A alta no preço dos combustíveis e a crise do fornecimento de fertilizantes diante da guerra entre Rússia e Ucrânia estão diretamente ligados à política do governo federal para a Petrobras que está sendo desmontada para privatização.
A pedido do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas do Estado do Paraná (Sindiquímica-PR), Sindipetro do PR e SC, e Federação Única dos Petroleiros (FUP), o mandato do deputado estadual Tadeu Veneri (PT) realiza audiência pública hoje, quarta, 30, para debater a situação das unidades da Petrobras no Paraná, onde a fábrica de fertilizantes (Fafen-PR), em Araucária, foi fechada em janeiro de 2020, a Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), de São Mateus do Sul, já está em processo de venda e a Refinaria Getúlio Vargas, em Araucária, está na lista das privatizações.
A audiência, no formato remoto e transmitida pela TV Assembleia e redes sociais do mandato, terá como convidados representantes de entidades ligadas ao setor como Sindipetro, Sindiquímica-PR, Anapetro, Ineep, CUT-PR, e de órgãos como Dieese, da própria Petrobras SA, além de representantes do Ministério Público do Trabalho, do ex-governador Roberto Requião e de deputados federais.
No ano passado, o Brasil gastou US$ 15,2 bilhões em importações de adubos e fertilizantes químicos, 90% a mais que em 2020. Os dados foram obtidos da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), analisados pela área econômica da Federação Única dos Petroleiros (FUP).
A Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Petrobras no Paraná (Fafen-PR) respondia por 30% do mercado brasileiro de ureia e amônia e 65% do Agente Redutor Líquido Automotivo (Arla 32), aditivo para veículos de grande porte que atua na redução de emissões atmosféricas.