Divulgado na última segunda-feira (28), o novo Relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) mostra que, de florestas a cidades, os impactos observados não têm poupado qualquer ecossistema ou região do globo.
Segundo o presidente do IPCC, Hoesung Lee, os chamados eventos extremos, como as chuvas de Petrópolis do último dia 15 que provocaram a morte de mais de 230 pessoas, vão acontecer com mais frequência e colocarão mais vidas em perigo.
Leia mais: Moradores de periferias morrem 15 vezes mais por eventos climáticos extremos, diz IPCC
O documento, elaborado por 270 cientistas e aprovado pelos 195 países integrantes do painel, informa que na última década a mortalidade por eventos extremos foi 15 vezes maior em regiões mais desprotegidas.
Buscas
Até a última quarta-feira (2), as buscas na cidade da região serrana já haviam contabilizado 232 corpos encontrados em diversos pontos onde houve deslizamentos de terra, especialmente no Morro da Oficina, região onde mais de 90 pessoas morreram soterradas.
A prefeitura de Petrópolis está realizando o cadastro de donos de imóveis interessados em participar do programa Aluguel Social. Os desabrigados pela tragédia, que estão sendo acolhidos em pontos de apoio, passarão a morar em casas com aluguel pago pelo poder público.
Segundo a prefeitura, cada família receberá um benefício no valor de mil reais, sendo R$ 800 custeados pelo governo estadual, com complementação de R$ 200 feita pelo município.
Leia também: Petrópolis (RJ): número de mortos sobe para 231 e buscas por cinco desaparecidos continuam
As autoridades continuam procurando as cinco pessoas que ainda estão desaparecidas. São quatro homens, com idades entre 20 e 61 anos, e uma criança de oito anos.
A Defesa Civil segue vistoriando as ocorrências registradas após a tempestade e também nos dias seguintes. O número de incidentes é próximo de quatro mil, sendo mais de 2.400 deslizamentos.
