Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Cidades

DIGNIDADE

Tereza de Benguela: conheça a associação de diaristas que luta contra a exploração em BH

Trabalhadoras domésticas lutam por valorização e pela implementação de uma política de cuidados

13.ago.2024 às 19h48
Belo Horizonte (MG)
Natalia Andrade

Associação reúne faxineiras em busca de dignidade trabalhista - Arquivo Pessoal

“Procuro indicação de diarista que não roube”. Essa frase foi dita em um grupo virtual no Facebook no qual mulheres buscavam e ofereciam ajuda mútua. O episódio, que aconteceu em 2014, marcou o início da história da Associação Tereza de Benguela, um coletivo que luta pelos direitos das diaristas em Belo Horizonte. 

O grupo tem o objetivo de ajudar as trabalhadoras a compartilharem suas experiências, identificarem formas e casos de exploração aos quais elas estavam submetidas, trocarem indicações e negociarem novos trabalhos. A associação não negocia em nome das diaristas, mas oferece condições para que elas possam escolher a própria jornada de trabalho e cobrar os valores que consideram adequados.

O coletivo luta por respeito e melhores condições de trabalho, já que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) das domésticas, assinada por Dilma Rousseff em 2012, não regulamenta os serviços prestados pelas diaristas, que não possuem alguns direitos essenciais, como aposentadoria, licença-maternidade, férias e outros. 

Elas também denunciam a chamada “uberização do trabalho”, causada pela entrada das plataformas de aplicativos no setor de serviços domésticos.

 “O aplicativo paga um valor fixo, que é abaixo de 50% do valor da faxina. Na associação, temos uma mulher que trabalhava vinculada a uma  empresa de aplicativo e recebia R$ 60 por uma faxina, mas o valor cobrado pelo aplicativo era de R$ 150. Também houve casos de mulheres que foram mal avaliadas por ter o cabelo crespo ou por usar tranças, por exemplo. Elas não puderam contestar”, relata Renata Aline, fundadora e presidente da Associação Tereza de Benguela. 

:: Receba notícias de Minas Gerais no seu Whatsapp. Clique aqui ::

Renata também destaca que, entre os aplicativos de serviço, os voltados para o serviço doméstico foram os que mais faturaram, ficando atrás apenas de aplicativos de delivery e transporte. Mas, segundo ela, esse lucro não retorna às trabalhadoras, que continuam a ser exploradas. 

De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no último trimestre de 2023, havia no Brasil 6,3 milhões de trabalhadoras domésticas. Dessas, apenas 1,4 milhão possuía carteira de trabalho assinada. 

Política de Cuidados

A fundadora da associação comenta que o trabalho doméstico, apesar de não ser visto como uma primeira opção de carreira, é a única oportunidade para muitas mulheres. Por isso, ela cobra pela aprovação da Política Nacional de Cuidados, que, entre outras coisas, regulamenta o trabalho de pessoas que atuam como babás, domésticas e cuidadoras de idosos.

Nacionalmente, o programa já foi enviado para a Câmara Federal e, em Belo Horizonte, existe um projeto com o mesmo teor aguardando tramitação. 

A Associação Tereza de Benguela também está elaborando um projeto, em parceria com fundações e entidades, para entender quem são as mulheres que utilizam aplicativos para oferecer serviços domésticos  e como eles atuam no mercado. O objetivo é provocar um debate político sobre a  fiscalização. 

“Também vamos levar alguns cursos de conscientização, junto a instituições, como o Ministério Público do Trabalho, a  Clínica de Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas da UFMG e outros”, informa Renata Aline. 

Trabalho doméstico é marcado por escravidão moderna 

Uma das trabalhadoras que compõem o coletivo, Simone Borges conta que foi entregue pelo pai quando tinha apenas 8 anos, para trabalhar para uma família com melhores condições financeiras. Ela não tinha autorização para estudar e apenas frequentava a catequese. 

Após fugir de casa, Simone até tentou outros caminhos, mas sendo mãe solo, foi forçada a voltar para o trabalho que a acompanhava desde a infância. Na vida adulta, ela conta ter passado por diversos casos de racismo e preconceito, como ser proibida de comer e até mesmo de se sentar nas casas onde trabalhou. 

“O Tereza fez toda a diferença na minha vida.  Só lá que eu soube que eu era explorada com jornadas exaustivas, entre outras  coisas. Eu aprendi que eu posso trabalhar só 8 horas por dia e o que eu tinha ou não que fazer no trabalho. Por exemplo, se eu fosse contratada para limpar a geladeira, não tinha que limpar a janela. Foi uma grande virada de chave”, relembra a trabalhadora doméstica. 
 

Editado por: Ana Carolina Vasconcelos
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Drama

Comunidade centenária de Goiás convive com ameaça de despejo e pode perder terra para família Caiado

R$ 64 milhões anuais

Senado aprovou e Câmara dos Deputados poderá ter 531 parlamentares

Repressão

‘Quebram vidros, tiram à força e prendem’: ativista denuncia escalada do terror contra imigrantes nos EUA

DIA DO IMIGRANTE

‘Migrante não vem tirar o espaço de ninguém, só quer ser tratado como ser humano’, diz padre em SC

Precarização

‘Tarifa dinâmica’ da Uber cobra mais de cliente e paga menos a motorista, aponta estudo britânico

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
  • Bem Viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevistas
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.