Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Bem Viver Cultura

arte

Identidade negra, feminina, lésbica e afro-brasileira ilustra o trabalho de Ani Ganzala

O trabalho de Ani Ganzala retrata mulheres negras em cenários de afeto e coletividade

03.ago.2022 às 13h09
Recife (PE)
Helena Dias

Artista baiana retrata momentos de coletividade e afeto entre mulheres negras - Ani Ganzala

No quadro “Aqui pra nós” dessa semana abordamos arte e ativismo. Para falar sobre isso, conversamos com a artista visual Ani Ganzala, que é de Salvador, na Bahia. Confira:

Brasil de Fato Pernambuco: Ani, a forma como você usa o seu sobrenome é "Ganzala", mas não é um sobrenome de nascença. Explica para a gente de onde ele vem e o que ele representa para a sua arte.

Ani Ganzala: “Ganzala” é um nome que significa "terra molhada" e ele surgiu exatamente em uma crise identitária que eu estava tendo em não querer mais me apresentar enquanto Gonzaga, que é meu sobrenome de nascimento por pensar também no que significa carregar esse sobrenome. E eu estudei história e comecei a refletir que não foi o sobrenome que os meus ancestrais escolheram para mim, mas um sobrenome que inicialmente significava que eu era propriedade de algum senhor que se chamava Gonzaga. É tanto que existia muito "de", "Ferreira de Santos". Significa também essa relação e eu decidi que não queria carregar mais o sobrenome do meu inimigo e por isso escolhi me chamar "Ani Ganzala".

BdF PE: Ani, você se coloca como aquarelista, grafiteira e artivista. Quando a arte chegou na tua vida? Como a história de vocês começou?

Ani Ganzala: A arte sempre esteve presente na minha vida. Desde criança que eu rabisco e desenho, mas na vida adulta eu fui desmotivada a estudar arte e seguir como profissão. Mas, em um momento eu decidi que iria assumir todos os riscos de ser artista porque eu já estava me sentindo muito infeliz e como a gente só tem uma vida para viver e não temos muitas versões de nós mesmos para estarmos explorando. Então é isso que eu vou seguir, comecei com o grafite e depois fui para a aquarela. Durante a pandemia eu comecei a estudar e praticar a pintura acrílica e agora estou estudando e praticando arte visual, ilustração digital.

Leia: Virada Negra: evento gratuito promove 24 horas de arte e música de artistas negros no Recife

BdF PE: Ani, quem te acompanha nas redes sociais percebe que o teu trabalho carrega uma identidade muito forte de mulheres negras, da afetividade lésbica e muitas referências também em relação às religiões afro-brasileiras. Tem um compromisso de se ver e fazer com que as pessoas se vejam? Como é esse diálogo com as pessoas que entram em contato com a tua arte?

Ani Ganzala: Tudo o que eu faço tem a ver também com uma forma autobiografia de onde eu me localizo, de “pertença” também. Seja enquanto candomblecista, enquanto sapatão, enquanto uma pessoa que é fruto e parte desse movimento de mulheres negras em que eu me sinto alimentada e fortalecida para entender quais são as nossas demandas e ter coragem também para enfrentar os desafios do dia a dia. O candomblé também é um espaço extremamente feminino e de mulheres negras. Então, assim como minha família, eu fui criada por mulheres negras e são todas referências e parte do que eu sou. Eu não seria Ani Ganzala sem essas mulheres, sem essa família grande que eu construí.

BdF PE: Ani, levando um pouco mais para o seu trabalho novamente, a gente sabe que, historicamente e socialmente, esse lugar da afetividade e do amor é muito negado ao povo negro. De onde você tira inspiração para chegar nessa coisa tão bonita sobre uma coisa que é tão complexa e, ao mesmo, tempo tão difícil muitas vezes?

Ani Ganzala: É verdade, a maioria das famílias negras cresceram sem referências sobre afeto, entendendo que demostrar afeto e carinho é uma fraqueza, é algo de branco. E eu acho que eu enquanto parte de uma geração que já está refletindo outras construções para além da luta, da dor e do sofrimento, a gente vê a importância da cura, de trazer também o amor enquanto cura, o amor enquanto a leveza que a gente precisa para seguir caminhando e o quanto que esse sistema tenta nos afastar desse encontro que é o autoamor, que é a autovalorização e consequentemente o afeto à outra pessoa e a valorização das nossas companheiras, dos nossos companheiros enquanto pessoas.

Leia: Vozes Populares | Visibilidade Lésbica e o direito à dupla maternidade

BdF PE: Ani, para encerrar… Se fosse para alguém ver um trabalho seu que resgatasse bem a sua essência, conhecer o seu trabalho, tem algum que você diria e indicaria. Como a gente faz para ver a sua arte?

Ani Ganzala: Eu não tenho trabalho preferido, porque assim como sou desapegada também amo todos. Inclusive, gosto de alguns que as pessoas não entendem ou também não acham importante, para mim são muito importantes. Mas enfim, meu trabalho está no Instagram, então para quem acessar, acompanhar, comentar, compartilhar e fazer encomenda, é só ir no Instagram: @ganzalaarts.

Editado por: Vanessa Gonzaga
Tags: cultura
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Finalmente

Gripe aviária: 17 países suspendem restrição à carne brasileira

VITÓRIA

AGU pede suspensão do leilão de terras em áreas protegidas e comunidades tradicionais em Paraty (RJ)

Campeonato global

‘Futebol não é só europeu’: Mundial de Clubes mostra qualidade brasileira e equilíbrio entre países, avalia jornalista

Guerra

Trump se irrita com Netanyahu: ‘Eu preciso fazer Israel se acalmar’

CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Hospitais privados poderão trocar dívidas por atendimento ao SUS

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
  • Bem Viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevistas
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.