Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Política
  • Direitos
  • Opinião
  • Cultura
  • Socioambiental
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Opinião

Propriedade privada

Artigo | O proprietário e seu universo particular

Uso de pesticidas, desmatamento e crescimento desordenado de cidades têm produzido efeitos graves em nossa sociedade.

08.maio.2024 às 14h55
Fortaleza (CE)
Ecila Moreira de Meneses

Famílias reivindicam a desapropriação imediata dos latifúndios para fins de reforma agrária - Coletivo de Comunicação MST-BA

A propriedade é uma realidade paralela? O mundo atual é chamado para um novo desafio: cuidar do planeta terra. A segunda década deste século se inicia com uma crise sanitária: a pandemia de covid-19 obrigou pautar na política internacional o debate sobre os riscos que o modelo de desenvolvimento capitalista oferece. E é neste quadro que surge a necessidade de trazer para a compreensão do instituto da propriedade, o cuidado com o meio ambiente e a superação da crise climática.

Se no passado a propriedade inspirou uma classe revolucionária, seus limites a transformam na coveira do mundo. Um dos legados da burguesia foi a invenção do sujeito e da subjetividade como conhecemos hoje, ou seja, pessoas como unidades próprias almejando a liberdade para decidir sobre si. Mas este sonho burguês estava restrito aos proprietários. Sim, para o liberalismo, só era livre e sujeito detentor de direitos, aquele que fosse patrão, e nunca o trabalhador. Esta concepção entende que é a propriedade que constrói o homem, e uso da palavra homem, destacando o sexo masculino, é proposital, pois às mulheres não era dado o direito de serem proprietárias e de terem liberdade. Portanto, é por isso, que a propriedade é vista como um dos mais importantes direitos para o Estado burguês.

Com o advento das crises econômicas do século XX que deflagraram miséria e desestruturação social, das revoluções proletárias que reconfiguraram a geopolítica mundial, e por medo de uma quebra definitiva do sistema, houve uma redefinição do instituto da propriedade. E neste novo momento do Capitalismo, que se incorporou a ideia de responsabilidade social da propriedade nos textos jurídicos e nas pautas políticas. Apesar deste valor estar embutido na teoria de John Locke, o grande ideário do liberalismo burguês, ele foi devidamente subalternizado pelas leis e valores do Mercado, principalmente nos países periféricos, que não fizeram reforma agrária, concentraram a terra nas mãos do velho senhoril, expulsaram a classe trabalhadora e estagnaram a economia com a produção de commodities em solos envenenados.

Com esta evolução da concepção de propriedade da terra, tivemos mais espaço para conquistar a antiga bandeira de luta do campesinato, que é a de “Dar a terra para quem nela trabalha.” Com isso, criaram-se novas relações de trabalho e de cuidados com o solo, como é o caso das produções resultantes da agricultura familiar e dos movimentos sociais do campo, tais como: MST, MPA, MAB, MMC e CPT. A exemplo das históricas experiências coletivas, como foi o caso da Comunidade Caldeirão, no Crato-CE, e que foi brutalmente massacrada pela Polícia e pelo Exército, as práticas solidárias da gente do campo é a prova de que a responsabilidade social é importante para uma reorganização econômica menos desigual da sociedade.

Além disso, a gente camponesa têm pautado permanentemente a necessidade de cuidados com o solo e com a biodiversidade, pois a agricultura familiar e o roçado do pequeno agricultor, traz uma obrigatória diversificação de cultivo que melhora física, biológica e quimicamente o solo. Diferente do agronegócio que exaure e polui a terra e o que está ao seu redor. O desmatamento de florestas para o cultivo de uma única espécie gera um desequilíbrio que se estende a um raio muito superior ao do tamanho demarcado daquele latifúndio. Até porque, sabemos que para além do prejuízo biológico da monocultura, temos outro grande inimigo, o agrotóxico.

O uso desenfreado de pesticidas, o desmatamento de florestas, o crescimento desordenado de cidades e a produção de poluentes têm produzido efeitos graves e de pouca ou nenhuma contenção por parte da sociedade e de governos. As tragédias das águas ou dos ventos, poderiam ser minimizadas, mas para isso precisaremos acrescentar a perspectiva de cuidados ambientais ao instituto da propriedade, além da defesa radical das naturezas coletivas, como é o caso das florestas, matas, rios, aquíferos e mares.

*Advogada, pertence à Executiva Nacional da ABDJ – Associação Brasileira de Juristas pela Democracia e atriz.

**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Para receber nossas matérias diretamente no seu celular clique aqui.

Editado por: Camila Garcia
Tags: brasil de fato cecrise climáticadireito à terra
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

DEPOIMENTO

Ex-ministro diz que alertou Bolsonaro sobre gravidade de golpe

MEMÓRIA CULTURAL

Multipalco revive a história e a obra de Plínio Bernhardt, um grande artista que viveu à sombra dos holofotes

AMEAÇA À DEMOCRACIA

‘Dia nefasto para a pátria’: reações após condenação de Cristina Kirchner apontam injustiça e perseguição

Repressão nos EUA

Polícia paralela, crianças algemadas e imigrantes desaparecidos: ‘Clima nos EUA é de Estado sem direito’, relata brasileiro

PERSEGUIÇÃO JUDICIAL

Líderes, movimentos e sindicatos protestam contra condenação de Cristina Kirchner

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.