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ENTREVISTA

Parada LGBTI+ levou 12 mil pessoas às ruas de Uberlândia (MG)

Um dos organizadores do evento relata como foi o processo de construção e quais perspectivas futuras do ato

05.jul.2022 às 16h04
Uberlândia (MG)
Amanda de Castro e Lívia Jäger

Para angariar recursos, a organização fez rifas, campanhas de arrecadação e festas beneficentes - Foto: Kauara Carvalho

Depois de dois anos suspensa, devido à pandemia, a parada LGBTI+ de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, retornou neste ano e levou cerca de 12 mil pessoas às ruas no dia 26 de junho. Sem apoio financeiro, a manifestação foi organizada por um grupo de ativistas independentes.

Em entrevista ao Brasil de Fato MG, Renato Ribeiro, membro da equipe de organização, contou que o evento teve uma repercussão maior do que a esperada e que ficou impressionado com a adesão da população. “Foi uma surpresa muito boa, considerando o tanto que nós trabalhamos”, relata.

Para angariar recursos, a organização fez rifas, campanhas de arrecadação e festas beneficentes. Assim, conseguiram pagar segurança, alvarás e impostos. Casas noturnas da cidade ajudaram na construção e pagaram dois trios elétricos para o evento. Confira a entrevista na íntegra:

Brasil de Fato MG – Como surgiu a ideia de reconstruir a parada LGBTI+ na cidade?

Renato Ribeiro: Somos um grupo de militantes e ativistas que estão há muito tempo no movimento. Nos reunimos em dezembro do ano passado e criamos o Conselho Popular LGBTI+, que é um movimento conjunto de diálogo. E aí descobrimos que a parada estava sem referência de militância.

Em abril, começamos a chamar as pessoas e eu fui encabeçando. Fomos construindo o diálogo sobre qual seria o modelo de parada que as pessoas queriam. E aí, fomos descobrindo, com essas reuniões, esses diálogos, que as pessoas não estavam interessadas, como a gente imaginava, na festa. Elas estavam interessadas, na verdade, na militância, conforme o modelo que já acontece, por exemplo, na Parada LGBT de São Paulo, que é a maior do Brasil e uma das maiores do mundo.

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Então, resolvemos realizar uma marcha. Isso também foi fortificado quando a gente descobriu que a Prefeitura de Uberlândia não nos ajudaria financeiramente.

Como foi o processo de construção do evento?

A construção esteve sob minha coordenação durante 122 dias. Foi uma construção rápida, com muita dificuldade. Primeiro, para alinhar todas as vertentes de militantes, de grupos políticos diferentes, para tentar construir junto um diálogo mais em paz, mais conjunto, deixando algumas diferenças de lado. Mas, um dos maiores desafios que a gente teve foi a falta de tempo e a falta de apoio do poder público, em especial do municipal.

O que vocês acharam da repercussão da manifestação?

Não imaginávamos uma repercussão tão grande. Tanto que, na semana do evento, além de vocês, fomos procurados por outros veículos de comunicação de TV e impresso muito sérios também, além de três rádios. O apoio da mídia séria foi extremamente importante para o sucesso do evento. A gente não faria sem o material que vocês colocaram e estão colocando no ar. E nós imaginávamos uma adesão, mas não tão gigante.

Segundo a contagem feita por drone, que calcula por metro quadrado a quantidade das pessoas, nós tivemos 12 mil pessoas, mais gente que em 2019, que foram 9,5 mil pessoas. Então, para nós que construímos com muito carinho, foi uma surpresa muito boa, considerando o tanto que nós trabalhamos.

Como se deu as negociações para a realização das atrações artísticas durante a parada?

Como nós não tínhamos verba, nem mesmo para um trio elétrico, fizemos uma campanha com rifas, com arrecadação via pix, uma festa beneficente. Isso deu a pagar as outras coisas, como segurança, alvarás, impostos. Três casas noturnas da cidade pagaram dois trios elétricos.

Fizemos uma abertura solene com todas as autoridades e militantes. E nós, como organização, indicamos as drags, os dançarinos e os artistas que ocuparam os trios para mostrar as suas intervenções, que têm muita qualidade.

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A gente agradece, em especial, muitos artistas que entenderam que não tinha palco e mesmo assim marcharam junto conosco lá no chão, muito sorridentes e militando com alegria.

Qual é o impacto da parada para a comunidade LGBTI+ de Uberlândia e região?

Ainda não sabemos ao certo qual é o impacto. O que sentimos foi que houve uma respeitabilidade do poder público, visto o tamanho da nossa evidência. Tanto a Polícia Militar quanto a Secretaria de Trânsito e Transportes (Settran) se manifestaram e deixaram nítido o quanto nós fomos organizados, que não houve problemas de agressão, desordem e o quanto estávamos articulados.

Então, se a gente vai ter ajuda pública ou não, se a gente vai ter melhoras para esse processo no ano que vem ou não, ainda não sabemos. Porque vivemos um momento muito triste, de ódio, de desvalorização do diálogo e do movimento popular a nível nacional. Mas percebemos que a parada, pelo menos, trabalhou a questão da respeitabilidade, no sentido de que mostramos que a nossa evidência é o nosso grupo e a nossa voz é muito grande.

Quais as expectativas para os próximos anos?

Já temos a primeira reunião daqui a algumas semanas para avaliação e organização da parada do ano que vem. Queremos aumentar a adesão, criar eventos durante o ano para trabalhar a questão junto ao grupo Somos [que é ligado ao Escritório de Assessoria Jurídica Popular da Universidade Federal de Uberlândia], junto ao Conselho Popular LGBTI+ e a outras entidades do setor. Vamos ter reuniões neste ano com outras cidades para formar um calendário das paradas. Nossa expectativa é muito boa, apesar do momento político, de tanto ódio e de desconstrução do diálogo.

Editado por: Larissa Costa
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