Desde a última quarta-feira (26), faixas de protesto estão espalhadas pelas periferias de São Paulo. Os alvos são Jair Bolsonaro (PL) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidatos à presidência da República e o governo paulista, respectivamente. Nesta sexta-feira (28), policiais militares retiraram alguns dos cartazes.
As imagens dos policiais com as faixas foram publicadas pelo deputado federal Coronel Tadeu (PL-SP), que provocou os moradores das comunidades: "Venham buscar". O parlamentar termina seu mandato em 31 de dezembro e não voltará à Câmara dos Deputados, já que obteve apenas 61 mil votos e não conseguiu se reeleger.
As faixas possuem a mesma mensagem: "Na nossa comunidade não. Respeite as favelas. Fora Bolsonaro! Tchau Tarcísio! A favela é contra a opressão". Algumas delas estavam penduradas em Paraisópolis, bairro da zona sul de São Paulo, onde um tiroteio interrompeu a agenda de Freitas, em 17 de outubro.
À época, a campanha do candidato do Republicanos tentou surfar uma onda criada por bolsonaristas, que dizia que o tiroteio seria um atentado contra Tarcísio de Freitas. Com o passar dos dias, a farsa foi desmentida e o bolsonarista perdeu força nas pesquisas.
Na troca de tiros, Felipe Lima, de 27 anos, foi assassinado. Segundo o Intercept Brasil, testemunhas afirmam que quem pode ter matado o jovem foi Fabrício Cardoso de Paiva, agente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que faz a segurança de Freitas.
O Boletim de Ocorrência lavrado pela Polícia Civil, no 88º Departamento de Polícia (DP), obtido pelo Brasil de Fato, mostra que a cena do crime 'foi adulterada por policiais militares, antes da chegada da perícia ao local'.
Pesquisa do Ipec, divulgada na última quarta-feira (26), antes do debate da Globo, mostram que Freitas já aparece empatado tecnicamente com Fernando Haddad (PT), na disputa pelo governo paulista. O candidato do Republicanos soma 52% e o petista 48%. A vantagem já foi de dez pontos percentuais, 55% x 45%, em favor do bolsonarista.
