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Fenômeno raro

Nem tudo está perdido

Não é a caridade que vai salvar o Brasil. A questão toda é dividir os coquinhos

05.jan.2024 às 13h25
Porto Alegre
Eugênio Bortolon

"Se mais gente potente nas suas finanças patrocinasse ações de educação, saúde, mais pessoas sairiam felizes e teríamos, quem sabe, um futuro um pouco melhor" - Foto: jcomp/Freepik

PL pode ser muitas coisas. Mas, aqui no caso, é o nome de um cidadão. Ele não gosta de aparecer. Prefere ser um anônimo. Na sua profissão é famoso. Tem uma carreira brilhante no Direito, com escritórios em Porto Alegre, Rio, São Paulo e Montevidéu. Trabalha com grandes clientes. Multinacionais. Ou mesmo nacionais de muita bala na agulha. Não bota para perder. Joga com clareza, ética e respeito nos negócios e nas negociações com clientes. Não gosta de atropelar.

:: Ajeitar o Brasil é importante, mas precisamos lutar por mudanças de paradigma, defende Eduardo Moreira ::

Fez de sua vida uma obra bonita, agradável e lucrativa. Sempre foi assim, diz sua mulher, com quem está casado há uns 40 anos. Transformou a sua vida em boas ações, fazendo o bem para pessoas que o cercam ou nem tanto. Sua maior obra foi montar uma escola para 130 crianças em área carente de Porto Alegre. A sua participação é total. Prédio, manutenção, professores, administrador, alimentação e até roupas. Caso fantástico. As crianças saem dali prontas para dormir em casa. Nas datas festivas – Páscoa, Natal, entre outras – todas elas recebem presentes, comida diferenciada e muito entretenimento.

Não estou exagerando, não. Não conheço esta pessoa, apenas de passagem. Perguntei para uma pessoa próxima quem era. Aí fiquei sabendo de tudo um pouco. Uma pessoa que, mesmo com sua simplicidade, é frequentadora da família deste anônimo e de alguém que também é beneficiária desta imensa generosidade. Me diz, emocionado, que há mais de 20 anos não compra roupas e nem sapatos. Nada, enfim, para se vestir. Tudo é recebido do anônimo com uma pergunta humilde, sempre: ‘Aceitas estas roupas, usei pouco?’ Mas não é só isso. A cada 15 dias recebe R$ 400,00 pelo pix por futuros serviços de cabeleireiro a serem prestados ao longo do tempo… ou nunca. São R$ 800,00 sagrados todo o mês.

Anônimo tem duas filhas. As duas são advogadas, diretoras de sua empresa em outras cidades fora do RS. Não precisam de nada e só apoiam as ações do pai, que faz isso como se fosse tudo muito natural. Mas tem mais. As suas funcionárias, de casa ou dos escritórios, não podem se queixar da vida. Caíram no lugar certo e têm um ‘patrão’ fora dos padrões do que se vê por aí. Umas ganham casa, bônus, bons salários e tudo o que precisarem caso tenham alguma dificuldade.

Incrível. Pois é. Este é um fenômeno raro neste universo de desigualdade que vivemos no Brasil e em dezenas de países mundo afora. Aqui mesmo, há grandes empresários que pensam grande e não apenas nos seus umbigos. Fundações, entidades, hospitais filantrópicos e outros recebem seguidamente aportes financeiros de empresas fortes, que fazem questão de não mandar releases para as redações de jornais ou divulgar na internet as suas boas ações. Um ex-dono de um grande jornal na capital gaúcha também era um anônimo. Não era um patrão exemplar, mas correto e pontual, porém distribuía horrores de benesses para associações de vilas carentes. Mesmo com um veículo potente na mão, não queria divulgação de nada.

Não é a caridade que vai salvar o Brasil. Não é questão de facilitar a vida de ninguém. A questão toda é dividir os coquinhos. Se mais gente potente nas suas finanças patrocinasse ações de educação, saúde, mais pessoas sairiam felizes e teríamos, quem sabe, um futuro um pouco melhor…ou, quem sabe, bem melhor do que está hoje.

* Jornalista, ex-editor-chefe e ex-editor de Economia do Correio do Povo.

** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.


Editado por: Marcelo Ferreira
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