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Início Política

CRIANÇA NÃO É MÃE

Apenas em 2024, quase 40 meninas de 10 a 13 anos tiveram filhos em MG

Constituição Federal considera estupro manter relação sexual com menores de 14 anos

26.jun.2024 às 20h10
Belo Horizonte (MG)
Natalia Andrade

PL do estupro afeta principalmente crianças negras - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Dados do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc) indicam que, apenas em 2024, 37 meninas de 10 a 13 anos tiveram filhos em Minas Gerais. A Constituição Federal considera estupro de vulnerável manter relação sexual com menores de 14 anos. Portanto, elas teriam direito a realização do aborto legal. O levantamento ainda demonstra que a maioria das meninas são negras. 

Ao ampliar para a faixa de 10 a 18 anos, os dados são ainda maiores. Apenas neste ano, mais de 3900 jovens deram à luz no estado. Dessas, cerca de 77% são meninas e jovens negras. 

PL do Estupro pode piorar a situação

Especialistas alertam que, se o projeto de lei (PL) 1904/2024 for aprovado, o número de crianças e adolescentes vítimas de estupro que serão obrigadas a parir, antes mesmo de ter o corpo formado, pode aumentar. Além disso, as que optarem por não seguir adiante com a gestação, poderão ter penas maiores que a de seus estupradores.

Isso porque, o PL propõe a equiparação do aborto ao crime de homicídio, mesmo em casos permitidos por lei. 

A secretária de Gestão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial, Iêda Leal, afirma que o PL 1904/2024 chega a ser um desrespeito e conclama as autoridades do país a agirem frente a essa proposta. 

“É desrespeitoso achar que as crianças devem gerar os  filhos de quem as violentaram. Precisamos proteger as nossas jovens, meninas, e crianças. Nós precisamos garantir educação, saúde, lazer, moradia, cultura”, afirmou ao Brasil de Fato MG.

Nilma Lino, ex-ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República do governo Dilma (PT), também alerta que o PL faz parte da tentativa da extrema direita de usurpar o poder, minando a democracia de dentro para fora. 

“Eu espero que a população brasileira reaja, como já está tendo uma reação enorme. Mas não somente nós mulheres, os homens e a comunidade LGBTQIA + também. Todas as pessoas que lutam por um país democrático precisam pressionar o Congresso Nacional para que esse projeto seja retirado de pauta”, enfatizou Nilma Lino. 
Após a realização de manifestações em dezenas de municípios do Brasil contrárias ao PL, pressionado, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou que a proposta só entrará em pauta no segundo semestre. 

Impactos concretos

Fernanda* tem 10 anos, é negra, está no ensino fundamental e mora em Manhumirim. Ela poderia estar apenas brincando, estudando e fazendo tudo o que uma criança faz. Mas além de criança, ela é mãe de dois filhos. O segundo, nasceu em fevereiro deste ano. Sobre o genitor dos seus filhos, não existem informações. 

Clara* tem 12 anos, também é negra, está matriculada no ensino fundamental e mora em Varginha. Em março deste ano, ela deu à luz a seu primeiro filho. Antes disso, já havia tido duas gestações interrompidas. O genitor tem 22 anos, ou seja, é dez anos mais velho que ela. 

Fernanda e Clara são nomes fictícios, mas representam a realidade de adolescentes reais. As informações foram retiradas do banco de dados do Sinasc. 

Em Minas Gerais, existem 37 hospitais aptos a realizarem o aborto legalizado, 5 deles em Belo Horizonte. Esse total corresponde a menos de 4% dos municípios mineiros. Tanto Manhumirim quanto Varginha contam com serviços de saúde que realizam os procedimentos. 

Além de gravidez fruto de estupro, o aborto também é permitido quando há risco de vida da gestante e em casos de fetos anencéfalos. No primeiro caso, de acordo com a lei, não é preciso boletim de ocorrência. 

Editado por: Ana Carolina Vasconcelos
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