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Início Internacional

Contra inflação

Alemanha lança tarifa de 49 euros para o transporte público

Bilhete mensal visa reduzir o custo de vida e ajudar o país a atingir metas climáticas

06.abr.2023 às 10h29
Redação
|DW

Trânsito de veículos em Berlim, na Alemanha - John Macdougall / AFP

A Alemanha deu início às vendas do bilhete para o transporte público local e regional em todo o país no valor de 49 euros (R$ 271), disponível online para residentes e turistas através de uma assinatura digital. O bilhete mensal poderá ser utilizado a partir de 1º de maio.

O Deutschland Ticket de 49 euros foi criado para ajudar a minimizar o custo de vida, ao mesmo tempo em que simplifica e torna mais acessível o transporte público, deixando-o mais atraente para os habitantes do assim chamado "país do automóvel".

A ideia é que motivar um número maior de cidadãos a trocarem os carros pelos trens poderá ajudar a Alemanha a atingir suas metas climáticas. Porém os bilhetes, cuja venda começou nesta segunda-feira (03/04), não cobrem viagens de ônibus de longa distância, nem em trens de alta velocidade como o Intercity Express (ICE).
Na retaguarda de outros países europeus

Em março de 2020, Luxemburgo se tornou o primeiro país a introduzir a gratuidade do transporte publico para residentes e turistas em todo o seu território. Em outubro de 2022, Malta adotou medida semelhante para quem comprar os chamados "cartões smart", disponíveis por uma taxa de registro de 15 euros, que garantem acesso à maioria dos trajetos de ônibus no pequeno país insular. Outras cidades europeias, como Dunkirk, na França, e a capital estoniana de Tallinn introduziram esquemas semelhantes.

Na Áustria, os usuários do transporte público podem viajar para qualquer ponto do país com o "bilhete do clima", que custa por ano 1.095 euros, com concessões para portadores de deficiência e famílias, entre outros. A capital, Viena, reduziu o preço do bilhete anual do transporte público para 365 euros em 2012.

Sucessor da tarifa de 9 euros

O bilhete alemão de 49 euros é o sucessor do bilhete mensal de 9 euros, adotado entre junho a agosto de 2022 e extremamente popular. Assim como a nova tarifa reduzida, ela resultou de um acordo entre os partidos da coalizão de governo da Alemanha para mitigar a alta do custo de vida.

À época, com o preço da gasolina e do diesel atingindo altas recordes devido à guerra na Ucrânia, o Partido Liberal Democrata (FDP) propôs às demais legendas da coalizão um corte nos impostos sobre os combustíveis. Em resposta, o Partido Verde insistiu num apoio semelhante aos usuários do transporte público, o que resultou na introdução do bilhete de 9 euros, dos quais foram vendidas mais de 52 milhões de unidades, segundo a Associação Alemã de Empresas de Transporte (VDV).

"Acho muito importante dizer que, ao longo desse processo, ninguém realmente parou para planejar essa tarifa", enfatiza o especialista em transportes e políticas da União Europeia (UE) Jon Worth. "A tarifa de 49 euros irá quase certamente levar a mudanças permanentes de comportamento, mas ainda não temos como saber exatamente quais serão."

O ex-candidato do Partido Verde ao Parlamento Europeu se diz "moderadamente otimista" em relação à nova tarifa, e avalia que quem mais sentirá o benefício é quem usa regularmente os trens regionais que cobrem distâncias mais longas.

Quem transita entre Aachen e Colônia – uma distância de cerca de 80 quilômetros – paga normalmente 200 euros por um bilhete mensal, valor que será agora reduzido para 49 euros. Contudo não há como saber se o incentivo bastará para atrair mais usuários para os trens.

"Os defensores dos automóveis tendem a argumentar que o motivo para usar carros não é financeiro, mas o conforto. Se os trens atrasarem demais ou estiverem muito cheios, ou um tanto sujos ou desagradáveis de serem usados, o custo de 200 ou 49 euros por mês não será o fator decisivo", diz Worth.

"Assim, há o argumento de que seria melhor investir em mais e melhores trens, em internet a bordo e conexões ferroviárias mais confiáveis, do que reduzir o preço dos bilhetes atuais para os consumidores que, de modo geral, já são capazes de custeá-los."

Recepção fria

Entretanto nem todos são a favor da tarifa de 49 euros. Alguns especialistas em transporte dizem que os custos para financiar esse esquema superam de longe os potenciais benefícios ambientais, numa época em que a rede de transportes públicos carece de investimentos.

Há quem argumente que o preço de 49 euros ainda é bastante alto para a parcela mais pobre da sociedade, além de não haver concessões para estudantes ou cidadãos de baixa renda. A ONG Greenpeace na Alemanha afirma que uma tarifa de 29 euros encorajaria um número maior de passageiros, e que o aumento da renda gerado pelas vendas compensaria o preço mais baixo.

Em Berlim, desde outubro de 2022 já se pode utilizar o transporte público dentro da região metropolitana da capital por 29 euros mensais. Além disso, desde janeiro os beneficiários da assistência social dispõem do "bilhete social", a 9 euros por mês. Esse benefício deve ser ampliado até pelo menos dezembro, enquanto a tarifa mensal de 29 euros será substituída pela de 49 euros em maio.

A pesquisadora Claudia Hille realizou um estudo sobre o impacto da tarifa de 9 euros em seis bairros de baixa renda na cidade de Erfurt. Ao jornal alemão Die Zeit, ela comentou que o valor de 49 euros não é compatível com as dificuldades financeiras enfrentadas por muitas famílias, e que muitos desejariam uma redução para crianças, jovens e aposentados.

"A liberdade é um termo mencionado com frequência. O bilhete de 9 euros fez com que alguns se sentissem menos solitários, em especial os idosos", acrescentou Hille.

Futuro incerto

Apesar de sua popularidade, há pouca comprovação de que a tarifa de 9 euros tenha motivado mais cidadãos a deixarem de utilizar seus carros em favor do transporte público.

A VDV calcula que a consequente diminuição da utilização dos automóveis representou menos 1,8 milhão de toneladas nas emissões de CO2 em apenas três meses. Ao mesmo tempo, o bilhete mais barato permitiu a muitos fazerem viagens que normalmente não fariam.

Os bilhetes de 9 euros foram duas vezes mais populares nas cidades do que nas áreas rurais, principalmente pela falta de conexões nas linhas do transporte público

"É verdade que a tarifa de 9 euros não reduziu muito o tráfego de automóveis, mas esse também não era o objetivo. Ninguém vai mudar seu comportamento no longo prazo por causa de uma experiência de três meses", concede Worth.

O especialista avalia que a nova tarifa tem potencial para provocar mudanças comportamentais permanentes, mas a Alemanha precisará fazer mais no setor de transportes para chegar perto de atingir suas metas climáticas.

O governo federal reservou 1,5 bilhão de euros para a estratégia entre 2023 e 2025, de modo a cobrir um possível déficit causado pela redução de preços em até 50%. O restante será custeado pelos governos estaduais.

Há, no entanto, dúvidas se haverá dinheiro suficiente para manter a tarifa de 49 euros no longo prazo, com as autoridades de transporte desesperadas por mais investimentos em trens e infraestrutura, num momento em que esses serviços deverão ser ainda mais utilizados.

"O objetivo é manter o preço de 49 euros pelos dois primeiros anos. Entretanto, as próximas eleições federais serão em 2025, e podemos contar que o Deutschland Ticket se tornará um tema quente de debate político", prevê o especialista Jon Worth.

Conteúdo originalmente publicado em DW
Tags: alemanhainflaçãotransporte público
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