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Única saída?

Artigo | Saneamento básico: desfazendo mitos

Fatos desmistificam a campanha ideológica que promove as empresas privadas como solução para universalizar serviços

20.dez.2022 às 15h36
Porto Alegre
Paulo Pimenta

Corsan foi privatizada através de leilão realizado na Bolsa de Valores (B3), tendo como comprador o Consórcio Aegea, com proposta única de aproximadamente R$4,1 bilhões - Foto: Divulgação/Corsan

As últimas semanas de 2022 ofereceram fatos que ajudam a desmistificar a intensa campanha ideológica que promove a prestação dos serviços públicos por empresas privadas como a única saída para obter os recursos necessários à universalização, em especial do abastecimento de água e do esgotamento sanitário.

Senão vejamos: o governo do Rio Grande do Sul, que enfrenta forte resistência à sua intenção de vender a companhia gaúcha de saneamento básico (Corsan), lista entre outras justificativas para a privatização “a impossibilidade das empresas públicas de buscarem financiamento de agentes como o BNDES.” (FSP 16/12/2022)

Por outro lado a Aegea, grupo privado que controla vários prestadores, contratou com o BNDES ontem, 19/12, por meio de sua controlada Águas do Rio, empréstimo no valor de RS 19,3 bilhões (atenção leitor: não são milhões de reais e sim bilhões!) para financiar o pagamento de quase todo o valor que a Aegea ofereceu pelas outorgas dos seus contratos de concessão no Estado do Rio de Janeiro. Este financiamento é o segundo maior da história do BNDES e a diretora de Crédito à Infraestrutura do banco, Solange Vieira, classificou a aprovação da operação como "emblemática".

Olhando melhor os dois fatos, constata-se que eles são realmente “emblemáticos” do papel desempenhado pelo BNDES no governo Bolsonaro: por um lado sufocando as empresas públicas e por outro favorecendo com empréstimos vultosos os prestadores privados.

Salta aos olhos que a privatização dos serviços de água e esgotos está sendo financiada por recursos públicos. Um aspecto adicional a destacar é que serão as tarifas mais caras cobradas pela Águas do Rio que vão viabilizar o pagamento destes empréstimos ao BNDES. Ou seja, quando uma estatal presta o serviço, suas tarifas, grosso modo, devem cobrir os custos de operação e os custos dos investimentos. No caso da concessionária privada, além dessas duas parcelas, oneram a tarifa a ser paga pelo usuário, o lucro dos acionistas e o custo financeiro da outorga.

Licitar concessões tendo como critério o maior valor de outorga ofertado pelos licitantes é atraente para governadores e prefeitos com dificuldades de caixa. Mas gera graves distorções: nas concessões do Amapá, Alagoas e Rio de Janeiro, os valores das outorgas totalizam R$ 29,5 bilhões a serem pagas à vista enquanto os investimentos a serem feitos ao longo dos 35 anos de duração dos contratos totalizam R$ 45,8 bilhões. É evidente o impacto negativo das outorgas sobre a tarifas, portanto sobre a acessibilidade econômica dos usuários de menor renda, onde se concentra o déficit de atendimento.

O dinheiro das outorgas não será gasto em saneamento básico. No caso do Rio de Janeiro, existem denúncias de que os recursos foram usados para outros fins, alheios à prestação de serviço de saneamento que deveria ser realizado pela empresa.

Aliás, o exame das concessões desses três estados desmente a afirmação de que a privatização está sendo incentivada para atingir a universalização. Segundo o site do BNDES, a população total das áreas das concessões é de 17 milhões e a população a ser atendida pelas concessionárias totaliza 10,2 milhões.

Ganha a taça quem afirmar que os 4,8 milhões não atendidos são a população rural e a de vilas e comunidades carentes, ou seja os mais pobres que continuarão sem os serviços enquanto o lucro das empresas privadas está garantido.

Felizmente, o presidente Lula sabe, conforme afirmou em entrevista à TVE do Ceará, que universalizar água e esgoto é responsabilidade do Estado brasileiro. Portanto, as operações BNDES e Caixa Econômica precisam ser reestruturadas e direcionadas para elevar o desempenho de todos os prestadores e viabilizar a meta da universalização incluindo as populações vulneráveis.

* Paulo Pimenta é deputado federal (PT/RS).

** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Editado por: Marcelo Ferreira
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