O empresário Elon Musk anunciou, nesta sexta-feira (8), que vai desistir de comprar o Twitter, numa negociação orçada em US$ 44 bilhões. Ele acusou a plataforma de não cumprir cláusulas previstas no contrato.
Considerado o homem mais rico do mundo, Musk iniciou as tratativas para a compra da rede social em abril deste ano. No mês seguinte, chegou a avisar a que negociação estava temporariamente suspensa.
Ele justificou a desistência, anunciada nesta sexta-feira (8), alegando que o Twitter omitiu informações sobre o número real de contas robôs – perfis falsos – ativas na plataforma.
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Na véspera da desistência da compra, o Twitter informou que remove, diariamente, cerca de 1 milhão de perfis falsos. Segundo a empresa, estes usuários representariam cerca de 5% do total de perfis. Musk, por sua vez, considera que o número de contas falsas ativas supera o de 20%.
O Twitter informou que vai brigar na Justiça para que Elon Musk cumpra com o contrato. "O Conselho do Twitter está comprometido em fechar a transação no preço e nos termos acordados com Musk e planeja entrar com uma ação legal para fazer cumprir o acordo de fusão”, informou Bret Taylor, presidente do conselho, em um tuíte que foi republicado pelo jornal O Globo.
Segundo a imprensa internacional, existem outras razões por trás da desistência do empresário: a perda de valor de mercado do Twitter, com queda nas ações, e o fato de que Musk não teria controle absoluto sobre o funcionamento da rede, hoje sob fiscalização rigorosa, o fizeram desistir da negociação, apontam especialistas.
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A intenção de comprar o Twitter estava inserida numa movimentação política do empresário, que é usuário assíduo da rede e criticava as políticas de moderação. Valendo-se da defesa da liberdade de expressão, Musk apostou na aquisição da plataforma, o que gerou euforia entre usuários inclinados à direita.
