Após a devastação causada pela enchente de maio, os moradores das Ilhas de Porto Alegre estão retornando aos poucos para suas casas. Para garantir acesso contínuo aos medicamentos essenciais, a prefeitura disponibilizará uma farmácia móvel para a região. Um micro-ônibus adaptado servirá como um pequeno consultório, onde os residentes poderão consultar um farmacêutico, obter orientações e retirar medicamentos para condições como hipertensão, colesterol alto e diabetes.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) recebeu o micro-ônibus do Procon para agilizar a distribuição de medicamentos nas ilhas, especialmente enquanto as unidades de saúde locais ainda não voltaram ao funcionamento pleno. Futuramente, a farmácia móvel será estacionada na Ilha dos Marinheiros e no bairro Sarandi.
Durante o período crítico da enchente, a assistência farmacêutica não parou em Porto Alegre. Entre 3 de maio e 12 de junho, mais de 550 consultas foram realizadas para diabetes, enquanto um total de 248 mil pessoas foram beneficiadas com medicamentos através do sistema municipal, incluindo unidades de saúde e farmácias distritais. Nos abrigos, aproximadamente 14 mil pessoas receberam assistência farmacêutica.
“Nas primeiras semanas de maio, a água inundou a central de distribuição de medicamentos, com perda estimada em R$ 6 milhões em remédios e 33 milhões de unidades posológicas, entre comprimidos, bisnagas e frascos”, diz o coordenador de Assistência Farmacêutica, Leonel Almeida.
A partir de análise feita na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (Ufcspa), existe a expectativa de recuperar parte dos medicamentos que não tiveram contato direto com a água. Confira os locais de disponibilidade dos medicamentos aqui.
Para a retirada, são solicitados cartão SUS, receita médica válida e documento de identidade. Situações de desabrigados e pessoas desalojadas são avaliadas pelo farmacêutico.
Para facilitar o acesso dos afetados pela enchente, foram implementadas medidas como flexibilização na validade das receitas e dispensação de medicamentos mesmo sem documentação formal, utilizando registros do sistema municipal de dispensação. Além disso, diversas parcerias foram essenciais durante esse período de crise.
Mais de 700 farmacêuticos voluntários mobilizados pela Faculdade de Farmácia da Ufrgs, Associação dos Farmacêuticos do RS e Conselho Regional de Farmácia prestaram atendimento nos abrigos. Doações de medicamentos foram feitas para suprir a demanda nos postos avançados de farmácia instalados nos abrigos.
Para retirar medicamentos, os moradores necessitam apresentar cartão SUS, receita médica válida e documento de identidade. Situações especiais, como desabrigados e desalojados, são avaliadas diretamente pelo farmacêutico durante o atendimento.
