Logo após o segundo turno das eleições, a possibilidade de privatização da Copel caiu como uma bomba no Paraná. A intenção foi sinalizada pelo governador Ratinho Junior (PSD) e, posteriormente, comunicada ao mercado financeiro. Especulação que fez as ações da companhia de energia dispararem na Bolsa.
Em fato relevante, a Copel questionou o Governo do Estado sobre “informações técnicas a fim de subsidiar modelo para potencial operação no mercado de capitais em que se otimize o investimento do Estado do Paraná na Copel, preservando participação societária relevante do Estado na Companhia.”
Por outro lado, o anúncio, neste momento, é visto como trapalhada e precipitação, segundo o presidente do Sindicato dos Engenheiros (Senge-PR), Leandro Grassmann. “Não sabemos o que seria considerado ‘relevante’ pro estado sobre o controle acionário. Pode ser que venda até chegar ao limite de 50,1% e ainda se mantenha como controlador majoritário, assim como pode reduzir para 10%, por exemplo.” Para ele, “é uma retomada de uma agenda neoliberal que visa dilapidar o patrimônio público e do povo paranaense”.