O Grande Expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa gaúcha desta quarta-feira (25) destacou os 25 anos da vitória nas eleições ao governo do estado pela chapa Olívio Dutra-Miguel Rossetto. A celebração continua nesta quarta com evento no Sindicato dos Bancários, durante a noite, onde são esperados lideranças políticas e militantes.
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O discurso no Grande Expediente foi feito pelo próprio deputado Miguel Rosseto (PT). “Como esquecer dos milhares de apoiadores que, voluntariamente, aproveitavam cada final de semana para, pacientemente, fazer caravanas no interior nas áreas mais distantes? Até que chegamos aos dias da reta final e as cidades se vestiram de vermelho. Como esquecer disto?”, recordou.
Segundo o parlamentar, os comícios eram verdadeiras celebrações. “Naquela manhã toda esta lembrança nos dava a certeza de que o Rio Grande estava pronto para a mudança. Foi aquela energia que contagiou e alimentou cada dia da Administração Popular”. Destacou também que, ao contrário do que dizia o líder da oposição, o salário do funcionalismo foi pago sem privatizações.
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O deputado recordou também de iniciativas populares daquele governo, como o programa Primeiro Emprego, a criação da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs), do Família Cidadã, da Sulgás, da Municipalização Solidária da saúde e do seguro agrícola. Ele criticou o atual mandatário, Eduardo Leite (PSDB), que segundo ele, com suas políticas neoliberais, se assemelha ao governo Britto, nos anos 90.
Lembrou que no período havia um desemprego alto e uma taxa de juros de 49,75% ao ano. Observou que o governador Antônio Britto (PMDB) havia realizado "um governo devastador", com venda de estatais como a CEEE e a CRT, apoio à Lei Kandir, implantação de pedágios e um acordo da dívida que triplicou o endividamento gaúcho. “Nunca mais o Rio Grande se recuperou destes golpes”, ponderou.
Festa no SindBancários
A celebração dos 25 anos da eleição do governo popular ocorre nesta quarta, às 19h, no SindBancários de Porto Alegre e Região (General Câmara, 424 – Auditório Olívio Dutra). Olívio estará presente.
“Foi um momento extraordinário”, relembra o ex-governador. “Dois projetos se enfrentaram numa disputa muito polarizada. De um lado, a aliança conservadora representada pelo então governador Antônio Britto, e do nosso lado, a Frente Popular, uma grande unidade do campo democrático-popular, no campo e na cidade".
Olívio diz ainda que lembra das dificuldades, da falta de recursos e do pouco tempo de propaganda para defender os compromissos da Frente Popular. A chapa do PT tinha apenas 2 minutos e 52 segundos de TV, enquanto Britto tinha 11 minutos e 16 segundos.
São esperadas lideranças de vários partidos que compuseram a frente popular em 98, ex-secretários do governo e militantes da esquerda. Os ex-governadores Olívio Dutra e Tarso Genro estão confirmados, como também vereadores, deputados da bancada da Federação na Assembleia, dirigentes do PT e do PCdoB.
