Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Opinião

Educação

Artigo | Diminuir violência nas escolas é desafio; militarização não resolve

O aumento do policiamento e militarização nas escolas extingue a violência ou só promove os estigmas que já existem?

13.abr.2022 às 17h11
Brasília (DF)
Cedeca DF

"A presença de policiais em ambientes escolares alimenta a crença de que a segurança está atrelada à figuras de autoridade e a presença do medo" - Foto: Renato Araújo / Agência Brasília.

Todos nós sabemos que a educação pública no nosso país está repleta de problemas, desde sua infraestrutura, até questões metodológicas ou institucionais. Ao mesmo tempo em que temos entendimento a respeito do sucateamento da educação, sabemos também que compete aos Estados, aos Municípios, e ao Distrito Federal por intermédio de seus representantes, garantir que haja melhorias em tudo o que diz respeito à gestão da educação.

Isso inclui boas condições de trabalho para funcionárias e funcionários, material didático, laboratórios, bibliotecas, e salas de aula que atendam estudantes e  professoras/es de maneira digna.

No entanto, diante dessa realidade de precariedade, a Controladoria Geral da União e o Supremo Tribunal Federal abriram recentemente um inquérito para investigar o desvio de verbas destinadas à educação, e o repasse ‘’prioritário’’ para pastores e seus municípios, o que fere não só a laicidade do Estado, como também ridiculariza todos aqueles que acreditam no potencial transformador da educação pública de qualidade.

:: Prefeitos confirmam pedidos de propina de pastores em troca de verbas do MEC ::

O escândalo não só evidencia os desafios que existem no Brasil, como também nos leva a fazer o seguinte questionamento: para onde vai a educação? 

Um dos reflexos da corrupção e da má gestão da educação, é a questão da violência, que perpassa a escola e se faz presente em praticamente todas as discussões acerca de políticas públicas eficazes para educação.

Muitas mães e pais se queixam da violência dentro e fora da escola, o que vai de encontro com a construção da cartilha sobre convivência escolar e a cultura de paz, promovida pelos secretários Gustavo Rocha (Casa Civil), Hélvia Paranaguá (Educação), e Júlio Danilo (Segurança Pública), que será distribuída em todas as escolas em Abril de 2022.

:: Após onda de violência, DF apresenta plano pela paz nas escolas ::

Para além dessa medida, outro ponto de discussão que vai de encontro com a demanda das famílias e da comunidade escolar, é o aumento do policiamento nas escolas e a implementação de escolas cívico-militares.

Apesar do crescente aumento da violência nas escolas, e apesar do plano de paz ser uma medida importante de combate a violência, isso nos traz outra inquietação: o aumento do policiamento dentro das escolas e a ampliação da militarização extingue a violência, ou só promove os estigmas que já existem? 

:: A violência se produz fora das escolas ::

No início do processo de militarização das escolas, a comunidade escolar foi ‘’ouvida’’, através de diálogos tendenciosos que influenciaram no poder de decisão das famílias, estudantes e professores, professoras envolvidos. Não houve em nenhum momento um processo de formação mais profundo, que trouxesse um panorama mais completo a respeito da violência, e que provocasse os sujeitos a pensar soluções mais humanizadas para a questão.

Dentro das 15 escolas já militarizadas no Distrito Federal até fevereiro de 2022, percebe-se um despreparo dos policiais para lidar com crianças e adolescentes, sem contar as práticas arbitrárias que vão desde situações de censura à livre expressão dos alunos.

Como foi o caso do Centro de Ensino Educacional 01 da cidade Estrutural, onde os estudantes foram pressionados a retirar do mural da escola cartazes que denunciavam a violência policial, até questões de racismo, como aconteceu no Centro de Ensino Fundamental 1 no Núcleo Bandeirante, quando um menino negro foi orientando por um policial a cortar o cabelo, porque ele não se ‘’enquadrava’’ nas regras da instituição, mesmo depois da Secretaria de Educação ter flexibilizado essa questão. 

Será que uma entidade pública que transgride os direitos do cidadão é capaz de defendê-lo da maneira que deveria?

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), cerca de 15% das crianças e adolescentes assassinadas entre 10 e 19 anos de idade, em 2020, morreram em meio a intervenções policiais. Mesmo o Distrito Federal não tendo disponibilizado os dados, sabemos que a violência policial institucional acontece em todos os cantos do país, não somos uma exceção.


Em abordagem policial realizada em janeiro Gustavo Gomes foi baleado e não resistiu. / Foto: Roberta Quintino

Assim como nós sabemos também que a violência policial tem cep, nome e endereço, e que atinge principalmente a juventude negra das periferias. São essas e esses adolescentes e jovens marginalizados pelo Estado, que recebem o estigma de indisciplinados e baderneiros e que são o público alvo de um modelo de escola cívico-militar.

:: Caso Gustavo: Família aguarda justiça, jovem foi morto por PM em Samambaia ::

A presença de policiais em ambientes escolares alimenta a crença de que a segurança está atrelada à figuras de autoridade e a presença do medo.

Conseguimos exemplificar inúmeras violências que encontram respaldo nesse contexto, mas isso não vem ao caso agora. Neste momento é  importante entender que a imposição da autoridade e do medo, pode até apresentar uma solução a curto prazo para o problema da violência, mas que obviamente não sana questões bem mais profundas que estão presentes não só fora da escola, mas também dentro dela. Como por exemplo: professores e alunos desmotivados, métodos ultrapassados, entre outras questões das quais todos nós temos consciência.

Mas quais seriam os passos para solucionar o desafio da violência dentro das escolas? 

Para além das questões básicas relacionadas ao aumento dos investimentos na educação, acreditamos que um passo importante é aguçar os nossos sentidos para compreender que estudantes marginalizados em sala de aula não são o problema, são a solução.

Estudantes não precisam alcançar meritocraticamente a educação, mas é a educação que precisa alcançar esse grupo.

É a escola que precisa estar conectada com a diversidade e a pluralidade destas pessoas. Despertando ao máximo o potencial que todas as pessoas têm, sem exceção. Compreendo que existem inteligências múltiplas, e que todo mundo pode contribuir com a promoção de uma cultura de paz no contexto escolar. Humanizando cada vez mais os processos de aprendizagem e o fazer pedagógico, expandindo as barreiras dos muros da escola, até que a escola se torne tudo, e que a violência não seja nada.

*Cedeca DF é uma organização não governamental que tem por objetivo defender direitos humanos de crianças e adolescentes.

**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato DF.

:: Clique aqui para receber notícias do Brasil de Fato DF no seu Whatsapp ::

Editado por: Flavia Quirino
Tags: escolasjuventudeviolência
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

DEVASTAÇÃO

‘Dia e noite’ aguardando fogo, diz brigadista de Corumbá (MS), município mais incendiado do Brasil nos últimos 40 anos

Coincidência?

Municípios campeões em queimadas concentram maiores rebanhos de gado do Brasil

ACABOU

Tentativa de conciliação sobre marco temporal no STF é encerrada com resultado incerto

Irã-EUA

Partido Comunista de Cuba convoca forças de esquerda para defenderem a paz contra governo ‘fascista’ dos Estados Unidos

INFILTRADOS

‘Ultradireita parou de atacar democracia só pelo tanque de guerra’, diz ex-ministro e integrante da ONU

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.