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Início Bem viver Cultura

Afroturismo

Conheça os lugares de memória que marcam a presença negra no DF

Muitos desses espaços ligados às narrativas da população negra do DF estão localizados nas periferias

11.nov.2022 às 15h35
Brasília (DF)
Bianca Feifel

Praça dos Orixás é um desses símbolos no DF - Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

A população do Distrito Federal é majoritariamente negra. De acordo com a Pesquisa Distrital de Amostra por Domicílios (PDAD) de 2021, 57,45% dos habitantes do DF são pretos ou pardos. A capital federal foi construída por mãos negras que, após entregarem a cidade, foram expulsas para as áreas periféricas ou mandadas de volta para seus estados de origem, relegadas a um destino de anonimato.

Mas onde estão os lugares de memória que marcam a presença negra no Distrito Federal? 

Quando se fala em turismo brasiliense, o primeiro pensamento leva ao conjunto arquitetônico da capital, como a Catedral Metropolitana, o Congresso Nacional, o Museu Nacional da República e o Memorial JK. Espaços importantes para a história de Brasília, mas que reforçam uma única narrativa da história – contada a partir de um lugar bem específico: a institucionalidade branca. 

É necessário descentralizar esse olhar. Muitas iniciativas culturais, espaços e monumentos de memória, principalmente aqueles ligados às narrativas da população negra do DF, estão localizados no Entorno e nas periferias. 

São Sebastião, por exemplo, guarda muita memória negra. É a terceira Região Administrativa com maior porcentagem de pessoas negras no DF: 64% da população é parda ou preta, de acordo com a PDAD 2021. 

Além disso, de acordo com Aline Karina, bacharel em turismo, mestranda em Preservação do Patrimônio Cultural pelo IPHAN e idealizadora do Turismo Fora do Avião, São Sebastião foi responsável pela produção de 90% dos tijolos utilizados na construção de Brasília. Esse protagonismo, entretanto, é muito pouco lembrado.

Segundo ela, é necessário questionar essa narrativa única, que reforça apenas alguns símbolos da construção da capital, enquanto há um apagamento histórico do pioneirismo negro nesse processo. E um dos meios para quebrar esse ciclo de invisibilização é o Afroturismo, um turismo que privilegia pontos que estabelecem conexão com a memória negra. 

“Ter acesso a essas histórias, a essas pessoas negras que foram pioneiras, também é uma forma de exercitar a cidadania. Porque quando o morador local entende a importância da sua história para a sociedade, entende a importância de todos esses símbolos, ele consegue entender como impactar positivamente nesse território. E o afroturismo pode ser essa ferramenta de encontros, de reconhecimento e de potencialidade”, explica Aline Karina.

O “Guia de Afroturismo no DF e Entorno”, idealizado por Aline e que será lançado neste sábado (12), mapeou mais de 100 lugares, ações e pessoas que fomentam a cultura negra em 18 Regiões Administrativas. 

“O objetivo é mostrar o protagonismo da comunidade negra, das suas ações negras periféricas e criativas, que impactam positivamente o nosso território. É uma forma de estruturar roteiros turísticos criativos afrocentrados, de modo a melhorar os equipamentos culturais, trazer fonte de renda para essas comunidades, visibilizar pessoas e potencializar o território”, afirma a bacharel em turismo.


Aline Karina realiza desde de 2016 o turismo negro, periférico e criativo em São Sebastião / Foto: Thaís Mallon

O Instituto Cultural Congo Naya, o Centro de Formação e Cultura Nação Zumbi e a Praça do Reggae, localizados em São Sebastião, são exemplos de espaços em que a cultura e a história afrobrasileira do DF são preservadas e vivenciadas.

Já em Ceilândia, o acervo do Museu Casa da Memória Viva de Ceilândia e as ações culturais desenvolvidas, por exemplo, na Casa Akotirene, um aquilombamento urbano de mulheres negras, na Casa do Cantador e no Instituto Mãe África Casa de Copeira, mantêm viva a memória negra.

:: Casos de injúria racial aumentam 28% em um ano no DF; maior taxa em oito anos ::

Outros destaques são o Complexo Cultural da Samambaia; o Espaço Cultural ‘Caracas, véi!’ e o Mercado Sul, localizados em Taguatinga; além do Museu Vivo da Memória Candanga e o Clube do Violeiro Caipira, presentes na Candangolândia.

Turismo afrocentrado

A rota do turismo afrocentrado no DF também passa pelo Plano Piloto. A Praça Zumbi dos Palmares, a Praça dos Orixás e o próprio Congresso Nacional guardam relação com a memória política e cultural negra.

Além de um baobá, árvore sagrada no continente africano, esses são alguns dos pontos visitados pela tour “Brasília Negra”, guiada por Bianca D’Aya, bacharela em turismo e produtora cultural, responsável pela agência Me Leva Cerrado.

A tour, que aconteceu no dia 5 de novembro e está com a próxima edição agendada pra janeiro de 2023, passou por 8 pontos turísticos que contam histórias do protagonismo negro no DF e terminou em um restaurante senegales. 

Segundo a guia, a ideia para a tour surgiu de inquietações durante o curso técnico de guia de turismo.

“A gente visitava muitos atrativos da cidade e eu sempre fazia esse questionamento: qual é a história negra desse lugar? E os mediadores ou os próprios guias não sabiam me dar uma resposta concreta. Daí surgiu essa pergunta: onde estavam as pessoas negras da cidade? Porque a gente sabe que muita gente migrou para Brasília para ajudar na construção, mas essas histórias não foram contadas. As histórias que foram contadas foram as dos grandes empresários, do Oscar Niemeyer, do Lúcio Costa, de JK. Então, eu quis fazer um levantamento dessas histórias apagadas, e adentrar na identidade e na cultura do povo negro da cidade”, explica Bianca D’Aya.

A tour é feita de van, já que a distância inviabiliza a caminhada, e a ideia é de que haja uma adesão por parte das escolas do DF e Entorno.

“A ideia é que não só turistas façam esse passeio, mas que os próprios moradores da cidade se interessem, que as escolas participem, tragam seus alunos. E é uma inciativa que contribui também nessa questão de ser antirracista, da consciência racial, de trazer um pouco de visibilidade para o povo negro. Principalmente em Brasília, que é uma cidade racista, mas tem o racismo muito velado. E a própria estrutura da cidade é racista porque ela é muito segregadora”, afirma a guia turística.

Lançamento do “Guia do Afroturismo de Brasília DF e Entorno”

Data: 12 de novembro (sábado)

Horário: 14h15

Local: Espaço Cultural Renato Russo, na Feira Katendê: Raízes Ancestrais 

Mais informações na página

Tour “Brasília Negra”

Data: 02 de janeiro de 2023

Ponto de Encontro: Praça Zumbi dos Palmares

Valor: R$130,00

Mais informações na página

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Editado por: Flavia Quirino
Tags: consciêcia negra
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