e protagonismo que temos o direito de ocupar.

O patriarcado, o colonialismo, o racismo e o sexismo constituem formas de dominação que caracterizaram o período de escravização e que, no que pese apresentarem dinâmicas diferentes em cada contexto nacional, influenciaram a formação dos aspectos da vida social. E por mais que estejamos em 2022, seguem estruturando as relações na sociedade atual.

Na história brasileira, em 1888, ocorria a abolição da escravatura. As mulheres e os homens negros estavam livres, mas, perante a lei e a sociedade, não eram cidadãos e não tinham os mesmos direitos de seus pares. Os homens brancos estavam no topo da pirâmide social, como ainda ocorre hoje, passado mais de 130 anos. Não há dúvidas que a escravidão deixou marcas profundas, desumanizando os(as) escravizados(as), violentando as mulheres e criando estereótipos ou padrões que ainda estão presentes no inconsciente coletivo.

Vivemos em uma quadra política de avanço do conservadorismo e de perda de direitos sociais e trabalhistas historicamente conquistados. Os dias de chumbo da ditadura militar de 1964 nos lembram o período que estamos vivendo nos dias de hoje.

As desigualdades sociais estão estampadas nas ruas, com milhares de pessoas e famílias ao relento. Mais da metade da nação – 116,8 milhões de pessoas – vive sob insegurança alimentar e 19 milhões estão passando fome.

A pandemia de covid-19 escancarou ainda mais essa realidade, que tentava se esconder atrás de mitos como a meritocracia e a democracia racial brasileira. O imenso abismo existente entre ricos e pobres e a desigualdade social e racial ficaram ainda mais expostos, como uma incômoda ferida aberta.

O país ultrapassa à dolorosa marca de mais de 640 mil mortos pela covid-19. Essa tragédia, associada ao agravamento da situação geral do país se deve à postura negacionista do presidente que tem como marca de seu governo o projeto ultraliberal, neocolonial e autoritário. O presidente além de genocida, é misógino, racista e LGBTfóbico.

O coronavírus atingiu a todos(as), com certeza, mas ele afetou ainda mais a vida da população que já estava em vulnerabilidade, como as mulheres das comunidades periféricas, principalmente, as mulheres negras. Foram as mulheres que ficaram mais expostas à violência doméstica, ao desemprego, à sobrecarga de trabalho e ao medo. O medo de “levar a doença para casa” teve que pesar menos na balança, do que o medo da fome e do desemprego.

Os mecanismos históricos de opressão e dominação criaram uma condição onde a mulher negra tem ficado, ao longo do tempo, em uma situação de maior vulnerabilidade social. De acordo com ANGELA DAVIS (1981) é necessário entender esta relação entre raça, classe e gênero, para se pensar um novo modelo de sociedade. Lutar por um outro mundo possível precisa passar pela compreensão que estes fatores se correlacionam e que a questão racial e de gênero são tão importantes quanto a de classe.

O racismo, assim como o machismo, está enraizado em nossa sociedade. Sendo ele estrutural, as ações não podem centrar-se somente nos indivíduos, mas também nas estruturas que mantêm o sistema de privilégios, de vantagens e de discriminações. A eleição de Bolsonaro demostrou este enraizamento, o conservadorismo, a violência e a necessidade de aprofundar o discurso, a prática, a educação e as políticas públicas antidiscriminatórias no Brasil.

O projeto bolsonarista, que representa a face mais nefasta do Estado capitalista, tem uma agenda racista, antipovo, reacionária e conservadora. Que aposta na ordem patriarcal, na violência de gênero, no gabinete do ódio, na desinformação, na antipolítica, na necropolítica e no negacionismo. Portanto, a cada dia se torna mais urgente derrubarmos Bolsonaro, para garantirmos a vida das mulheres.

Cotidianamente nos deparamos com o aumento dos casos de ódio, incentivados pelos discursos vindos do próprio Planalto. Não suportamos mais tanta barbárie, ausência do Estado e descaso com as mulheres e homens do nosso país. Para vencermos nosso inimigo de classe, estamos resistindo, lutando e esperançando.

Temos hoje novos ventos soprando nas nossas mentes e corações. Vai despontando um novo ambiente político, marcado pelas grandes manifestações nas ruas, construídas com ampla unidade e participação de diversos setores da sociedade que demonstram sua indignação em atos pelo Brasil, do Oiapoque ao Chuí.

A esperança do povo desabrocha. Vai sendo criada a possibilidade real das oposições vencerem as eleições de 2022, derrotando e expulsando Bolsonaro do governo, único meio de termos soberania nacional, uma vida digna, democracia e nossos direitos que foram roubados. É muito importante que a frente Fora Bolsonaro cresça com amplos setores da sociedade que quiserem se somar para fortalecer a nossa luta contra o fascismo em defesa da democracia e da vida.

Neste 8 de Março conclamamos para estarem nas ruas e nas redes: todas, todos e todes que tem convergência que é urgente derrubar Bolsonaro e lutar pela vida das mulheres.

"Escolher escrever é rejeitar o silêncio", Chimamanda Nogzi Adichie.

* Silvana Conti é vice-presidenta da CTB/RS. Mestranda em Políticas Sociais UFRGS/RS.

* Angela Antunes é secretária de Movimentos Sociais e Igualdade Racial da Seção Metropolitana da CTB/RS.

** Este é um artigo de opinião. A visão das autoras não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Editado por: Marcelo Ferreira
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