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DIREITO À TERRA

Sem serem ouvidas, comunidades caiçaras são despejadas em Paranaguá, no litoral do Paraná

Por recomendação do Ministério Público, estadual e federal, remoção abre sério conflito em região de mangues

12.dez.2023 às 13h46
Curitiba (PR)
Pedro Carrano

Já integrantes da comunidade que reivindicam o reconhecimento como comunidade tradicional criticam a forma intimidatória do Estado na demolição das casas - Divulgação

No dia 11 de dezembro, ocorreu o mais recente operativo para destruição de casas em região de mangue em comunidades localizadas em Paranaguá, litoral do Paraná. Desde o início de 2023, Ministério Público Federal e o MP Paraná recomendaram à prefeitura local a remoção de casas, o que ocasiona retirada de famílias caiçaras de região reivindicada por elas. O MP sugeriu ainda criação de grupo de trabalho entre órgãos públicos para a chamada fiscalização periódica.

O operativo, chamado Ação Integrada de Fiscalização Ambiental (Aifa) envolve Ibama, Batalhão de Polícia Ambiental Força Verde (BPAmb-FV), além de servidores da públicos de Paranaguá. De acordo com o site do MP, o “principal objetivo é atuar de forma fiscalizatória e periódica na área de mangues de dominialidade da União, em Paranaguá/PR”.

Comunidades reagem e acusam

Por sua vez, integrantes das comunidades impactadas reivindicam o reconhecimento no conceito de tradicionais. Criticam também a forma intimidatória e o atropelo do operativo, bem como a ausência de voz dos moradores da região, junto ao poder público e também nas reportagens na mídia empresarial. Apontam que já foram demolidas 33 casas às famílias das comunidades Caribe e Poço Preto.

Uma das vozes críticas é de Aorelio Domingues de Borba, conhecida liderança do grupo tradicional Mandicuera, que realiza há mais de vinte anos trabalhos de resgate cultural e valorização da cultura caiçara na Ilha de Valadares e em toda a região. Aorelio também é mestre de Fandango e residente na comunidade de Poço Preto.

Os caiçaras, em especial as comunidades Caribe e Poço Preto, reivindicam a existência de comunidades tradicionais e o respeito à Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para povos indígenas (veja abaixo trecho), em especial o direito à consulta. Afirmam também que as comunidades há décadas na região teria papel na preservação e não na destruição, comum em empreendimentos empresariais.

“Ainda que seja inquestionável a importância de preservação dos manguezais, não deve ser as comunidades tradicionais do litoral paranaense, nativos e nativas, caiçaras, indígenas, quilombolas, pescadores e pescadoras artesanais que devem ter suas casas destruídas, sendo esses mesmos grupos populacionais os que preservam historicamente essas áreas”, informa documento que será entregue por Domingues para o Ministério de Direitos Humanos e da Cidadania.

Na avaliação de Jaqueline de Andrade, advogada da Terra de Direitos“estão demolindo casas de caiçaras sem nenhum tipo de notificação e defesa das comunidades, algo bem sério”, afirma.


As comunidades tradicionais caiçaras, em especial as comunidades Caribe e Poço Preto, reivindicam a existência de comunidades tradicionais / Divulgação

Posição do Ministério Público

Na visão do Ministério Público, expressa em seu site, a partir do mais recente operativo, “a procuradora Monique Cheker destaca que ações de repressão na ocupação dos mangues devem ser regulares e constantes, com foco não apenas em destruir, mas em impedir que novas construções irregulares sejam erguidas”. Ressaltou, ainda, que a “operação, nesta amplitude, é inédita e visa não só resguardar o meio ambiente, mas também retirar a insegurança de uma série de outros crimes que decorrem da ausência da atuação estatal no local, como tráfico de drogas.”

Trecho da convenção 169 da OIT

"Artigo 2°

1.Os governos deverão assumir a responsabilidade de desenvolver, com a participação dos povos interessados, uma ação coordenada e sistemática com vistas a proteger os direitos desses povos e a garantir o respeito pela sua integridade".


pescadoras artesanais que devem ter suas casas destruídas, sendo esses mesmos grupos populacionais os que preservam historicamente essas áreas”, informa documento / Divulgação

 

Editado por: Lia Bianchini
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