A eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República, na noite deste domingo (30), repercutiu entre políticos e autoridades do Distrito Federal. Com 100% das urnas apuradas, o ex-presidente, que assumirá um inédito terceiro mandato, obteve 60,3 milhões de votos, o que corresponde a 50,90% dos votos válidos. Já o presidente Jair Bolsonaro, o primeiro da história a não conseguir ser reeleito, ficou com 49,10% dos votos, somando 58,2 milhões de sufrágios.
"Fim das disputas político-partidárias, estou certo de que o Brasil sai mais forte das urnas. Desejo sorte, ao mesmo tempo em que me coloco à disposição para trabalhar ao lado do presidente eleito Lula", escreveu o governador Ibaneis Rocha (MDB), que apoiou a candidatura à reeleição de Bolsonaro.
"As diferenças devem ser colocadas de lado porque os desafios são imensos e só a união de todos os eleitos pode solucionar os muitos problemas que se apresentarão a partir de janeiro. O presidente é morador do Distrito Federal e, como governador reeleito, farei tudo para que tenhamos – e tenho certeza de que teremos – uma convivência harmônica para que possamos governar para todos", acrescentou Ibaneis.
O Distrito Federal foi a unidade da Federação onde o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mais cresceu entre o 1º e o 2º turno. Por aqui, a votação do petista subiu 12,28%. No domingo (30) ele recebeu 729.295 votos; já em 2 de outubro foram 649.534 votos.
Apesar do crescimento expressivo de Lula, o atual mandatário foi o mais votado no DF. Jair Bolsonaro (PL) obteve 58,81% da preferência do eleitorado, totalizando 1.041.331 votos. No primeiro turno, o presidente derrotado recebeu 51,65% dos votos. Já Lula ficou com 36,85%.
"A vitória de Lula é histórica! A esquerda brasileira e a ampla frente democrática impediram a reeleição do pior presidente da nossa história. Tentaram adiar as eleições, ameaçaram opositores, gastaram bilhões no Bolsolão e com compra de votos E MESMO ASSIM VENCEMOS!", postou o deputado distrital Fábio Félix (PSOL), que foi o mais votado para a Câmara Legislativa nas eleições deste ano.
A senadora Leila do Vôlei (PDT), que no segundo turno se engajou na campanha de Lula, também celebrou a vitória do petista. "Parabéns ao presidente Lula por ter comandado essa linda vitória da democracia. O eleitor demonstrou nas urnas a sua vontade de mudar. A tarefa que se impõe é a de reconstruir as pontes e os laços entre as famílias e os amigos", postou.
Oposição
Entre os adversários, que agora serão oposição à Lula, quem se manifestou foi a senadora eleita Damares Alves (Republicanos). "Perdemos uma eleição, mas não perdemos o amor pelo nosso país. Bolsonaro deixará a Presidência da República em janeiro de cabeça erguida, com a certeza do dever cumprido e amado por milhões de brasileiros", postou nas redes sociais.
Deputada federal mais votada pelo DF este ano, Bia Kicis (PL) usou as redes sociais para projetar a condição de opositora ao novo governo. "Mais do que nunca teremos que ser resistência".
Frente da Esperança
O deputado distrital Leandro Grass (PV), que ficou em segundo lugar na disputa para o governo do DF, exaltou muito a vitória histórica de Lula.
"O Brasil supera um de seus piores momentos, que foi o governo de Jair Bolsonaro, retoma o ambiente de diálogo e cooperação. Lula tem agora um grande papel de reunificar o Brasil, de nós voltarmos a respeitar as diferenças e construir nossas convergências", escreveu.
"A democracia venceu! Felicidade que não cabe no peito!", postou a professora Rosilene Corrêa (PT), que disputou o Senado Federal nas eleições.
A deputada federal Érika Kokay (PT-DF) destacou dois dos dados mais marcantes dessas eleições, em uma postagem nas redes sociais. "Lula é o primeiro presidente eleito 3 vezes pelo voto direto. Bolsonaro é o primeiro presidente que não consegue ser reeleito desde a redemocratização", postou.
A reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão Moura, também fez uma postagem nas redes sociais para comemorar a vitória de Lula. "Grande dia! Minha neta merece um mundo melhor e viver com esperança de dias melhores". Considerada uma das melhores universidades públicas do país, a UnB, assim como outras instituições federais de ensino, vivem um sufocamento orçamentário ao longo de todo o governo Bolsonaro.
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