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ELITIZAÇÃO

Como a Arena MRV e a SAF estão deixando o Galo longe da massa

Após a inauguração do novo estádio, a média do preço dos ingressos cresceu 79,5%

08.nov.2023 às 19h39
Belo Horizonte (MG)
Pedro Viglioni

Desde a inauguração da Arena MRV, o preço mais barato cobrado na inteira foi de R$ 150. - Foto: Flicker/ Atlético

"Foi a primeira vez em um jogo do Atlético que tive vontade de ir embora", disse Vitória Diniz, diretora do núcleo feminino da Resistência Alvinegra, torcida antifascista do Atlético Mineiro. Para a torcedora, esse é o sentimento ao ver o processo de elitização da torcida do Galo se acentuando com a inauguração da Arena MRV, novo estádio do clube.

Para a diretora da Resistência Alvinegra, a presença de um público oriundo de classes sociais mais altas nos estádios está diretamente ligada com o elevado preço dos ingressos. Em média, o ticket para os jogos do Atlético cresceu 79,5% em comparação aos jogos do Campeonato Brasileiro 2023 disputados no Mineirão.

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"O Mineirão novo, em comparação com a Arena, ainda possuía um público muito mais bacana. Por mais que o preço não fosse justo, muitas vezes ainda era mais acessível. Vem ficando muito claro que, com os preços mais altos dos ingressos, mudou muito o perfil do público que pode assistir aos jogos", disse Vitória.
 

Arena MRV: o Galo longe da massa

Nos jogos que foram realizados até então, o ingresso mais barato foi de R$ 45, para aqueles que pagam o sócio-torcedor "Galo na Veia (GNV) Forte e Vingador", no valor de R$ 70 mensais.

O Atlético também possui, dentro do seu programa de sócio-torcedor, o "GNV Branco", destinado a torcedores de classes mais baixas, no valor de R$ 15 mensais. Porém, para essa categoria, o valor mais barato do ingresso cobrado foi de R$ 75, preço ainda inacessível para muitos torcedores. Para quem não tem condição de pagar o benefício, o menor preço cobrado pelo ingresso foi de R$ 150.

Marlon Derik, diretor geral da Resistência Alvinegra, acredita que essa lógica mercadológica imposta por meio dos planos de sócio-torcedor influencia diretamente o comportamento da torcida e transforma o torcedor em um consumidor.

"A mudança da torcida do Galo tem a ver com o comportamento. Os torcedores que hoje frequentam o estádio têm um comportamento pautado muito nessa questão de ser sócio. Então, é um torcedor que encara o futebol de uma forma diferente. O clube é empresa e ele é sócio, então precisa dar retorno que ele quer. Se não der, ele não gosta", afirmou Marlon.

O diretor da Resistência Alvinegra também fala da mudança de perfil dentro da torcida do Galo, com o afastamento dos torcedores de periferia do estádio, e uma maior presença de torcedores de classes médias e altas na arquibancada.

"Tem gente que não tem mais o hábito de ir ao campo, porque o estádio já não é mais uma realidade acessível", disse o torcedor. "Estão ferindo uma coisa grave da torcida. A essência da torcida do Galo sempre foi o apoio. Mas hoje a gente vê um torcedor que vira as costas para o clube rápido", contou Marlon.

O que a SAF tem a ver com isso?

Em 2023, o Atlético passou por transformações importantes para a sua história. Além da inauguração da Arena MRV, o clube vendeu a administração do futebol para empresários, por meio da Sociedade Anônima de Futebol (SAF).

A Sociedade Anônima do Futebol (SAF), surgiu pela Lei 14.193/2021, de 6 de agosto de 2021. No texto, foi permitido que os clubes brasileiros, que são associações civis sem fins lucrativos, vendessem ações do seu futebol para terceiros e se tornassem “clubes-empresas”.

Sendo assim, o novo modelo gerou alterações no futebol brasileiro e nos clubes que aderiram à SAF, uma vez que passaram a trabalhar a partir da dinâmica empresarial e do lucro. Uma dessas mudanças refletiu no bolso dos torcedores, que passaram a conviver com ingressos mais caros.

André Quintão, mestre em Comunicação Social, membro do Coletivo Marta (UFMG) e pesquisador sobre a relação dos estádios de futebol com a cidade e os atores sociais do seu entorno, lembra que os torcedores do Cruzeiro, que se tornou SAF em 2021, também reclamam dos preços altos.

Ao falar sobre a SAF, o pesquisador aborda a falsa ilusão vendida aos torcedores, com uma promessa de uma gestão empresarial, e compara o modelo com a privatização das empresas estatais.

“O que dá para relacionar a SAF com o aumento do ingresso são questões que também discutimos sobre a privatização de empresas estatais. Com a SAF, existe uma promessa de uma gestão empresarial profissional que vai trazer benefícios para os torcedores e para a população em geral. Porém, a partir do momento que alguém compra o time, os donos têm que retirar do lucro do clube para recuperar o dinheiro investido”, disse André.
 

Editado por: Larissa Costa
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