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Início Política

17 anos

Jovem de Expressão é homenageado na Câmara Federal

Evento celebra a importância da cultura, educação e saúde mental para jovens da Ceilândia

13.ago.2024 às 13h32
Brasília (DF)
Júlio Camargo

Integrantes do Jovem de Expressão reunidos na Câmara dos Deputados durante homenagem ao projeto. - Foto: Jovem de Expressão/divulgação

O programa educacional Jovem de Expressão foi homenageado na Câmara dos Deputados nesta segunda-feira (12). O trabalho de educação popular e cultura realizado por jovens da Ceilândia é um dos mais importantes projetos sociais do Distrito Federal. A cerimônia foi proposta pelo deputado federal Reginaldo Veras (PV) para celebrar os 17 anos do projeto, que tem como foco a transformação social e o fortalecimento da diversidade cultural entre jovens de áreas periféricas do DF.

Atualmente, o programa concentra suas ações em quatro principais eixos: educação, cultura, empreendedorismo e promoção da saúde mental. Além disso, organiza eventos culturais, shows, exposições de artes visuais, editais de apoio e ocupação, oficinas, aulas de pré-vestibular, cursos de idiomas, palestras, rodas de conversa, terapia comunitária, rede de apoio e diversas ações assistenciais.

A pedagoga Rayane Soares, coordenadora do programa, destaca que o Jovem de Expressão é um espaço de engajamento, mas que ainda há muito a ser conquistado. “Ainda é um projeto pequeno; não conseguimos atender muitos jovens. É um projeto 'formiguinha', mas que traz grandes impactos. Quando trazemos equipamentos de cultura para dentro da periferia, que é um lugar onde esses equipamentos são escassos, percebemos como eles são ferramentas importantes para a transformação. Por isso, quero deixar registrada aqui a importância das políticas de cultura dentro da periferia para nossos jovens”.


Rayane Soares, coordenadora do Jovem de Expressão, durante homenagem nesta segunda (12). / Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados

O parlamentar Reginaldo Veras reconheceu o galpão do JEX pela “promoção de ações de transformação social, o fortalecimento da diversidade cultural e o estímulo ao crescimento individual e profissional desses jovens.”

Morador de Ceilândia por mais de 30 anos, Veras considera que o Jovem de Expressão “busca suprir a ausência de políticas públicas nas periferias do DF e diminuir a vulnerabilidade desse grupo à violência social, promovendo o acesso à cultura, à tecnologia, à educação, ao lazer e à arte. Em 17 anos de atividade, o programa já atendeu milhares de jovens em todo o DF, proporcionando, de forma gratuita, a inserção da juventude em variadas atividades.”

Um exemplo de ausência de política pública está no aparato de assistência em saúde mental. O Jovem de Expressão é também uma resposta à demanda de saúde mental no território, já que Ceilândia, a maior cidade do DF, dispõe apenas de um CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) focado no tratamento de álcool e drogas, o que não atende a todas as necessidades da comunidade.

Ausência de políticas públicas

A psicóloga Yasmin Moreira, coordenadora dessa área no projeto, afirma que todas as oficinas da programação têm como base ações formativas. “Temos os 'Falas Jovens', que são momentos em que a gente fala um pouco sobre nós mesmos, sobre o que estamos sentindo e sobre as coisas que nos atravessam no cotidiano. Também temos um plantão psicológico, realizado por voluntárias. Mesmo com pouca estrutura, tentamos ser essa resposta em relação aos atendimentos de saúde mental aqui no território.”

Coordenador geral do Jovem de Expressão, Antônio de Pádua, em sua fala durante o evento na Câmara dos Deputados, destacou o impacto transformador do programa Jovem de Expressão na vida dos jovens da Ceilândia. Desde o início, em 2007, o programa nunca teve como objetivo "tirar os jovens das ruas", mas sim oferecer um espaço onde eles pudessem "expressar nossa arte", sem impor condições como estar bem na escola. "Se ele não está bem na escola, é porque tem algum problema ali, e não podemos ser mais uma organização que rejeita esse jovem", explicou.

Ele também ressaltou o caráter orgânico e adaptável do programa, que funciona em um espaço pequeno, mas dinâmico, com dois galpões adaptados e um calendário de atividades robusto. Ele citou como exemplo a galeria de arte Risofloras, a única galeria de arte da Ceilândia, que já está com sua pauta ocupada até o final de 2025, um reflexo do sucesso do programa.

No entanto, Pádua criticou a falta de apoio do poder público e a concentração de recursos culturais no Plano Piloto. "Ser a única galeria de arte da Ceilândia não é algo tão positivo", afirmou, apontando para a necessidade de mais infraestrutura cultural na região, que conta com uma população jovem significativa. Ele reforçou a crença de que "a arte é um vetor de transformação social", destacando que muitos jovens que passaram pelo programa hoje são profissionais estabelecidos em diversas áreas, como fotografia, teatro e produção audiovisual, e estão disputando orçamentos como os do FAC e da Lei Rouanet.

A antropóloga Alice Scartezini, uma das fundadoras do Jovem de Expressão, ressaltou a importância do programa durante o evento na Câmara dos Deputados. Com 25 anos de trabalho na Ceilândia, Alice começou com o programa "Se Liga Galera", voltado para adolescentes, e ajudou a desenvolver o Jovem de Expressão, focado em ouvir as necessidades da juventude. "Nosso foco era realmente ouvir o que a juventude estava precisando", afirmou.

Alice destacou que o programa surgiu em resposta à alta mortalidade juvenil e às diversas demandas dos jovens, resultando em duas estratégias principais: economia criativa e saúde mental. Na época, a terapia era vista de forma negativa, mas o programa a integrou como um caminho para o desenvolvimento próprio e coletivo.


Max Maciel, Alice Scartezini, Rayane Soares e Antônio de Pádua / Foto: Jovem de Expressão/divulgação

Superando o espaço convencional

Alice também mencionou a dificuldade inicial de engajar jovens a partir de 18 anos no projeto. "Demorou quase um ano e meio para trazer os jovens para o Jovem de Expressão, porque eles não confiavam, não acreditavam que aquele programa poderia ser para eles", explicou. No entanto, a perseverança compensou, e hoje o sucesso do programa é atribuído à confiança e à participação dos jovens, que continuam a dar continuidade ao trabalho.

O coletivo é também considerado como um ponto de evolução da cultura local por funcionar no espaço de uma antiga delegacia de polícia abandonada. O estabelecimento foi revitalizado pelos voluntários para se tornar um centro de atividades culturais e educacionais.

Em 2021, a administração de Ceilândia tentou remover o projeto do local que havia sido conquistado para dar lugar a uma farmácia de alto custo. Rayane explica que "o projeto acontece na Praça do Cidadão, mas o espaço que ocupamos não é oficializado. Embora estejamos aqui há algum tempo, estamos vulneráveis devido à falta de documentação. Como se trata de um espaço público, houve tentativas da administração de nos remover para colocar outras coisas no lugar. Ficamos sem muitas opções devido à falta dessa documentação".

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Editado por: Márcia Silva
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