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Início Política

ELEIÇÕES 2022

Artigo | De meião, à beira do campo, esperando o jogo de domingo por marcos civilizatórios

Placar final da eleição ainda é um mistério, mas há a vantagem de sair com a bola e mantê-la no pé

28.out.2022 às 16h48
Rio de Janeiro (RJ)
Nilza Valeria Zacarias
Chico Buarque reuniu seu tradicional time de futebol, o Politeama, para uma partida de confraternização com o time da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, na última quinta-feira (21)

Chico Buarque reuniu seu tradicional time de futebol, o Politeama, para uma partida de confraternização com o time da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, na última quinta-feira (21) - Stefano Figalo / Brasil de Fato

Estou no jogo pela democracia brasileira desde quando nasci. Mas isso não conta.

Lembro, como se fosse hoje, o colégio nos dispensando das aulas por conta da abertura política. Eu atenta nas ruas e na TV, muito menina para entender, mas muito certa de que era preciso comemorar. A atenção interessada no grande comício pelas Diretas Já. A empolgação da tia Nininha, o entusiasmo da minha mãe. O que aprendi em casa não teve curso de especialização a me ensinar.

Em 2002, fui trabalhar na Fundação da Infância e da Adolescência do Rio de Janeiro. Era o curto governo Benedita da Silva, e muita coisa para fazer pelas crianças. Que realidade dura a que mergulhei. Depois vieram 15 anos de trabalho em uma organização não governamental. Nem dá para dizer tudo que aprendi em uma organização global.

Depois disso tudo, ou junto com isso, vem 2013. E a necessidade de marcarmos presença, já como evangélicos, em um projeto confuso que apresentavam ao país. Foi na unha, e no dente, que conseguimos a reeleição da Dilma. Depois disso, foi a quebra da democracia. E, eu lá, na luta. Organizando movimento, marcando posição. Passei a apontar caminhos que ia abrindo com o facão afiado. Quantas vezes tive que me soltar de mim para o fio da faca não acertar a mim mesma.

O golpe, o Temer, a eleição de 2018. A gente tentando convencer o PT a entender a necessidade de compreender o segmento evangélico como os novos atores da cena pública e política. Todo mundo se fazendo de surdo e nós, sob minha coordenação, arrancando votos de Bolsonaro. Pena que não foi suficiente, ou como dizem aí, sozinho a gente não vai longe.

Passamos esses quatro anos berrando, conversando, desenvolvendo projetos. Uma atuação gigante: um programa de rádio, um programa de formação, revistas incríveis sobre direitos, e tanta coisa mais, que não é possível citar tudo. Se está difícil o diálogo com os crentes, estaria bem pior sem a nossa existência. Sem falsa modéstia (que desse mal não padeço) sem o meu trabalho!

Daí, começou todo o processo eleitoral. E desde o primeiro momento, eu em campo. A Frente de Evangélicos foi fundamental. Desarmamos bombas jogadas pela campanha de Bolsonaro. Partimos para o chão de barro onde a vida acontece. Fizemos milhares de reuniões, produzimos material de forma incontável, mantemos o programa de rádio ileso da baixaria evangélica, pressionamos a campanha de Lula para termos a Carta compromisso aos Evangélicos. Brigamos com um bom tanto de gente, outro bom tanto se ressentiu do nosso jeito de agir. Não ligo, de forma alguma, para nada disso. Só posso garantir que os nossos companheiros da esquerda são mais parecidos do que eu gostaria com os da direita: machistas, racistas, misóginos. Se eu contasse… E tem mulher também que se acha a tal por ser branca. "Só eu sei as esquinas por quer passei…"

Enfim, faltando menos de 48 horas para as eleições (estamos nos acréscimos) me torno a jogadora que abaixa as meias, sinalizando ao técnico que preciso parar. Vou caminhando para a beira do campo, e fico ainda dentro do jogo, pois não há mais chance de substituição e o apito final virá logo.

É assim que estou agora, na beira do campo.

O placar final ainda é um mistério. Não há quase gol no futebol, não há quase gol na vida. Ou é gol ou não é. A gente tem, agora, a vantagem de sair com a bola. E mantemos a bola no pé.

Vamos fazer o gol, ou vamos perder a bola e o inimigo fará. Inimigo mesmo, o encarnado do capeta.

Ganhando, a gente comemora, eu volto ao campo e a gente começa uma nova partida, para estabelecer os marcos civilizatórios.

Se perdemos, talvez a gente demore um pouco para voltar ao jogo. Precisaremos rever as regras. Talvez nem a metáfora do futebol dê conta de dizer como será.  E, como é doloroso dizer isso, já que o futebol é a metáfora perfeita para a vida e o modo de sermos povo.

É isso. Estou na beira do campo, de meião abaixado. Mas tô no jogo. Para o que der e vier.

*Nilza Valeria Zacarias, jornalista, crente batista, coordenadora da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito.

**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Editado por: Eduardo Miranda
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