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ESCALADA AUTORITÁRIA

Bolsonaristas intimidam Marcha das Mulheres Indígenas em Brasília (DF)

Pelo 2º dia consecutivo, indígenas decidiram não sair do acampamento com receio de encontrarem apoiadores de Bolsonaro

09.set.2021 às 09h06
Cristina Avila e Leanderson Lima

Acampamento Primavera Indígena reúne 4 mil mulheres de 150 povos de todas as regiões do país - Carl de Souza / AFP

O clima de insegurança e de ameaça que cerca Brasília, por conta de apoiadores de Bolsonaro, impediu por dois dias a saída da 2ª Marcha das Mulheres Indígenas. Elas entenderam que seria melhor “resguardar vidas” do que partir para o enfrentamento. Os bolsonaristas que participaram de uma manifestação em favor do presidente no 7 de Setembro mantém concentração, nesta quinta-feira (9), em frente do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. Com discursos agressivos contra os povos originários e a própria Corte, eles pregavam ainda golpe militar e o fechamento do Congresso. No início da semana, circularam vídeos em que prometiam tirar sangue de indígenas em Brasília.

:: Temendo ataques bolsonaristas, Marcha de Mulheres Indígenas deve reunir milhares em Brasília ::

Oficialmente, a 2ª Marcha das Mulheres Indígenas está programada para acontecer nesta quinta-feira, às 9 horas, no trajeto que sai do acampamento localizado entre a Fundação de Artes (Funarte) e o Planetário, no Eixo Monumental, e vai até a Praça dos Três Poderes, em cerca de 4 quilômetros de distância. As outras duas saídas prévias, de 7 de Setembro e desta quarta, seriam no mesmo trajeto. O movimento é promovido pela Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga) e tem o apoio da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e suas organizações de base, do dia 7 até 11 de setembro. 

Porém, até a marcha oficial desta quinta-feira está ameaçada. A coordenadora-executiva da Apib, Sonia Guajajara, informou que as lideranças das delegações com a Anmiga avaliariam o cenário, ainda instável depois das falas do presidente que amplificou a crise institucional entre os poderes. A reunião está prevista para o fim da noite desta quarta-feira.

:: Em Brasília, mulheres indígenas reforçam pressão contra o marco temporal ::

“As mulheres não saíram hoje em marcha como estava previsto porque decidiram que o mais importante seria resguardar vidas. Elas não deixariam as crianças no acampamento e principalmente por isso tomaram essa decisão”, afirma Braulina Baniwa, da Terra Indígena Alto Rio Negro, de São Gabriel da Cachoeira (AM), que é uma das coordenadoras do movimento na capital federal, onde está desde o dia 20.

O STF foi cercado no início da tarde de quarta-feira por uma massa verde-amarela, cores que identificam os apoiadores de Bolsonaro. A região esteve quase totalmente blindada pela via S2 que dá acesso aos anexos dos Ministérios. Esteve impedido o acesso pelos estacionamentos tanto da Suprema Corte como do Anexo 2 da Câmara dos Deputados, que manteve fechado o portão da entrada. 

:: Delegação de mulheres potiguaras da PB chegam a Brasília para Marcha Nacional das Indígenas ::

Diferentemente dos anos anteriores ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, que principalmente a Câmara dos Deputados era praticamente um território livre para visitantes, os portões de ferro têm sido fechados a todo instante em que os parlamentares sentem a possibilidade de aproximação dos grupos antidemocráticos. Na tarde desta quarta-feira, a Polícia Legislativa novamente foi acionada para estar em maior número em frente ao prédio e nas laterais. 

Os pedestres somente tiveram acesso às proximidades do STF por uma escada no estacionamento dos fundos do Ministério da Saúde que dá acesso à N1, pois a via fica em um nível mais baixo do solo. Muitos carros com bandeirinhas e adesivos alusivos a Bolsonaro circulavam pelo local. O trânsito de veículos foi impedido nas vias da Esplanada dos Ministérios, marcando o dia tenso em Brasília.


Indígena da etnia Xikrin aguarda votação do STF sobre marco temporal em Brasília nesta quarta-feira (9) / Carl de Souza / AFP

STF suspende julgamento

O julgamento da tese do marco temporal no Supremo Tribunal Federal (STF) foi retomado nesta quarta-feira com a exposição do relator do caso, ministro Edson Fachin. Depois de mais de uma hora de apresentação inicial do relator, o presidente do STF, Luiz Fux, optou pela suspensão do julgamento e a retomada na quinta-feira para que não fosse fracionado o julgamento do mérito.

Fachin dividiu o voto em quatro partes. Na primeira tratou do que chamou de “elucidações preliminares e questões preambulares”. Em seguida, abordou a questão sob o ponto de vista histórico. Numa terceira parte, analisará o exame do mérito das ações judiciais possessórias em áreas reconhecidas como indígenas, dos direitos indígenas, direitos fundamentais e da natureza jurídica da demarcação.

:: Marcha das Mulheres Indígenas: organização promove campanha de arrecadação; saiba como doar ::

Na quarta e última parte do voto, Fachin abordará temas como: posse indígena e dos direitos dos povos originários; esbulho e sua configuração; estudos antropológicos; usufruto exclusivo e a posse permanente; títulos particulares em terras indígenas e a proteção ao meio ambiente em áreas indígenas.

Fachin pinçou trechos das sustentações feitas pelos amici curiae, na semana passada. O primeiro argumento lembrado foi o da advogada indígena Samara Pataxó, que ressaltou a importância do julgamento da tese do marco temporal para o futuro da continuidade existencial dos índios como povos originários. Fachin lembrou ainda do trecho em que a pataxó apontou que após o julgamento do caso Raposa Serra do Sol, as comunidades indígenas passaram a vivenciar uma nova rotina de conflitos.

Outra sustentação mencionada pelo relator foi a da advogada indígena Cristiane Soares e Soares, que enfatizou que estudos demonstram que as terras indígenas são as que mais protegem o meio ambiente, e que a posse indígena em seus territórios “não possuem as mesmas características da posse civil e que exigir dos povos indígenas que demonstrassem resistência até 5 de outubro de 1988, é exigir que tivessem o próprio direito à vida violado”, lembrou Fachin.

:: Marco temporal: STF adia para quinta (9) leitura de voto dos ministros ::

O relator do Recurso Extraordinário 1.017.365 também ressaltou a sustentação do procurador do estado do Amazonas, Daniel Pinheiro Viegas. Em sua fala contra a tese do marco temporal, Viegas rememorou que o aumento no desmatamento na região amazônica decorre em terras públicas, de propriedade da União, e não em terras indígenas reconhecidas. Outra crítica do procurador é que a defesa do marco temporal, tese empunhada pelos ruralistas, desconsidera a inovação normativa da Constituição de 1988, que garante a diversidade entre os povos e rejeita a integração forçada dos indígenas.

Resposta a Bolsonaro

O julgamento do marco temporal foi precedido por um aguardado pronunciamento de Luiz Fux logo na abertura da sessão do STF. A fala era uma resposta às ameaças golpistas proferidas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em um ato em Brasília e outro em São Paulo no feriado de 7 de Setembro. Na primeira ocasião, Bolsonaro aconselhou Fux (chefe de um dos poderes) a enquadrar os ministros da Corte. E, de tarde na capital paulista, aumentou o tom, afirmando não cumprira ordens do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Os discursos do presidente para os seus seguidores elevou a crise institucional a níveis mais altos.

Fux garantiu que o STF jamais aceitará ameaças à sua independência, muito menos qualquer intimidação. “Ninguém fechará esta Corte. Nós a manteremos de pé, com suor e perseverança”, discursou o magistrado. O presidente do STF reiterou que o não cumprimento de decisões judiciais “por iniciativa do chefe de qualquer dos poderes”, será encarado como um atentado à democracia, que resultará em “crime de responsabilidade, a ser analisado pelo Congresso Nacional”. Acrescentou, ainda, que incitar a população a propagar discursos de ódio contra o Supremo e incentivar o descumprimento de decisões judiciais são “práticas antidemocráticas e ilícitas”, que não podem encontrar tolerância em um ambiente democrático.

Rituais em vez de briga

Em meio a essa tensão na capital federal, o Acampamento Primavera Indígena virou um refúgio seguro. As mulheres capricharam nas cores das pinturas e dos colares, cocares, saiotes, com cantos em variadas línguas brasileiras. São 4 mil mulheres de 150 povos de todas as regiões do país. 

“Dá pra ver a força das mulheres nos cantos, nas danças, na cultura. Este é um reencontro pautado na vida, na cura, no afeto”, ressaltou Braulina Baniwa. Ela disse que diferentemente dos acampamentos anteriores, realizados em junho e agosto em Brasília, a 2ª Marcha das Mulheres Indígenas servirá para discussão de pautas específicas femininas. Claro, que essas pautas estão vinculadas diretamente com as questões que estão sendo discutidas no STF, como a tese do marco temporal, e no Congresso, o famigerado Projeto de Lei 490, que prevê alterações nas regras de demarcação de terras indígenas. 

:: Bolsonaro usa "fake news" para defender restrição em demarcações de terras indígenas ::

Braulina Baniwa explica que os assuntos que estão em pauta no acampamento se referem a temas como saúde, educação e saúde. “Foram muitas perdas na pandemia”, afirmou. O site Emergência Indígena, da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), revela que são 1.197 mortos pelo Covid-19, de 163 povos indígenas, com 58.791 infectados. Esses dados são atualizados diariamente.

“Queremos a valorização de nossas medicinas tradicionais”, cita Braulina Baniwa. “Essa rede de mulheres tem se colocado na pauta com muita velocidade, protagonizando em linhas de frente como em associações, nas comunidades e nas universidades. Desse modo, o diálogo com territórios tem se fortalecido muito. Hoje, elas têm orgulho de serem meninas indígenas.” A própria Braulina Baniwa é antropóloga, formada pela Universidade de Brasília, mas mora na Terra Indígena Alto Rio Negro. 

Artigo original publicado em Amazônia Real .

Tags: II Marcha das Mulheres Indígenas
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