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Reação

Artigo | 30 dias de forte resistência contra a entrega da Petrobras

O mais importante do contra-ataque popular foi denunciar a gestão da estatal sob a batuta do governo Temer

12.jul.2018 às 17h47
Belo Horizonte (MG)
Dérik Filipe
Dérik: "Conseguimos avançar com a mobilização dos caminhoneiros e petroleiros. Mas o time adversário já avançou bem na nossa área de defesa"

Dérik: "Conseguimos avançar com a mobilização dos caminhoneiros e petroleiros. Mas o time adversário já avançou bem na nossa área de defesa" - Foto: Mídia Ninja

As peças do tabuleiro da entrega do pré-sal e da Petrobras estavam bem acertadas: o plano, ainda em andamento, é acabar com a reputação da Petrobras através da operação Lava Jato, com a construção de escândalos de corrupção; retirar a presidenta eleita democraticamente com programa contrário aos interesses das petrolíferas; alterar a lei de partilha que revoga a participação obrigatória da Petrobras na exploração do petróleo da camada do pré-sal e alterar a política de preços dos combustíveis.

Era o caminho certeiro para as grandes petrolíferas americanas abocanharem parte do nosso petróleo e conseguirem acabar com o monopólio do controle da Petrobras. As principais peças do plano já foram movimentadas.

A mídia e o Judiciário cumpriram com o papel de destruir a reputação da Petrobras; a Lava Jato conseguiu, a partir de casos isolados de corrupção, destruir a imagem da estatal – que já ocupou a colocação de segunda maior empresa do mundo – paralisando as suas principais operações e suspendendo contratos com grandes empresas. O resultado foi a demissão em massa de quase um milhão de pessoas nos setores siderúrgico, naval e de máquinas.

A presidenta Dilma Rousseff foi retirada sem provas, tanto que depois de um ano e seis meses surgem delações expondo que houve lavagem de dinheiro para a compra de votos dos deputados para serem favoráveis ao impeachment. Houve mudança da lei de partilha que colocava a Petrobras como empresa responsável pela condução e execução, direta ou indireta, de todas as atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento e produção, da extração do petróleo ao refino. Com a mudança, a estatal não é mais obrigada a participar de todos as operações e abre espaço para a concessão a empresas privadas.

Nesse pacote de entrega, já tinha sido anunciado o leilão das quatros maiores refinarias, responsáveis por quase 35% da produção de petróleo. As maiores petrolíferas do mundo, Shell, ExxonMobil e Petrochina, já tinham sinalizado interesse na compra das refinarias. Entre maio e junho, a Petrobras reajustou o preço da gasolina e do diesel nas refinarias 16 vezes. Isso fez com que o preço da gasolina saísse de R$ 1,74 e chegasse a R$ 2,09, uma alta de 20%. Já o diesel foi de R$ 2 a R$ 2,37, um aumento de 18%. Para o consumidor final, a gasolina foi de R$ 3,40 para R$ 5 e o óleo diesel de R$ 2,89 para R$ 4. A justificativa estaria na regulação dos preços do petróleo pela cotação do dólar, e a diminuição da produtividade das refinarias.

No entanto, a Petrobras teria condições de produzir gasolina, diesel e gás de cozinha para toda a demanda do mercado brasileiro, mas a diretoria da empresa, no governo de Temer, diminui a produtividade das refinarias. Produzindo menos combustível, o mercado é obrigado a importar e com a alta do dólar e o controle dos preços fora das mãos da Petrobras, a gasolina e o diesel chegam nas bombas com altos preços. Esse jogo foi bem combinado, com o Judiciário, deputados, senadores, empresas e governo americano. Como em qualquer jogo, um dos times pensa as suas jogadas, mas não pode esquecer que o adversário também está na partida.

Os interesses do povo brasileiro em jogo

No caso do Brasil, o povo joga contra o time das petrolíferas e do governo, que vem golpeando os nossos interesses e direitos. Nesses últimos 30 dias, o nosso time vem dando trabalho para os adversários. O descontentamento de parte das empresas transportadoras e dos caminhoneiros com a alta dos preços que pararam vários dias o Brasil e a greve dos trabalhadores da Petrobras levaram à demissão de Pedro Parente, então presidente da Petrobras e grande símbolo da política de preços equivocada.

O mais importante desse contra-ataque foi denunciar a gestão da estatal sob a batuta do governo Temer, aumentando os preços, diminuindo a produtividade e abrindo o mercado interno para a importação de petróleo. Outra jogada importante para o nosso time foi a suspensão das vendas de quatros refinarias, em função do parecer do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, que determinou que a decisão precisa da aprovação do Congresso Nacional.

O que está em jogo são as condições de vida dos trabalhadores, especialmente aqueles que vivem de salário mínimo, pois os preços dos combustíveis e do gás de cozinha influenciam diretamente na qualidade de vida, no preço da alimentação, na passagem de ônibus. Conseguimos avançar com alguns contra-ataques, desde a mobilização dos caminhoneiros e petroleiros. Mas o time adversário já avançou bem na nossa área de defesa. Jogadas importantes para virarmos esse jogo é escrachar os deputados e senadores que votaram a favor do time adversário, lutando para que não se reelejam, e com isso tenhamos um Legislativo que jogue mais no nosso time.

Precisamos convocar um atacante forte que pode derrubar parte do time adversário e que, por ser tão forte, está sendo impedido de entrar no jogo. O maior presidente do Brasil completa quase 90 dias de uma prisão injusta e autoritária. Precisamos garantir que Lula concorra e ganhe as eleições esse ano. E o mais central: é preciso fortalecer a organização do nosso time. Precisamos de mais jogadores e jogadoras do nosso lado, construindo as jogadas de maneira coletiva e organizada, através do Congresso do Povo. Espaço para discutirmos as nossas necessidades e formas de luta para garantimos nossos direitos.

O time adversário parece bem posicionado, mas somos milhões e temos condições de ganhar esse jogo.

*Dérik Filipe é professor da rede estadual de Minas Gerais e militante do Levante Popular da Juventude de Belo Horizonte.

Editado por: Joana Tavares
Tags: gásgasolinagolpepetrobras
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