Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Opinião

Era da informação

Artigo | A China e o Big Data: a fronteira da governança digital

O Brasil, para a reconstrução nacional com a eleição de Lula, precisa aprender com as melhores práticas internacionais

23.dez.2022 às 10h03
Porto Alegre
Isis Paris Maia

Ao pensar em tecnologia de ponta e sistemas eficientes de comunicação, deveríamos pensar em benefícios para o conjunto da humanidade - Pixabay / Creative Commons

Não resta dúvida que o século XXI é a era da informação. Isso quer dizer que a produção cada vez mais está automatizada; o comércio se deslocando para meios eletrônicos; e os serviços cada vez mais plataformizados. E foram justamente as Big Techs os primeiros gestores de dados em larga escala, com capacidade de coleta, processamento e revenda de informações. Isso tem causado preocupações públicas e necessidades regulatórias no que concerne à propriedade, consentimento e privacidade do usuário.

Progressivamente, os novos meios tecnológicos e seus dados têm representado uma grande fronteira também para a governança. A governança digital abre um horizonte completamente novo nas relações Estado e sociedade; no planejamento e gestão pública; e na produção de políticas públicas. É aí que entra o papel crucial do Big Data como ferramenta nos serviços públicos, de modo a melhorar a capacidade estatal e aprimorar a administração governamental. Com efeito, estamos diante de mudanças drásticas no modo de comunicação e gerenciamento de dados, de serviços e de processos. E isso produz novos desafios à governança digital: digitalização dos dados, integração de departamentos transversais, transparência da informação, controle social, etc.

Cabe um parênteses. O Estado continua sendo atravessado por conflitos sociais e orientado pelos desígnios das forças governantes. Como os problemas estatais nunca foram estritamente técnicos e/ou gerenciais, o campo de possibilidade da governança digital não pode responder a problemas de outra natureza. Entretanto, é imperativo reconhecer que estamos diante de potencialidades ímpares no que tange às capacidades estatais e de sua gestão pública – seja para qual finalidade forem mobilizados.

No caso da China, o país adentrou o século XXI como grande protagonista do cenário tecnológico, porém não deixou essa revolução digital limitada apenas ao mercado, atravessou outra fronteira, a da governança digital. Assim, o país tem promulgado uma série de políticas para promover o desenvolvimento da indústria da informação. O 13º Plano Quinquenal mencionou a importância da implementação do plano Internet Plus e o programa nacional de compartilhamento de dados. O governo chinês também tem utilizado o Big Data como ferramenta para alcançar a grande meta deste plano, a erradicação da pobreza extrema, como já mencionado em trabalho anterior.

Já o 14º Plano Quinquenal consagra a digitalização de todos os aspectos da vida na China. Não por acaso, em 2022, o Conselho de Estado divulgou um documento dando ênfase à construção do Sistema Nacional Integrado de Big Data para Assuntos Governamentais até o ano de 2025. O sistema inclui três tipos de plataformas: a plataforma nacional com papel de gerenciamento de dados de assuntos governamentais; a de nível provincial construída como um todo por 31 províncias (regiões autônomas, municípios); e a de dados dos departamentos relevantes do Conselho de Estado. O objetivo é construir uma plataforma governamental integrada capaz de romper o insulamento das fontes de dados. Trata-se de ampliar a sinergia interna do governo e aprimorar a eficácia da gestão. O gerenciamento unificado da informação tende a melhorar a utilização dos recursos e evitar a duplicação de ações. E o fato de ter seu próprio ecossistema de Big Tech (Baidu, TikTok, China Mobile, etc.) facilita a soberania sobre tais políticas. Detalhe: A introdução da moeda digital (eRMB) vai conferir ao Banco do Povo da China ainda mais relevância na coleta de dados – de hábitos de consumo a fluxos financeiros. 

O governo chinês tem enfatizado ainda a necessidade de ampliar a participação social no processo governamental. Além de consultas e sondagens de opinião, as redes sociais podem ajudar o governo a entender demandas e críticas. Em outras palavras, é possível inovar o modelo de tomada de decisão da governança com base no Big Data, pois serve para enfrentar assuntos públicos com mais acurácia; projetar cenários políticos específicos para auxiliar na tomada de decisões por meio da análise abrangente de dados multifonte; e avaliar desempenho de médio e longo prazo como efeito da tomada de decisão. Sem dúvida, é possível avaliar políticas de maneira mais realista e representativa, assim como construir projeções e cenários.

Apesar das especificidades, a experiência chinesa é intercambiável e deve fornecer ensinamentos. O Brasil, diante do imperativo da reconstrução nacional com a eleição de Lula, precisa aprender com as melhores práticas internacionais em gestão e políticas públicas. A expertise chinesa em Big Data e governança digital, dada as semelhanças de um país continental, diverso e desigual, pode iluminar os caminhos do país nesse novo ciclo que se abre em 2023. 

* Isis Paris Maia é historiadora e mestranda em Políticas Públicas pela UFRGS. Atualmente pesquisa os arranjos institucionais chineses para o combate à pobreza no país. Email: [email protected]

** Diego Pautasso é doutor e mestre em Ciência Política e graduado em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atualmente é professor de Geografia do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA) e professor convidado da Especialização em Relações Internacionais – Geopolítica e Defesa, da UFRGS. Autor do livro: China e Rússia no Pós-Guerra Fria, ed. Juruá, 2011. E-mail: [email protected]

*** Este é um artigo de opinião. A visão dos autores não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Editado por: Marcelo Ferreira
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Escalada da guerra

Rússia realiza grande ataque em Kiev e Odessa; pelo menos três civis morreram

INFLAÇÃO

Preços sobem menos em maio, contidos por acomodação do preço da comida

violência

Operação no Complexo de Israel deixa dois baleados em vias expressas do Rio

causa própria

Rede social X pede liberação de perfil de Carla Zambelli, que deve perder mandato

Trama golpista

STF ouve ex-comandante da Marinha sobre tentativa de golpe no 2º dia de interrogatórios

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.