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Reconhecimento

Produtora agroecológica do MST recebe Prêmio Orgulho da Terra

A camponesa Jovana Cestille, do assentamento Eli Vive, do Paraná, venceu na categoria Produção orgânica - agroecológica

01.dez.2022 às 14h54
Curitiba (PR)
Redação

"É possível produzir alimentos sem veneno com qualidade e produtividade”, diz agricultora - Foto: Juliana Barbosa/MST-PR

A produção agroecológica do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra  (MST) está entre as vencedoras do Prêmio Orgulho da Terra 2022, entregue durante a noite desta quarta-feira (30), em Curitiba. O MST esteve representado pela camponesa Jovana Cestille, vencedora da categoria “Produção orgânica – agroecológica".

A camponesa é assentada na comunidade Eli Vive, localizada no distrito de Lerroville, em Londrina, norte do estado, onde vive com o esposo Davi José da Costa e o filho Lorenzo Cestille Costa, no lote batizado de Sítio Novo Amanhecer.

“Eu acredito que a agroecologia é este ‘novo amanhecer’, em vários sentidos, principalmente da preservação da biodiversidade, da garantia de uma alimentação saudável e de mostrar que é possível produzir alimentos sem veneno com qualidade e produtividade”, explica a agricultora.


Jovana Cestille, camponesa moradora do assentamento Eli Vive, em Londrina, e o secretário da Agricultura e Abastecimento do Paraná, Norberto Anacleto Ortigara, durante a premiação / Foto: Ednubia Ghisi/MST-PR

A família se dedica à produção de plantas medicinais, hortaliças e está iniciando a fruticultura, com um pomar de abacate. A comercialização da produção é feita em parte pelo cooperativa do assentamento, e as plantas medicinais são cultivadas com mercado já garantido.

Para além do reconhecimento individual e da família, a camponesa ressalta o trabalho coletivo que o MST vem desenvolvendo ao longo dos anos, de incentivo à agroecologia e novas relações entre os seres humanos e a natureza.

“Nós estamos colocando em prática os conceitos que o MST defende como modelo para o campo brasileiro, para produção de comida saudável, e não de commodities a base de agrotóxicos e de exploração. Por isso, para nós o maior prêmio será que a repercussão incentive outras famílias a trilharem o caminho da agroecologia", garante a camponesa.


Jovana e o esposo, Davi José da Costa, trabalham juntos na produção agroecológica / Foto: Juliana Barbosa/MST-PR

Durante a entrega do prêmio, Jovana usou uma camiseta em homenagem a Ana Primavesi, agrônoma e escritora referência mundial em agroecologia.

O prêmio é uma iniciativa do Grupo Ric em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – IAPAR-Emater (IDPR-Paraná) e do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar).

Ao todo, 16 categorias foram premiadas. As melhores práticas selecionadas serão apresentadas com mais detalhes a partir de dezembro, todos os domingos de manhã, em reportagens exibidas na RICtv e em seu canal no YouTube.

Estado precisa impulsionar a agroecologia

Junto de Jovana, a agrônoma do IDR Cristina Celia Krawulki também foi premiada, por integrar a equipe de acompanhamento técnico da família. Também integram a equipe e estavam presentes no evento André Miguel, coordenador estadual de agroecologia do IDR, e o agrônomo do Instituto Paulo Mrtvi.

Cristina conta que começou a acompanhar o lote da família de Jovana em 2018, quando o casal já tinha muito trabalho desenvolvido no sistema agroecológico. Com treinos e visitas com grupos de agricultores organizados pelo Instituto, o principal avanço da família é com a produção de tomate orgânico. Somente neste ano, foram colhidas cinco toneladas de tomate no sítio, e a expectativa para 2023 é de dobrar a produção.


Jovana e Cristina foram premiadas / Foto: Ednubia Ghisi/MST-PR

A agrônoma explica que o IDR faz um trabalho de fomento, voltado à ampliação da produção agroecológica, especialmente para o atendimento de políticas públicas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o de Aquisição de Alimentos (PAA).

"Nós orientamos os primeiros passos para a transição [do plantio convencional para o orgânico], apresentamos ferramentas de manejo adequado do solo, de instalação de barreira naturais, de manejo integrado de pragas e doenças, do uso de produtos biológicos para fazer o controle preventivo de pragas”, explica.

Segundo a agrônoma, um dos principais desafios para o desenvolvimento da agroecologia no estado está na ampliação de certificadores para facilitar o acesso à certificação pelos agricultores. Até o meio deste ano, o Paraná era o maior produtor orgânico nacional, com cerca de quatro mil produtores cadastrados no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

Exemplo de produção de alimentos e geração de renda

A prática premiada da família de Jovana faz parte de um contexto de muita organização coletiva e luta pelo desenvolvimento da Reforma Agrária Popular. Criado em 2009, o assentamento Eli Vive é formado por 501 famílias e cerca de três mil moradores. É a maior área de Reforma Agrária em região metropolitana do Brasil, com 7.500 hectares.

Desde o início da comunidade, as famílias do Assentamento Eli Vive produzem para o autossustento e para a comercialização. Entre as linhas de produção se destacam: leite, hortaliças, café, panificação, frutíferas e grãos, principalmente milho. Parte dos lotes já conquistou certificação de produção orgânica e agroecológica, projeto em crescimento na comunidade.

A Cooperativa Agroindustrial de Produção e Comercialização (Copacon) foi criada pelas famílias assentadas para otimizar a produção e a comercialização dos alimentos. Atualmente, cerca de 360 estão associadas à cooperativa, de 13 municípios diferentes. Além da renda gerada para os produtores, mais de 20 trabalhadores, todos assentados e filhos de assentados, são funcionários da cooperativa.


Assentamento Eli Vive inaugura primeira agroindústria de milho livre de transgênico do Paraná / Foto: Juliana Barbosa/MST-PR

Os números mostram a força produtiva do grupo associado. Na última safra, a cooperativa comercializou 15 mil sacas de milho, 10 mil de soja, 10 mil de feijão preto e carioquinha. Outras 15 toneladas de alimentos são entregues na Central de Abastecimento (Ceasa) toda semana, além da comercialização de 80 mil litros de leite por mês.

Em julho deste ano, a comunidade festejou a inauguração de uma agroindústria de derivados de milho livre de transgênicos, com capacidade de beneficiamento de 24 toneladas por dia do alimento. A expectativa é produzir um milhão de toneladas de derivados de milho não transgênicos e agroecológicos por ano. A estrutura atual já garante a comercialização de fubá, farinha de milho biju, canjica amarela e canjiquinha xerém. Os resíduos do milho beneficiado serão transformados em ração para bovinos e suínos.

Os alimentos da comunidade também abastecem as escolas públicas da região. São entregues 10 toneladas de alimentos por semana ao  Programa de Alimentação Escolar (PNAE), chegando a mais de 100 escolas de Londrina e região. Uma padaria comunitária, coordenada por mulheres assentadas, também produz panificados para a alimentação escolar.


Bela Gil, apresentadora e culinarista defensora da agroecologia, visitou o sítio da família de Jovana em março deste ano, para conhecer a produção agroecológica / Foto: Barbara Zen/MST-PR

Mais de 400 crianças e adolescentes estudam em duas escolas municipais e uma estadual do assentamento. A comunidade também tem um mercado e uma agropecuária na sede, além de uma Associação de Mulheres e times de futebol feminino e masculino. O coletivo de saúde garante a implantação de hortas medicinais em cada lote.

As famílias têm grande preocupação em avançar na preservação e reflorestamento da área e são guardiãs de mais de 100 minas d’água. Já foram plantadas mais de 10 mil árvores frutíferas, e ainda este ano cerca de 40 mil mudas serão plantadas como parte do Plano Nacional Plantar Árvores e Produzir Alimentos Saudáveis.

Editado por: Lia Bianchini
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