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Segurança

Exclusivo: no Paraná, auditório da Secretaria de Segurança é usado para cultos da Universal

Cultos ocorrem toda sexta-feira pela manhã; policiais se dizem coagidos a participar

16.mar.2022 às 19h18
Paraná
Isadora Stentzler

Cultos da Universal acontecem todas as sextas-feiras na Secretaria de Segurança e funcionários são coagidos a participar - Divulgação

O auditório do prédio da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Paraná (Sesp/PR) tem sido usado para cultos da igreja Universal. Os encontros religiosos ocorrem toda sexta-feira pela manhã, com apoio da estrutura pública, há pelo menos seis meses, e policiais se dizem coagidos a participar.

Um dos agentes ouvidos pela reportagem do Brasil de Fato Paraná gravou um vídeo de um desses encontros. Segundo ele, que pediu anonimato e que a reportagem chamará de Pedro, os cultos começaram gradualmente desde que o secretário de Segurança Pública Romulo Marinho Soares assumiu a pasta, em junho de 2019, se tornando mais frequentes nos últimos seis meses. Antes de cada encontro, de acordo com Pedro, os policiais são convocados a irem, em tom de intimidação.

“É assédio moral”, definiu Pedro. “O Estado é laico, não pode prejudicar a prática religiosa, mas não pode favorecer determinada corrente religiosa dentro das estruturas estatais.”

O secretário foi nomeado para assumir a pasta pelo governador do Paraná, Ratinho Júnior, em junho de 2019. Ele é um coronel reformado do Exército e já integrava a equipe de governo, na área de gestão e inteligência, estando, até então, lotado no gabinete do governador como assessor para assuntos de Segurança Pública.

O nome de Marinho foi indicado pelo ex-responsável pela pasta general Luiz Felipe Kraemer Carbonell que deixou o cargo para assumir a diretoria de Coordenação da Itaipu Binacional e é um nome ligado ao presidente Jair Bolsonaro. 

A inserção dos cultos, de acordo com os policiais ouvidos, foi gradual na instituição e começou com a chegada de Marinho, mas desde setembro, haveria uma pressão maior para que participassem, ocupando o auditório da Sesp.

Segundo os agentes, os cultos são para todos os policiais que trabalham no prédio da Secretaria de Segurança, que abriga policiais civis, militares, penais e da polícia científica. Por ser um pedido do secretário, Pedro disse que muitos têm receio em não atenderem a solicitação por medo de perderem o cargo.

“O secretário de Segurança obriga todo o comando das polícias a participar de cultos da Universal (…) Está retomando os tempos em que a igreja manda no Estado. Já há uma perseguição às minorias e a Secretaria de Segurança Pública, que em tese deveria ser laica e proteger todo e qualquer cidadão, está sendo palco para cultos de bispos de uma das igrejas mais reacionárias do país”, criticou. 

Em um determinado culto, o bispo José Manoel Gonzalez chegou a criticar outras religiões. A percepção do policial era de que o bispo agisse como secretário de Segurança, usando espaço público para difamar outras religiões.

“É extremamente grave”, enfatizou. “O Estado sempre deve atuar para garantir a liberdade de religião, mas não deve participar (…) Essa igreja prega como errado qualquer coisa fora da doutrina deles. Aí vão começar a doutrinar as polícias para tratar as minorias como inimigo, não como comunidades a serem protegidas.”

Outros dois policiais que atuam na Sesp confirmaram à reportagem a realização dos cultos. 

“A maioria não gosta porque atrapalha”, disse um deles, que também pediu anonimato. “Eu sou contra. É dentro do horário de trabalho. Somos funcionários públicos. Nosso salário é pago com tributos.  Não temos que parar de trabalhar para dar visão a uma igreja.”

Segundo este funcionário, os cultos eram realizados, antes, às 16h, mas como há funcionários que saem às 17h, foi alterado para às 9h para ter mais quórum.

“Os cultos demoram, geralmente, em torno de uma, uma hora e meia toda sexta-feira. Na última sexta-feira foi das 9h às 11h40, porque eu acredito que eles tenham tido uma denúncia e daí estavam justificado, falando que o bispo estava magoado, mas que a presença dele era imprescindível no prédio”, aponta. “Se fosse uma reza, algo direcionado a uma oração, acho até que seria válido. Mas ele expõe muito a opinião pessoal dele nesses cultos. Ele se acha um enviado de Deus na terra para pregar a palavra.”

Procurada, a Sesp não respondeu as questões da reportagem. A reportagem também entrou em contato com o bispo e aguarda posicionamento.
 

Editado por: Fredi Vasconcelos
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