Em Curitiba (PR), no dia 21 de janeiro (sábado), ocorreu o encontro da União de Moradores/as e Trabalhadores/as (UMT), na associação de moradores Vila Formosa (Novo Mundo), com o objetivo de ampliar a articulação entre associações de moradores e grupos que realizam trabalho popular e de solidariedade nos bairros.
O encontro contou com a presença de associações de moradores que se constituíram há muito tempo, nas áreas do Corbélia/CIC, Graciosa (Pinhais), Jardim Eldorado (Sabará/CIC), entre outras, ao lado das áreas que iniciaram a União de Moradores, caso da vila Maria e Uberlândia, Formosa, Canaã e Ferrovila. Contou também com movimentos populares urbanos, caso do MTD e do Povo pelo Povo.
Surgimento
A UMT surgiu em 2020, em meio à pandemia de Covid-19, na perspectiva de unificação de associações de moradores em torno da solidariedade, da parceria com movimentos populares, caso do MST, e criação de espaço popular independente em relação ao poder público, cobrando dele as pautas da comunidade. Neste curto período, a UMT também avançou em cursos de capacitação, comunicação e formação política, em parceria com o Brasil de Fato Paraná.
Participaram também grupos de base da igreja, caso das irmãs Vicentinas, da Pastoral Carcerária, e representantes do seminário Comboniano do Fazendinha.
Unidade na diversidade
O objetivo do encontro de lideranças, preparatório para encontro ampliado em junho, foi fortalecer a unidade entre organizações populares e a articulação entre grupos voltados ao trabalho de base.
Houve apontamentos sobre pautas comuns e construção de grande encontro em junho.
Com a ideia de “unidade na diversidade”, respeitando pautas locais, o histórico e a memória de cada associação, organizações constataram os seguintes problemas mais sérios nos bairros de Curitiba:
– Acesso à moradia e regularização fundiária;
– Acesso à geração de renda, por meio da economia solidária, trabalhos de cozinhas comunitárias, ateliers de corte e costura, etc.
– Necessidade de participação nos conselhos municipais (saúde, educação, assistência social etc)
– Problema das enchentes e políticas ambientais;
– Acesso a materiais e reforço escolar, alfabetização e lutas da educação;