A exposição "Vila Chocolatão: de que(m) é feito o centro da cidade?" vai contar a história da vila Chocolatão, "um lugar que não existe mais, a não ser nas lembranças, narrativas e registros daqueles que a construíram". A vila ficava no centro de Porto Alegre, ao lado dos prédios da Justiça Federal, onde após 20 anos vivendo no local, seus moradores foram removidos pelo poder público.
"[…] ela não poderia existir naquele local. Mas por que não? Por qual razão aquelas pessoas não poderiam mais viver ali em suas casas? O que isso diz de nossa sociedade e da relação que mantemos com o espaço público? Quem pode ficar e quem deve sair de um lugar?".
A exposição acontece de forma virtual, às 11h do sábado (2). Para assistir, basta se inscrever gratuitamente na plataforma Sympla.
A coleção que dá origem a exposição é fruto do trabalho das psicanalistas Luciane Susin e Marisa Batista Warpechowski, que trabalhavam na FASC (Fundação de Assistência Social e Cidadania) da Prefeitura de Porto Alegre. Elas acompanhavam as pessoas da vila Chocolatão antes da notícia da remoção por decisão do poder público.
Com a notícia do desalojamento, dedicaram-se a escutá-los para auxiliá-los a compor suas histórias e, para tal, o uso das fotografias surgiu como importante recurso para fazer os registros. A realização da exposição é do Museu das Memórias (In)Possíveis, Instituto APPOA e Associação Psicanalítica de Porto Alegre.
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