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Respeito

Venezuela e Cuba lamentam morte do ex-presidente dos EUA Jimmy Carter: ‘Compromisso com o diálogo’

Ex-presidente dos Estados Unidos recebia cuidados paliativos desde fevereiro de 2023 por conta de um melanoma

30.dez.2024 às 16h06
São Paulo (SP)
Lorenzo Santiago

Jimmy Carter assumiu a presidência dos Estados Unidos em 1974 - PRESSENS BILD / AFP

Os governos de Cuba e Venezuela lamentaram a morte do ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter (1976-81). O ex-mandatário morreu neste domingo (29), aos 100 anos de idade. Carter foi homenageado por países ligados aos Estados Unidos e outros historicamente rivais dos estadunidenses. Para os dois governos revolucionários, o estadunidense tinha um grande “compromisso com o diálogo”.

O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela publicou uma nota afirmando que Jimmy Carter cultivou uma amizade com o ex-presidente Hugo Chávez e com o atual mandatário Nicolás Maduro. Segundo o texto, o estadunidense deixou um legado importante para o “respeito à autodeterminação dos povos”.

“Sua visão e compromisso com a democracia em momentos sensíveis para a Venezuela contribuíram para desmontar tentativas de desestabilização, a intolerância da extrema direita e o golpismo, razão pela qual a Venezuela lembrará de Carter sempre com gratidão”, afirma a Chancelaria. 

O próprio presidente Nicolás Maduro publicou nas redes sociais uma mensagem em homenagem a Carter. De acordo com ele, o ex-presidente dos EUA contribuiu para a política global e sua gestão deveria ser um “lembrete de que os valores da democracia e da autodeterminação dos povos devem sempre prevalecer”.

Outro a citar Jimmy Carter foi o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel. Em publicação nas redes sociais, o cubano também afirmou que o estadunidense será lembrado com gratidão por ter trabalhado “para melhorar as relações entre Cuba e EUA”. Ele também lembrou da declaração de Carter defendendo a liberação dos cinco agentes cubanos presos nos EUA por espionagem em 1998. 

Carter teve uma relação diferente dos outros presidentes estadunidenses com Venezuela e Cuba. O democrata se tornou, em maio de 2002, o primeiro ex-presidente dos EUA a visitar a ilha depois da revolução liderada por Fidel Castro, em 1959. Ele voltou a Cuba em 2011 e se reuniu com os ex-presidentes Fidel e Raul Castro.

Na ocasião, Raul elogiou Carter e disse que ele era “um homem honesto”. Afirmou também que foi o presidente dos Estados Unidos que “teve o melhor desempenho em relação a Cuba” e “não só conosco, mas também agiu com total honestidade com o Panamá”. O estadunidense também se posicionou contra a manutenção das sanções à ilha. “Devemos acabar imediatamente com o embargo comercial que os Estados Unidos impuseram ao povo de Cuba e devemos autorizar as viagens de americanos a Cuba e vice-versa”, defendia.

Com a Venezuela, Carter teve uma relação estreita com o sistema eleitoral venezuelano. No comando do Centro Carter dos EUA, que monitora os processos eleitorais em todo o mundo, ele chegou a afirmar, em 2012, que o sistema eleitoral venezuelano era “o melhor do mundo”. Na ocasião, Carter também revelou sua opinião de que nos EUA “temos um dos piores processos eleitorais do mundo, e isso se deve quase que inteiramente à entrada excessiva de dinheiro”, disse ele referindo-se à falta de controle sobre as doações privadas de campanha.

"São 92 eleições que monitoramos, eu diria que o processo eleitoral na Venezuela é o melhor do mundo", disse ele em discurso anual do Centro Carter em Atlanta naquele ano.

O Centro Carter foi fundado em 1982 por Jimmy Carter e sua esposa Rosalynn Carter. O instituto passou a acompanhar eleições em todo o mundo e capacitou profissionais para fazer recomendações sobre esses processos. A organização, no entanto, não emite um parecer sobre a legalidade ou não dos resultados.

Brasil, Colômbia e México

Outros países latino-americanos emitiram nota lamentando a morte de Carter. O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que o estadunidense era um “amante da democracia” e defendeu a “paz e os direitos humanos”. Ele lembrou também que o ex-presidente dos EUA pressionou no final dos anos 1970 a libertação dos presos políticos durante a ditadura civil-militar brasileira.

Já o chefe do Executivo da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou ter conhecido Carter pessoalmente enquanto era perseguido por ser militante do M-19 (Movimento 19 de Abril). De acordo com o mandatário, Carter prestou solidariedade e ajudou a manter a legalidade das eleições gerais daquele período.

Os governos do México e da Nicarágua também publicaram notas lamentando a morte de Jimmy Carter. Segundo os dois governos progressistas, o ex-presidente estadunidense era um “irmão” dos países latino-americanos e um governante que tentou ter uma “política respeitosa e amistosa” com outras nações do continente.

Relação com Panamá

O ex-presidente dos EUA também foi mencionado pelo atual mandatário panamenho, José Raúl Mulino. Segundo ele, Carter teve uma gestão que “marcou tempos complexos, que para o Panamá foram cruciais para negociar e chegar a acordo sobre os Tratados Torrijos-Carter em 1977, com os quais a transferência do Canal às mãos panamenhas foi alcançada em respeito a soberania do nosso país”.  

Construído pelos Estados Unidos e inaugurado em 1914, essa via comercial foi transferida para o Panamá em 31 de dezembro de 1999, como resultado de tratados assinados em 1977 pelo então presidente Jimmy Carter e pelo líder nacionalista panamenho Omar Torrijos. Atualmente, o canal é um dos pontos comerciais mais importantes e uma fonte de receita considerável para o Panamá, que investiu muito em sua expansão.

Hoje, o tema voltou à tona depois da eleição do republicano Donald Trump. Ele ameaçou retomar o controle do canal caso o preço dos pedágios para os navios dos EUA não fosse reduzido, apesar de a tarifa paga pelos navios ser determinada pela sua capacidade e carga transportada, e não pelo país de origem.

Quem foi Jimmy Carter

James Earl Carter Jr. nasceu em 1º de outubro de 1924, em Plains, no estado da Geórgia. Estudou na Academia Naval dos Estados Unidos em Maryland, onde se formou em 1946, iniciando sua carreira como oficial da Marinha. Durante seu tempo na Marinha, conheceu e se casou com Rosalynn Smith em 1946, com quem teve quatro filhos: Amy Carter, Jack Carter, Donnel Carter e James Carter.

Após a morte de seu pai em 1953, ele deixou a Marinha e voltou para a Geórgia para assumir a plantação de amendoim da família. Ele entrou na política em 1962, quando foi eleito para o Senado estadual da Geórgia. Em 1970, foi eleito governador do Estado.

Jimmy Carter foi eleito presidente dos Estados Unidos em 1976, derrotando o então mandatário Gerald Ford. Sua campanha focou em propostas “anticorrupção” no governo depois do caso de Watergate, que envolveu o ex-presidente Richard Nixon. Durante seu mandato, Carter enfrentou crises internas e externas, incluindo a inflação crescente, a crise do petróleo e o sequestro de diplomatas estadunidenses na embaixada dos EUA em Teerã durante a Revolução Iraniana, em 1979. Em 1980, Carter perdeu a reeleição para o republicano de extrema direita Ronald Reagan.

Após deixar a Casa Branca, Jimmy Carter fundou o Centro Carter, em 1982. Em 2002, recebeu o Prêmio Nobel da Paz pelo trabalho na “diplomacia e direitos humanos”.

Carter recebia cuidados paliativos desde fevereiro de 2023 depois de recusar uma intervenção médica para tratar um melanoma (câncer de pele) no cérebro e no fígado. Ele era o presidente dos EUA vivo mais velho da história.

Editado por: Lucas Estanislau
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