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Após Brasil de Fato revelar contrato com aditivo de 46%, Codevasf vê irregularidades em convênio com prefeitura de pai de Fufuca

Companhia disse por meio de nota que levou em consideração informações da reportagem para cobrar explicações do prefeito

05.abr.2024 às 09h58
Brasília (DF)
Mateus Coutinho
Codevasf cobraFufuca Dantas

Codevasf cobra explicações de Fufuca Dantas - Reprodução

Dois dias após ser procurada pela reportagem do Brasil de Fato, em dezembro do ano passado, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) identificou irregularidades em um convênio com a prefeitura de Alto Alegre do Pindaré (MA) e cobrou, mais de uma vez, explicações ao prefeito do município Francisco Dantas Ribeiro Filho, mais conhecido como Fufuca Dantas (PP) e que é pai do ministro dos Esportes, André Fufuca (PP), indicado pelo Centrão para assumir o ministério no ano passado. O Brasil de Fato publicou reportagem sobre este contrato em 15 de dezembro do ano passado.

Na cobrança mais recente, realizada no último 25 de março, a companhia alertou Fufuca Dantas que, se não fossem resolvidos em 45 dias os problemas encontrados no contrato feito com a prefeitura, iria abrir uma Tomada de Contas Especial. Este procedimento é uma fiscalização conduzida pelo Tribunal de Contas da União para apurar eventuais irregularidades em contratos. A Codevasf afirmou também que acionaria o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Estado do Maranhão e a Advocacia-Geral da União, procedimento que é adotado quando há suspeita de crime ou de improbidade administrativa, segundo a portaria que regulamenta os convênios do governo federal: 

“Comunicamos que, após o decurso do prazo estipulado neste ofício, sem que haja saneamento das pendências apontadas no convênio, o concedente procederá, de ofício, ao envio de comunicação aos Ministérios Públicos Federal e Estadual, bem como à Advocacia-Geral da União” diz o documento, assinado pelo Superintendente da 8ª Regional da Codevasf, que atende o estado do Maranhão, Clóvis Luiz Paz Oliveira. 

Veja o ofício encaminhado ao pai de Fufuca em 2024

Veja o parecer da Codevasf de 2024 que aponta irregularidades 

À reportagem, a Codevasf afirmou nesta terça-feira, (2), que a prestação de contas final do convênio é feita somente após o fim do prazo de vigência do contrato, previsto para encerrar em 31 de dezembro de 2024. Apesar disso, a Codevasf disse em nota que levou em consideração as informações apresentadas pela reportagem no ano passado para cobrar explicações da prefeitura. 

“Por diligência administrativa e levando-se em conta a demanda de imprensa, foram realizadas análises da documentação registrada na plataforma Transferegov, o que implicou envio de notificações ao convenente pela Codevasf. A referida análise ocorreria, de forma sistemática, quando da apresentação da prestação de contas pelo convenente (a prefeitura), independentemente de provocações externas, alheias ao rito processual”, disse a empresa, em nota. A reportagem procurou a Codevasf em 11 de dezembro de 2023 para questionar sobre o referido convênio.

Contrato com reajuste de 46% 

As irregularidades apontadas agora pela companhia são relativas ao convênio firmado entre a Codevasf e a prefeitura de Alto Alegre do Pindaré (MA), governada por Fufuca Dantas (PP), no fim de 2020 no valor de R$ 2,87 milhões. Todo o valor do convênio já foi repassado à prefeitura, e, segundo a Codevasf, a obra foi concluída. 

Como revelou o Brasil de Fato, o convênio foi custeado com verba de emenda de André Fufuca e levou à contratação, pela prefeitura, de uma empresa comandada por um jovem de 23 anos e que foi encontrado pela Polícia Federal em 2018 com saco de dinheiro e santinhos de Fufuca na véspera da eleição. Além disso, no aparelho celular do jovem a PF encontrou até uma conversa em que ele negocia voto em troca de chuteira de futebol. 

Chamada de Projeplan, a empresa foi contratada pela prefeitura de Alto Alegre do Pindaré em novembro de 2021 no valor de R$ 1,95 milhão para realizar obras de melhorias nas estradas da região. Como mostrou o Brasil de Fato, em menos de dois anos, em abril do ano passado a empresa conseguiu um aditivo de 46% e o valor final do contrato ficou em R$ 2,87 milhões, justamente o valor total do convênio fechado entre a prefeitura e a Codevasf. Quando foi questionada sobre esse aditivo pela reportagem do Brasil de Fato em 1 1 de dezembro do ano passado, a Codevasf informou que não tinha conhecimento do aditivo e que “por diligência administrativa” iria notificar o município. 

Documentos internos da companhia aos quais o Brasil de Fato teve acesso por meio da Lei de Acesso à Informação mostram que, em 13 de dezembro, o fiscal do convênio e engenheiro civil Haroldo Castro Cruz, emitiu um parecer no qual aponta várias irregularidades e pede que seja encaminhado um ofício à prefeitura de Alto Alegre do Pindaré solicitando a solução das pendências. 

Antes de identificar as irregularidades porém, o mesmo fiscal do convênio havia dado um parecer favorável a um pedido da prefeitura, feito em 10 de fevereiro de 2022, para utilizar o saldo restante do valor do convênio "ampliando o alcance da comunidade atendida", já que o contrato inicial da prefeitura com a Projeplan tinha valor de R$ 1,9 milhão. O gerente regional da companhia, porém, alertou que o saldo remanescente teria que ser devolvido aos cofres públicos e o pedido da prefeitura não foi atendido. Após ter o pedido negado, porém, a prefeitura acabou assinando um aditivo sem avisar à Codevasf.

Dentre as inconformidades levantadas pelo engenheiro, após ser procurado pela reportagem, estão a falta de uma série de documentos da obra que a prefeitura deveria ter apresentado no sistema de convênios do governo federal, como o projeto executivo, as medições da obra, os relatórios de fiscalização da prefeitura. No parecer, o técnico também cobra informações sobre o aditivo, já que até aquele momento a Codevasf não havia recebido nenhuma documentação a respeito dele. No mesmo dia em que o parecer foi feito, o superintendente regional da companhia  encaminha um ofício junto com o parecer ao pai de Fufuca por e-mail e também pelos Correios. 

No documento, o superintendente dá 45 dias para a prefeitura corrigir as irregularidades apontadas no parecer do fiscal do contrato e já alerta que poderia acionar as autoridades se os problemas não fossem sanados. “Após o decurso do prazo estipulado neste ofício sem que haja saneamento das pendências apontadas, o concedente procederá, de ofício, ao envio de comunicação aos Ministérios Públicos Federal e Estadual, bem como à Advocacia-Geral da União”, afirmou a Codevasf no ofício encaminhado dia 13 de dezembro. 

A prefeitura nunca respondeu o ofício e, diante disso, em 22 de março, o fiscal do contrato emite um novo parecer. Nele, ele aponta que ainda estão faltando a apresentação dos documentos que haviam sido cobrados no ano passado à prefeitura e também analisa o aditivo que havia sido revelado pelo Brasil de Fato no ano passado.  


Codevasf cobra explicações de Fufuca Dantas / Reprodução

Ao analisar o aditivo, o fiscal chama atenção para o fato de que ele foi pago pela prefeitura mesmo sem autorização da Codevasf, que deveria ter sido dada: 

“O instrumento convênio nº 8.394.00/2020 (transfere gov.br 909034/2020) é classificado como sendo de nível II,  sendo possível a reprogramação, decorrentes de ajustes ou adequação nos projetos básicos, porém por meio do saldo da  conta do convênio, entende-se que a convenente já atestou e liquidou todas as medições cadastradas na Plataforma Transfere gov.br, apresentando o referido termo aditivo na aba anexos da execução, sem a devida aprovação da  concedente”, afirma o fiscal do convênio, Haroldo Castro Cruz. 

Na sequência, em 25 de março o superintendente manda um novo ofício para Fufuca Dantas no qual avisa que os problemas apontados em dezembro não haviam sido solucionados e dá mais 45 dias para a prefeitura regularizar a situação. Desta vez, porém, o superintendente avisa que “em caso de continuidade das inconsistências apontadas, será realizada a instauração da Tomada de Contas Especial”. 

Apesar de ter avisado desde o primeiro ofício encaminhado a Fufuca Dantas no ano passado que poderia acionar os órgãos de fiscalização caso a situação não fosse regularizada, a Codevasf afirmou à reportagem por meio de nota que somente após decorrido o prazo do segundo ofício é que a companhia poderia considerar o município inadimplente e comunicar aos órgãos de fiscalização do governo: “O registro de inadimplência e as demais comunicações podem ocorrer apenas após nova notificação com prazo de mais 45 dias, nos termos do Art. 57, § 5º, e Art. 58 da portaria mencionada”, afirmou a companhia. 

A reportagem também questionou a Codevasf por que ela não checou os problemas no convênio antes de ter repassado todo o valor à prefeitura. Em resposta, a companhia informou que foram feitas três visitas técnicas à obra e produziu os relatórios de acompanhamento que atestam que ela foi entregue.  

“O processo de acompanhamento de convênios é realizado pela Codevasf de forma sistemática. A prestação de contas final, no entanto, não foi apresentada pelo convenente, uma vez que a vigência do convênio encerra-se em 31/12/2024”, afirmou a companhia. O advogado do dono da Projeplan avisou que seu cliente não iria se manifestar a respeito do tema da reportagem.

A prefeitura de Alto Alegre do Pindaré não retornou os contatos da reportagem e o ministro do Esporte, André Fufuca afirmou que não cometeu irregularidade e que não poderia ser responsabilizado pelos atos de terceiros.

"Sobre a questão que envolve a Codevasf, o ministro reafirma que não cabe a ele emitir opinião acerca de assuntos que dizem respeito às atividades daquela Companhia ou da Prefeitura de Alto Alegre do Pindaré.  Por fim o ministro ressalta que não cometeu irregularidade e tampouco pode ser responsabilizado pelos atos de terceiros", diz a nota do ministério.

Editado por: Vivian Virissimo
Tags: andre fufucacodevasfdireito à cidadedireito à constitucionalidadedireito políticodireitos civis e políticospolícia federal
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