Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
No Result
View All Result
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
No Result
View All Result
Brasil de Fato
Início Cidades

IMPACTOS

Câmara Municipal de Catas Altas rejeita projeto que visa proteger a Serra do Caraça

Decisão contrária ao desejo popular coloca em risco área verde afetada por queimadas e pela mineração

19.set.2024 às 19h17
Belo Horizonte (MG)
Jean Silva

Há nove dias a Serra do Caraça enfrenta uma onda de incêndios - Foto: Divulgação RPPN Santuário do Caraça

A proposta de instituir a Unidade de Conservação Monumento Natural Municipal da Serra do Caraça foi rejeitada pela Câmara Municipal de Catas Altas, com seis votos contrários contra dois favoráveis. A decisão, que vai na contramão do desejo popular, representa um ponto crítico na política ambiental do município, na avaliação de ambientalistas.

O projeto de lei (PL) 771/2021, de iniciativa popular e proposto pelo vereador Diego Luiz, tinha como objetivo proteger sítios arqueológicos, conservar recursos hídricos e preservar a fauna e a flora locais, além de promover o turismo e o lazer na região. A tramitação da proposta ocorreu em julho deste ano, culminando na sua rejeição.

Luiz Paulo Siqueira, do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), destacou os riscos da decisão. 

“Os impactos são os piores possíveis, há vários projetos de mineração por toda a Serra do Caraça. O PL 771 iria restringir a mineração, ampliar as condições de conservação e, ao mesmo tempo, estimular a diversificação econômica”, comenta.

“Se os empreendimentos de mineração pretendidos se instalarem, teremos impactos irreversíveis à serra, desconfigurando toda a paisagem, acabando com a biodiversidade, prejudicando a saúde, com o aumento da emissão de poeira de minério, e destruindo os mananciais hídricos que abastecem a cidade”, continua Luiz Paulo.

Incêndios em área de interesse da Vale

Atualmente, a Serra do Caraça enfrenta uma onda de incêndios. Segundo os moradores, algumas das áreas atingidas são de interesse da Vale. O vereador Diego Luiz levanta suspeitas sobre a origem das queimadas. 

“Os incêndios têm começado próximos da serra [Caraça] e as áreas são de interesse da Vale, que já tem os estudos para começar as atividades e todos os licenciamentos na Agência Nacional de Mineração (ANM)”, suspeita.

O parlamentar também destacou a omissão da mineradora no combate ao fogo, que aflige a região há pelo menos nove dias ininterruptos. Karla Jardim, guia de turismo na região, também expressou preocupações. 

“Os incêndios tem ocorrido nas áreas de interesse da Vale, que quer expandir a mina do Fazendão, que poderá chegar até as minas almas e tamanduá, onde ocorre a captação de água da população. Corremos o risco de ficar sem água, caso essa área realmente seja minerada”, conta.

Impactos ao ecoturismo

Karla já começou a sentir os impactos financeiros da situação. “O prejuízo pode durar por muito tempo, pois, mesmo que as queimadas cessem, a natureza ainda vai demorar para se recuperar”. 

Ela alerta para a extinção de plantas da flora local. 

“Temos várias plantas endêmicas, que só ocorrem em locais específicos da serra, onde o fogo já queimou tudo. Os prejuízos ambientais são imensuráveis. É uma grande tristeza, para nós que trabalhamos com ecoturismo”, lamenta.

Reuniões com a Vale

Durante a tramitação do projeto de lei rejeitado, segundo Diego, representantes da Vale se reuniram com os vereadores.

:: Receba notícias de Minas Gerais no seu Whatsapp. Clique aqui ::

 “Eu posso afirmar que fui chantageado. A chantagem era ‘se vocês [vereadores] passarem [o Projeto de Lei], a gente fecha essa mina que está em funcionamento, a arrecadação vai cair e vai gerar desemprego’. Comigo, o nível de chantagem era nesse sentido. Só que eu não posso dizer o teor do assunto com os demais vereadores”, revela. 

No caso, a mina que foi mencionada durante a reunião com o vereador Diego é a de São Luiz. A Vale atualmente opera a estrutura, pertencente ao Complexo Fazendão, que fica ao pé da Serra do Caraça, próximo ao distrito do Morro D’água Quente, entre os municípios de Catas Altas e Mariana.

MPF envia ofícios

No dia 31 de julho deste ano, o Ministério Público Federal (MPF) encaminhou um ofício para a Câmara de Vereadores de Catas Altas, solicitando o resultado da votação do PL. Diego acredita que o MPF deu início a uma investigação, visto que o projeto foi discutido com o povo da cidade e possui estudos robustos mostrando a importância da preservação da serra. 

“Eu acredito que possa ser sim uma investigação. Porque, antes dessa gestão, o governo federal tinha mandado verba para a criação da unidade de conservação, mas esse valor sumiu. A gestão passada iniciou o processo de criação da unidade de conservação, mas o poder executivo atual barrou o projeto”, explica.

Na última quarta-feira (18), o MPF encaminhou mais um ofício, requisitando estudos que fundamentaram o PL.

Segundo o MPF, o órgão averigua junto à prefeitura de Catas Altas sobre o projeto de lei que estabelece a criação, no âmbito municipal, de Monumento Natural da Serra do Caraça o que implicaria, dentre outras consequências, na proteção hídrica do município.
 

O outro lado

A reportagem também procurou a Vale para comentar sobre as denúncias. Não obtivemos o posicionamento da mineradora, até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações. 

Editado por: Ana Carolina Vasconcelos
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Efeito estufa

Brasil pode zerar emissões até 2040, diz Carlos Nobre

AMPLIAR O CONGRESSO?

Dos 12 deputados da Paraíba, só um votou contra projeto que amplia número de cadeiras na Câmara dos Deputados

FALTA DE SEGURANÇA

Morte de passageiro em metrô é resultado da privatização da Linha 5-Lilás, diz presidenta do Sindicato dos Metroviários de SP

Economia Solidária

Festa de Dia das Mães da Economia Solidária acontece neste sábado (10), em Curitiba

Fuga ou negociação?

Opositores deixam embaixada da Argentina em Caracas e chegam aos EUA

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

No Result
View All Result
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Radioagência
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.