A edição 330 do formato impresso do Brasil de Fato Paraná será a última. Com capacidade de produção reduzida, o veículo continuará funcionando com a publicação de matérias no site e nas redes sociais.
Como boa parte dos veículos de imprensa independentes, o BdF-PR vem sofrendo para conseguir dinheiro suficiente para manter sua estrutura. A falta de condições materiais tem obrigado o jornal a fazer cortes, que, na prática, se refletem em demissões e suspensão de serviços. Junto à paralisação do tabloide, a equipe foi reduzida pela metade.
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O BdF-PR pode encerrar totalmente as atividades em breve, porque fazer jornalismo custa dinheiro. Apurar pautas, escrever, diagramar, fotografar, filmar são tarefas que exigem técnica, horas de dedicação. E os profissionais encarregados desse trabalho precisam ser pagos de forma digna. No momento em que isso se torna impossível, não há como manter um jornal.
Desde o início da crise financeira do BdF-PR, foram divulgadas campanhas reforçando a importância de manter um jornal independente, comprometido com as pautas dos trabalhadores e da população invisibilizada pelos grandes veículos. Mas, neste momento, é justo que falemos sobre quem faz o BdF-PR acontecer, porque nós também somos trabalhadores.
No início da Lava Jato, quando a imprensa comercial enaltecia a parcialidade do então juiz Sergio Moro, um jornalista do BdF-PR revelava semanalmente a corrupção judicial da operação. Jornalistas do BdF-PR cobriram a Vigília Lula Livre por 580 dias ininterruptos, do “bom dia” ao “boa noite, presidente Lula”. Nas lutas contra despejo em ocupações urbanas e rurais, nas doações de alimentos durante a pandemia, nas greves de professores e estudantes, na luta pela demarcação de terras indígenas, em todas as pautas em que o BdF-PR é acionado, está lá, em nome do jornal, uma trabalhadora, um trabalhador.
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Nós acreditamos que o jornalismo deve servir ao povo e não aos poderosos. Mas sabemos que esse tipo de jornalismo é incapaz de existir sem condições financeiras para garantir dignidade trabalhista a quem o faz.
Apesar da situação crítica, ainda acreditamos que é possível conseguir recursos para voltarmos a ter as edições semanais e uma equipe adequada ao tamanho das demandas. Anunciamos a paralisação do tabloide com a expectativa de que não seja o fim, mas sim um até breve.
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Continuamos abertos a parcerias para produção de edições especiais impressas do tabloide e para anúncios no site e nas redes sociais.
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Contato: Juliana Santos – (41) 99940-0656 / (41) 99626-8136 / [email protected]
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