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FUMAÇA

Queimadas em MG podem ter relação com interesses de mineradoras, avalia atingida de Brumadinho

Queimadas atingem áreas de preservação que são de interesse da mineração e do agronegócio

05.set.2024 às 21h33
Belo Horizonte (MG)
Natalia Andrade

Névoa escura cobre a capital mineira - Guilherme Dardanhan/ALMG

Belo Horizonte está coberta por uma névoa densa, composta por fumaça e poluição, que tem previsão de permanecer dessa forma pelo menos até o próximo sábado (7). A presença de partículas densas no ar está dez vezes acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Atualmente, a recomendação do órgão é manter janelas fechadas, não praticar atividades ao ar livre e ingerir líquidos constantemente. Não existe previsão de chuva para os próximos dias no estado, que sofre com queimadas em todas as regiões. 

Áreas de preservação ameaçadas

Um fato que chama a atenção é que muitos desses incêndios acontecem em áreas de preservação ambiental, que, muitas vezes, também são áreas de interesse de setores econômicos, como a mineração e o agronegócio, como é o caso das serras da Moeda e do Curral. 

Fernanda Perdigão, atingida pelo crime da Vale em Brumadinho e defensora dos direitos humanos das pessoas atingidas, afirma que, muitas vezes, esses incêndios fazem parte da chamada “teoria da terra arrasada”, que diz respeito a destruição de áreas específicas, para facilitar a entrada de outras atividades naquele local.

“É uma prática que  envolve a destruição intencional de vegetação nativa e de ecossistemas inteiros,  tornando a área imprópria para a biodiversidade local. Com isso, a área fica mais adequada para exploração econômica, seja de mineração, agricultura extensiva ou até pastagem. É a lógica de que, ao eliminar a vegetação integrada ao ecossistema, acontece a facilitação do licenciamento ambiental, porque ali não tem mais vida. E a falta de fiscalização e de punição ajuda com que isso aconteça”, enfatiza.

Política de Zema não ajuda

Ela também cita o decreto  48.767 de 2024, do governador Romeu Zema (Novo), que tornou a relação entre os órgãos de combate, prevenção e investigação de incêndios menos articulada.

 “A simplificação do modelo de combate a incêndios, proposta pelo novo decreto, prejudica a capacidade do Estado de proteger áreas críticas. O decreto introduz o manejo do fogo como uma política, o que é preocupante, dado que os focos de incêndio têm sido cada vez mais frequentes no Estado”, comenta a atingida.

“Além disso, o decreto reduz a coordenação entre os órgãos envolvidos, como o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e a Defesa Civil, comprometendo a resposta integrada a grandes incêndios”, continua.

Outro ponto citado por Fernanda é a falta de detalhamento sobre os recursos e o planejamento financeiro para o combate aos incêndios, o que, de acordo com ela, dificulta a alocação adequada de recursos em emergência. 

“Ele [Zema] é um empresário da mineração e tem dedicado muito esforço para viabilizar e limpar a imagem desse setor. Isso a gente vê nas propagandas do ‘fantástico mundo da reparação do Zema’, onde, segundo o Estado, estão reparando os danos. Eu já me questionei sobre os danos de quem. Devem ser os da própria mineradora”, conclui.

Ação humana

Até agosto deste ano, Minas Gerais teve mais queimadas do que a somatória total dos últimos anos. Ainda que o mês seja, historicamente, o que tem mais ocorrências de incêndios, a seca que atinge a maior parte do território brasileiro faz com que o fogo seja mais difícil de ser combatido e se espalhe com mais facilidade. Só no último mês, mais de 5250 focos de incêndio foram registrados.

O Tenente Barcellos, porta-voz do Corpo de Bombeiros, informa que, ainda que muitos dos incêndios sejam causados por ação humana, não é possível saber quais são criminosos, ou seja, provocados de forma deliberada e intencional. 

“Nós não temos ainda um balanço de incêndios criminosos. Esse é um trabalho conjunto com a Polícia Civil. Desde que esse atendimento [aos incêndios] é gerado, nos boletins de ocorrência constam indícios. Quando é o caso de alguma sinalização de incêndio criminoso, esse trabalho é continuado nos laudos periciais da Polícia Civil”, explica. 

Ainda assim, o tenente informa que, de acordo com as estatísticas históricas, a maioria dos casos é causada por ação humana, ainda que não seja intencional. 

“Até se constatar uma estatística mais atual, o que a gente tem de histórico é que mais de 90% dos incêndios em vegetação são causados por ação humana, parte deles por imprudência ou negligência do homem. Mas existe também a estatística relacionada aos incendiários que, de maneira dolosa e criminosa, colocam fogo em vegetação”, informa.
 

Editado por: Ana Carolina Vasconcelos
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