As fortes chuvas do último domingo (20) e da madrugada desta segunda-feira (21) atingiram diversas regiões do estado do Rio de Janeiro que têm no histórico catástrofes relacionadas aos dilúvios. Além de Petrópolis, na região serrana, Angra dos Reis, na costa verde, foi novamente afetada pelo temporal, com alagamentos e deslizamentos de terra em diferentes pontos da cidade.
Segundo informe da Defesa Civil, a cidade está em estado de alerta máximo. Até a madrugada desta segunda, o acumulado de chuva em 24 horas era de 300mm. O total é superior ao que chove nos primeiros meses do ano. De acordo com o responsável pelo setor de relações públicas da Defesa Civil, Lauro Oliveira, o dilúvio trouxe a memória das chuvas de 2010, que deixaram 53 vítimas fatais.
"Foi mais chuva do que nós tivemos naquele período de 2010, quando nós tivemos aquela catástrofe em nossa cidade.A população tem que entender que, com o volume de chuva desse porte, não existe escoamento para tanta água. Nós gostaríamos de ressaltar que, mesmo assim, a cidade resistiu bem ao volume tão alto de chuva", explicou à imprensa.
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Desta vez, no entanto, não há registros de vítimas. Por conta do risco de alagamentos e novos deslizamentos, 29 bairros da cidade receberam avisos de evacuação e 12 tiveram as sirenes de emergência acionadas. A Prefeitura de Angra dos Reis abriu 33 pontos de apoio para receber os moradores que moram em áreas de risco, sendo 18 deles em escolas do município.
“Equipes da Prefeitura de Angra trabalham desde ontem à noite para amenizar os problemas causados pelas fortes chuvas que atingiram o município. O gabinete de crise está reunido e engenheiros estão por toda a cidade fazendo vistorias. Setenta e seis pessoas chegaram a deixar suas casas em áreas de risco”, informou a prefeitura em nota.
Os bairros mais atingidos foram Balneário, Pontal e Belém. Como medida de precaução, as aulas na rede municipal de Angra foram suspensas nesta segunda-feira (21).
