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PRIVATIZAÇÃO

Opinião | Cobrança de mensalidade em universidades públicas é agenda do Banco Mundial

Deputados da base de Bolsonaro tentaram aprovar na CCJ da Câmara PEC que institui cobrança de mensalidade

25.maio.2022 às 13h14
São Paulo (SP)
Isis Mustafa

Grupo de estudantes protestando no portão do Colégio Estadual Júlio de Castilhos, antes de sair em caminhada por ruas dos arredores - Foto: Divulgação

No último dia 24, os deputados reacionários da base do governo Bolsonaro tentaram aprovar na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) nº 206/19 que institui cobrança de mensalidade nas universidades públicas.

General Peternelli e Kim Kataguiri (União Brasil), respectivo proponente e relator, justificam tal medida como forma de reduzir a desigualdade, apontando que nessas instituições estão maioria de ricos e que poderiam pagar pelo ensino. Após pressão dos estudantes, o projeto saiu de pauta.

No governo Bolsonaro, as universidades são alvo da agenda neoliberal de cortes e desmonte

Desde o primeiro dia do governo militar de Bolsonaro, as universidades são alvo da agenda neoliberal de cortes e desmonte. Prova disso foi o projeto Future-se, vergonhosamente derrotado nas universidades de Norte a Sul do país, que também previa a cobrança de mensalidades.

Leia mais: Dossiê faz raio-x do "Future-se" e mostra por que universidades rejeitaram o projeto

Não é novidade

Em 2017, o Banco Mundial – uma instituição do capital financeiro, instrumento dos principais países imperialistas, que concede empréstimo aos países dependentes em troca da aplicação de políticas neoliberais e de ajuste fiscal – recomendou o fim da gratuidade no ensino superior brasileiro.

O relatório “Um Ajuste Justo” foi encomendado pelo governo Temer. Imediatamente defendido pela mídia e pelos banqueiros, o documento aponta que a “Universidade Pública no Brasil é ineficiente e injusta”, por que o custo de um estudante da universidade pública é três vezes maior do que no ensino superior privado e que alguns dos estudantes das universidades públicas estão entre os mais ricos do país. 

Este relatório, que na época foi comprado a peso de ouro pelo governo Temer, no entanto, é mentiroso.

Se tivesse consultado gratuitamente uma pesquisa realizada em 2014 pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES) e o Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (FONAPRACE) o governo saberia que 66,19% dos estudantes da rede federal de ensino superior vêm de família cuja renda mensal não ultrapassa 1,5 salário mínimo per capita.  

66,19% dos estudantes da rede federal de ensino superior vêm de família cuja renda mensal não ultrapassa 1,5 salário mínimo per capita

A universidade pública não é mais exclusiva para as elites e filhos de famílias ricas e brancas. Hoje, se popularizou através da expansão das instituições e com as políticas de cotas sociais e raciais. Popularização essa ainda insuficiente, é verdade, uma vez que os jovens pobres lutam para permanecer nas universidades sem verbas para bolsas, moradia e restaurante universitário.

Além disso, o Banco Mundial faz uma comparação injusta de custos entre as instituições públicas e privadas. As faculdades privadas não investem em pesquisa e extensão, limitando-se a impor aos estudantes uma formação de baixa qualidade, superexplorar os professores e lucrar com mensalidades abusivas.

:: Protesto contra cobrança de mensalidades em universidades públicas sofre repressão ::

Enquanto isso, as Universidades Públicas são patrimônios do povo, investem no desenvolvimento da ciência e tecnologia, buscando soluções para os problemas comuns da sociedade e contribuindo para a soberania nacional. A pandemia de covid-19 demonstrou seu alto nível de produção: em abril de 2021, a Federal do Paraná desenvolveu uma vacina que podia ser produzida 100% no país.

Em matéria de soberania e desenvolvimento social, o que o Brasil precisa é expandir as vagas nas universidades públicas, uma vez que a maior parte das matrículas de ensino superior ainda está nas instituições privadas (75,8%).

Qual a solução para a crise das universidades?

A Educação e a Universidade são a solução e não o problema do Brasil. Nenhum país do mundo se desenvolveu, aumentou e distribui justamente sua riqueza sem um alto nível de investimento em educação.

De fato, há uma crise nas universidades públicas fruto dos cortes: nos últimos 10 anos, a verba de investimento foi reduzido em 70%, saindo de R$ 2,78 bilhões para inacreditáveis R$ 760 milhões em 2020.

Leia também: Universidades federais perdem 12% do orçamento durante governo Bolsonaro

Só é possível salvar as universidades revogando imediatamente a Emenda Constitucional nº 95 que institui o teto dos gastos sociais e investindo os 10% do PIB em educação, como manda o Plano Nacional de Educação (PNE).

Para aqueles que dizem que o Brasil não tem dinheiro, a Auditoria Cidadã da Dívida já apontou o contrário: R$ 1,96 trilhão (50,78% do orçamento federal) foi gasto em 2021 com juros e amortizações da dívida pública. Auditar essa dívida, conforme manda a Constituição, fará com que o país tenha mais recursos para investir em saúde, educação, moradia, etc.

Em tempo: para corrigir a desigualdade que tanto preocupa general Peternelli, Kim Kataguiri e Bolsonaro, deve-se mexer no sistema de tributação brasileiro e taxar as grandes fortunas, fazendo com que os ricos de fato paguem imposto.

Apesar de meticulosas, as mentiras que sustentam a PEC 206/19 não escondem sua real finalidade: ampliar a desigualdade no ensino superior, desresponsabilizar o Estado pela manutenção das universidades públicas e fazer a vontade do capital financeiro, abrindo alas para a privatização do ensino.

Os estudantes não aceitarão os desmandos de Bolsonaro: tomaremos as ruas no dia 9 de junho para defender a educação e derrubar esse governo de milicianos e corruptos, em um grande ato nacional contra a cobrança de mensalidades nas universidades públicas.

Nos próximos dias, a UNE organiza junto das entidades estudantis em cada universidade uma jornada de mobilizações com assembleias e panfletagens para construir um novo tsunami da educação.

* Secretária-geral da União Nacional dos Estudantes (UNE)

**Este é um texto de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Editado por: Rebeca Cavalcante
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