A Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES-PB) lançou um alerta urgente à população após dados recentes revelarem um aumento alarmante nos casos de arboviroses em 2024.
Com mais de 7 mil casos registrados até o momento, o estado enfrenta uma situação preocupante no combate à dengue, chikungunya e zika vírus.
Segundo a SES, os números mais recentes indicam 6.259 casos prováveis de dengue, 741 de chikungunya e 86 de zika. Este aumento drástico coloca 74,4% dos municípios paraibanos em estado de alerta ou risco para essas doenças.
João Pessoa registrou 62 casos, enquanto outros municípios também estão sob ameaça, com vários casos em diversas localidades e dois casos confirmados no município de Conde. Guarabira, Campina Grande e Sousa estão entre as cidades mais afetadas, cada uma com três casos confirmados.
Cinco óbitos em 2024 já foram confirmados, sendo três atribuídos à dengue e dois à chikungunya.
Comparando com o mesmo período do ano anterior, o aumento nos casos de dengue é alarmante, chegando a 91,83%. Regiões como a 9ª de saúde se destacam com uma variação impressionante de 2750% em relação ao ano anterior, seguida pelas regiões 16ª, 2ª e 14ª, com aumentos de 1777%, 1760% e 1500%, respectivamente.
Diante desse cenário preocupante, as autoridades de saúde continuam enfatizando a importância da intensificação das ações de vigilância, prevenção e controle. A colaboração da população na eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, principal vetor dessas doenças, torna-se ainda mais crucial para conter essa grave situação epidemiológica.
Drones identificam possíveis focos do mosquito
Em uma iniciativa inovadora, a SES-PB, em parceria com as Forças de Segurança da Paraíba, incluindo a Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), realizou o primeiro voo piloto com drones para identificar possíveis focos do mosquito Aedes aegypti. Essa tecnologia promete auxiliar no combate às arboviroses, permitindo a identificação de pontos de difícil acesso e agilizando as medidas de controle.
O chefe do Núcleo de Fatores Biológicos e Entomologia da SES, Nílton Guedes, explicou que, a partir do voo piloto, serão adotadas estratégias de combate aos focos do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. “Essa nova tecnologia vai nos proporcionar a encontrar focos aonde o agente de saúde não consegue localizar, a exemplo de pontos aéreos, como calhas, piscinas e prédios abandonados e isso vai fazer com que os agentes de saúde cheguem, em tempo hábil, e façam esse controle do mosquito”, disse.
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