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Início Bem viver Cultura

ENTREVISTA

Cecília Tres estreia com ganas

Após gravar álbum em reduto da nova cena de Porto Alegre, cancionista vai ao Uruguai encontrar referências no La Serena

22.dez.2023 às 16h45
Porto Alegre
João Vicente Ribas

"Eu gosto de juntar esse suco de latinidade no meu som, misturando samba e candombe, colocando rimas", comenta a cancionista Cecília Tres - Foto: Rafa Costa

Cecília Tres acaba de lançar seu primeiro disco e já está arrumando a mala para passar a virada do ano no litoral uruguaio. Seu destino é o mesmo de uma legião de cancionistas latino-americanos nesta época, a praia de La Paloma. Isto porque lá acontece o festival La Serena, que neste ano reunirá nomes como Jorge Drexler e Kevin Johansen.

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Em entrevista ao Brasil de Fato, a cancionista gaúcha falou sobre detalhes da produção do álbum de estreia e do sentir-se latino-americana. Cecília é natural de Passo Fundo, formou-se médica em Pelotas e vive na Capital, onde se conectou com as músicas de luta da América Latina.

O álbum Cecília foi gravado no estúdio Pedra Redonda, em Porto Alegre, com Wagner Lagemann e produção de Guilherme Ceron, dupla que vem registrando uma série de artistas da nova geração, como Ian Ramil, Paola Kirst, Três Marias e Pedro Borghetti, e acaba de finalizar o álbum do Mestre Paraquedas. O estilo de gravação foi orgânico, feito com takes inteiros, sem cortes.

Em seu disco, Cecília gravou cantando e tocando violão ou piano. A produção foi bancada por uma campanha de financiamento coletivo, apoiada por mais de 170 pessoas.

Um álbum intenso

Seu primeiro trabalho é eclético em termos de ritmo, passa pelo samba, pelo reggae, enquanto mantém coesão na performance. "Tienes que hablar" está entre os pontos altos de um disco permeado por letras em espanhol e posicionamentos feministas. Um candombe com arranjo de tambores e violino, localizado no entremeio dos sedimentos musicais históricos e da pegada contemporânea.

"Hoy" é a faixa que abre o álbum com contundência, a performance mais notável, em que Cecília busca nas entranhas o cantar. Parece outra. Como se deslocasse no tempo, evocando ancestralidades remotas ou projetando quem ainda virá a se tornar. Acompanhada por um arranjo mais experimental, com a improvisação vigorosa da bateria de Lucas Fê.

Assim como os cancionistas que encontrará em janeiro no Uruguai, Cecília canta com aquela voz que convida o ouvinte à intimidade. Estilo consagrado tanto na MPB quanto na canção de autor latino-americana, que a gaúcha matiza com seu timbre e sua entrega de corpo inteiro.


"As composições são fruto da minha emoção, a música é o veículo para expressar o que eu sinto", comenta Cecília. / Foto: Aruna Cruz

Cecília conversou com o BdF sobre os novos desafios da carreira. Confira como foi:

Brasil de Fato RS – Qual a expectativa pro festival La Serena? Os cancionistas que vais encontrar lá te influenciam? Tu te sentes pertencente a uma mesma cena?

Cecília Tres – Minha expectativa pro festival é para além de conhecer outres artistas, fazer muita música e me inspirar nas canções e projetos que sei que vou conhecer. E curtir com as pessoas que eu já conheço, como a amiga Clarissa Ferreira.

Esses cancionistas me influenciam, sim, sinto que minha musicalidade se comunica muito com a estética latino-americana, sinto-me pertencente a essa cena. Desde o amigo Zelito Ramos, Pablo Grinjot, até Daniel e Jorge Drexler. Inclusive, me motiva muito esse encontro com artistas que também seguiram inicialmente a carreira médica e depois passaram a se dedicar à música. Isso me inspira!

BdF RS – Tu também compões em espanhol. Como aprendeste a língua?

Cecília – Em 2017 conheci três amigos viajeiros argentinos, que estavam passando por Pelotas com planos de seguir por todo Brasil. Nos conectamos na rua mesmo, fizemos um som, cantamos Mama África do Chico César e acabou que eles passaram três semanas na minha casa. Toquei com eles na rua, passamos chapéu… e, bom, a convivência fez com que eu aprendesse, para além do espanhol, o "castellano".

Minhas principais influências do espanhol são folclóricas, como Alfredo Zitarrosa, Mercedes Sosa, Atahualpa Yupanqui, Violeta Parra, Victor Jara, Silvio Rodríguez.

Quando me mudei para Porto Alegre me relacionei com um companheiro uruguaio. Ele já morava no Brasil desde pequeno, fala português perfeitamente, mas com a família fala só em espanhol. A gente conversava muito, ele me ajudou bastante a entender a língua, acentos, pronúncias e formulações das frases. E foi inspiração para algumas das minhas canções.

Minhas principais influências do espanhol são folclóricas, como Alfredo Zitarrosa, Mercedes Sosa, Atahualpa Yupanqui, Violeta Parra, Victor Jara, Silvio Rodríguez. Mas tenho uma grande inspiração do Uruguai, que é o Gustavo Pena, que me fascina, a musicalidade, a loucura, e a guitarra rock'n roll. Depois me conectei com o rock argentino, recentemente me apaixonei pelo Fito Paez, ao assistir a série "El amor después del amor".

Outra coisa é que eu tenho uma facilidade pra aprender outras línguas, eu amo aprender a falar o idioma que as pessoas falam perto de mim. E digo aprender para além da língua, aprender as gírias, as brincadeiras, mergulhar na cultura é fundamental pra isso.

Conhecer toda a América Latina é o sonho que busco realizar nos próximos anos.

BdF RS – Musicalmente, tu percebes uma aproximação entre brasileiros e os vizinhos latino-americanos?

Cecília – Sim, com certeza. Principalmente quando a gente observa os ritmos, sinto que existe essa conexão forte com a musicalidade africana. E a história da América Latina é muito semelhante, compartilhamos muita coisa em comum. Eu gosto de juntar esse suco de latinidade no meu som, misturando samba e candombe, colocando rimas.

Eu nasci aqui no sul, cresci com esta ideia de proximidade europeia, mas me descobri latino-americana. Entendi que a gente é muito mais que um estado, um país, que somos um continente inteiro. Por isso, quando me conectei com o espanhol, com esses amigos argentinos, com amizades em Porto Alegre que bebem dessa fonte latino-americana, sinto que me encontrei na vida, num caminho, que é gigante, triste e lindo ao mesmo tempo.

BdF RS – Teu disco tem muitas participações e foi gravado no estúdio Pedra Redonda, onde diversos artistas de uma nova cena da Capital se reúnem. Como foi a gravação? 

Cecília – Ahh, foi incrível gravar o disco. Foram cinco sessões no estúdio. Primeiro eu conversei com o Wagner Lagemman, que é o engenheiro de som da Pedra Redonda, fizemos um almoço, trocamos uma ideia tranquila, e eu pedi pra gravar algumas coisas, pra me ouvir e ver como eu me sentia. Depois eu fui encontrar o Ceron e senti uma firmeza para fazer o que eu queria. Ele tem essa pegada do take ao vivo, fazer takes inteiros, não picotar a música.

Então gravei umas 13 músicas na casa dele, para ouvir depois. Ao final perguntei se ele topava trabalhar comigo e ele disse que sim, fiquei feliz e o passo seguinte foi marcar no estúdio.

Começamos com a primeira música do disco, Hoy. Eu e o Lucas Fê nunca tínhamos tocado ela. Mas trocamos uma ideia sobre o som, tocamos três vezes, se olhando, conectando, foram três takes inteiros. Gostei de todos, mas o terceiro foi o mais quente, e foi o que ficou.

Sinto que nesse dia o Ceron botou muita fé em mim como artista, fomos lá e fizemos o que precisávamos fazer. Em três horas já tínhamos uma canção pronta.

As composições são fruto da minha emoção, a música é o veículo para eu expressar o que eu sinto.

BdF RS – Tu compões sozinha, certo? Mas nas gravações e shows tocas com bastante gente. Como é teu processo criativo?

Cecília – Eu não sabia que eu era compositora, até olhar para as músicas que eu já fiz na vida e pensar que elas eram composições sim, mesmo que simples. Mas acho que foi depois de compor "Hoy" e "Sem ti ir" que eu senti que tinha um trabalho massa. Aí passei a olhar para as outras músicas com a ideia de gravar um disco.

As composições são fruto da minha emoção, a música é o veículo para eu expressar o que eu sinto. Eu começo brincando com os acordes, sentindo a musicalidade do violão, ou do piano, deixo as ideias fluírem. E quando eu gosto, sinto que conecta, fica gravado dentro de mim. E a repetição faz com que se consolide.

Bom, aí, fazer show pra mim é o barato da música, é o sentido de fazer música. Compartilhar minhas composições com outres musicistas e arranjar conforme quem vai tocar é incrível e amadurece o som.


Editado por: Marcelo Ferreira
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