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Curta-metragem “Cotas: uma porta aberta” estreia nesta quarta-feira (29) na UFRGS

Filme resgata luta que levou à conquista de cotas raciais na Universidade cinco anos antes da aprovação da lei nacional

27.jun.2022 às 15h18
Porto Alegre
Fabiana Reinholz

Tamyres Figueira e Alan Alves Britto - Foto: Divulgação

“As cotas são importantes numa perspectiva histórica de recuperar a história mas também de responsabilização contemporânea". "As políticas afirmativas são uma tática muito importante não só no mundo da educação como também no mundo do trabalho". "É uma luta de raça e de classe que se amplia ainda mais porque só assim será possível ter a presença indígena, negra, população de baixa renda podendo ocupar os espaços historicamente que são da elite no Brasil.”

Os trechos acima fazem parte do curta-metragem documental “Cotas: uma porta aberta”, que tem estreia em Porto Alegre nesta quarta-feira (29), data que marca os 15 anos da aprovação das cotas com recorte social e racial na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A sessão de estreia ocorre na Sala Redenção, o cinema universitário do campus centro da UFRGS (Av. Paulo Gama, 110), às 19h. A entrada é gratuita e as vagas são limitadas. Será exigido o uso de máscara e comprovante de vacinação para a sessão. Inscrições antecipadas para participar do evento podem ser feitas em https://forms.gle/xew3GWQiA2vhv2Es8

Com roteiro e direção do jornalista Douglas Roehrs e apresentação da servidora pública Tamyres Filgueira, que atua como coordenadora-adjunta do Núcleo de Estudos Africanos, Afro-brasileiros e Indígenas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Neabi-UFRGS), a obra entrevista negros e indígenas que tiveram ligação com essa conquista, seja lutando por ela ou como beneficiados.

“Este curta-metragem chega para celebrar um passo importante e reforçar que a luta ainda não acabou. Precisamos não apenas da manutenção das cotas, mas da ampliação para a pós-graduação”, destaca Tamyres. Durante o evento, será lançada a campanha em defesa de uma normativa para regulamentar as cotas em todos os cursos da pós-graduação da UFRGS.

Além dos 15 anos da implantação das cotas na UFRGS, 2022 também marca os dez anos da Lei de Cotas, de âmbito federal. “Boa parcela dos projetos sobre o tema apresentados atualmente no Congresso querem o fim das cotas. Logo, é fundamental tirarmos o estigma que há com relação às cotas e mostrar para a sociedade como realmente funciona a lei e o porquê dela ser importante”, afirma a coordenadora. 

O Brasil de Fato RS conversou com Tamyres e Douglas sobre o filme e a importância das cotas. “Não há equidade no nosso país e não acredito, infelizmente, que tão cedo tenhamos. Dessa forma, cotas com recorte racial existem para corrigir parte das injustiças existentes e espero que este documentário consiga ajudar as pessoas a entenderem isso”, frisa Douglas. 


"Precisamos não apenas da manutenção das cotas, mas da ampliação para a pós-graduação”, destaca Tamyres / Foto: Divulgação

Abaixo a entrevista completa.

Brasil de Fato RS – O que motivou a realização do filme?

Tamyres –  A realização do documentário foi motivada pelos poucos registros existentes daquele processo de luta. As cotas, que foram aprovadas em 2007 pelo Conselho Universitário da UFRGS, são fruto de muita luta e mobilização do movimento negro, indígena e social, e por isso que são os integrantes desses movimentos que falam no documentário.

BdFRS – Como foi o processo do mesmo? Onde foi realizado, número de entrevistas feitas?

Douglas – Entre os meses de janeiro e maio deste ano, foram entrevistadas 10 pessoas ligadas às cotas. Com exceção da parlamentar Vivi Reis, que concedeu entrevista em Brasília, os demais materiais foram captados na região Metropolitana de Porto Alegre. Foram escolhidos não apenas ex-cotistas, como o premiado escritor Jéferson Tenório, mas figuras que tiveram papel importante na implantação das cotas, entre eles o senador Paulo Paim. Nós tínhamos no roteiro quatro eixos principais de trabalho: explicação das cotas e a importância delas; como ocorreu a luta para termos cotas na UFRGS, em 2007; cinco anos depois, em 2012, a vinda da Lei de Cotas, de âmbito federal; e, por fim, a necessidade de ampliação das cotas para a pós-graduação.

BdFRS – Com base na fala dos entrevistados, nota-se diferenças e semelhanças no que a cota significou para eles, no processo que foi vivido?

Tamyres – Com certeza mais semelhanças do que diferenças. Cota é uma política de reparação muito importante e que possibilita uma transformação na sociedade, permite que setores historicamente excluídos ganhem lugar em espaços antes ocupados apenas pelos colonizadores.

O racismo está impregnado em toda a sociedade, até mesmo dentro das universidades.

BdFRS – Esse ano a lei de cotas completa 10 anos. Para além de falar sobre a importância, gostaria que comentassem sobre as transformações que ela gerou nesta primeira década+.

Tamyres –  As cotas foram um importante avanço na ocupação de espaços excludentes. O acesso da população negra, indígena e pobre às universidades sempre foi negado ou dificultado. Isso precisa mudar, felizmente está mudando, principalmente em decorrência das cotas.

BdFRS – Como as cotas ajudam a combater o racismo?

Tamyres –  O racismo está impregnado em toda a sociedade, até mesmo dentro das universidades. Diferentes falas presentes no documentário ressaltam isso. Precisamos de mais setores oprimidos ocupando espaços de poder, com lugar de fala em discussões antes apenas pautadas por brancos. Ter professores universitários negros, por exemplo, faz com que a discussão no mundo acadêmico se torne mais plural e inclusiva. Só que para termos professores universitários negros, primeiro é preciso dar oportunidade à população negra, bem como à indígena e outras tantas que integram o processo de exclusão, como trans e travestis.

Nossa luta é diária e contínua

BdFRS – Na UFRGS, as cotas são aplicadas há 15 anos, cinco antes da existência da lei. Em um estado cuja maioria da população é autodeclarada branca, que significado isso traz?

Tamyres – Que a luta do movimento negro, indígena e social tem força. Se não fosse nossa organização e mobilização, não teríamos essa conquista. A depender do Conselho Universitário da época, continuaríamos excluídos. A nossa pressão surtiu efeito e o recado é este: nossa luta é diária e contínua.

BdFRS – Quais as expectativas que vocês têm em relação ao documentário?

Douglas – Segundo pesquisa recente do Datafolha, 50% da população brasileira é a favor das cotas raciais em universidades públicas. No entanto, 34% dos entrevistados, número muito similar àquele obtido por Bolsonaro em pesquisas eleitorais, por coincidência ou não, são contra cotas. É necessário que nossa sociedade entenda a gravidade do processo histórico de exclusão sofrido por negros e indígenas. Ainda hoje impera um racismo que é estrutural e causa imensa desigualdade. Não há equidade no nosso país e não acredito, infelizmente, que tão cedo tenhamos. Dessa forma, cotas com recorte racial existem para corrigir parte das injustiças existentes e espero que este documentário consiga ajudar as pessoas a entenderem isso.

BdFRS – O documentário vai ter distribuição? Estão previstas exibições? Onde serão?

Douglas – Por enquanto, só está previsto o lançamento dia 29, que coincide com os 15 anos da aprovação das cotas na UFRGS. Nós estamos vendo ainda se terá alguma outra exibição especial, mas também queremos disponibilizar logo o material online para que o maior número de pessoas tenha acesso ao conteúdo. Queremos que ele chegue nas escolas, seja compartilha com outras comunidades acadêmicas do país, traga um pouquinho de luz para um tema tão importante.

 

Trailer de "Cotas: uma porta aberta"

🍿 Assista ao trailer do curta-metragem "Cotas: uma porta aberta", que será lançado dia 29 de junho, às 19h, na Sala Redenção (Av. Paulo Gama, 110). Apresentado pelo Neabi-UFRGS, o documentário traz depoimentos sobre a implantação das cotas com recorte racial na Universidade do Rio Grande do Sul e em âmbito nacional. A entrada no evento é gratuita e as vagas são limitadas. Será exigido o uso de máscara e comprovante de vacinação para a sessão. Inscrições antecipadas podem ser feitas em https://forms.gle/xew3GWQiA2vhv2Es8 #cotasumaportaaberta #cinema #curtametragem #neabi #neabiufrgs #cota #salaredenção #ufrgs

Posted by NEABI – UFRGS on Thursday, June 23, 2022


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Editado por: Marcelo Ferreira
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