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A Bolívia de Evo Morales e as eleições de 2019

É possível prever um 2019 de conflitos sociais, por isso é necessária a defesa do processo de mudança para além do bloco

31.ago.2018 às 09h48
Katu Arkonada
A ampliação da democracia conquistada pelo governo de Morales durante 12 anos pode ser sintetizada na palavra “inclusão”

A ampliação da democracia conquistada pelo governo de Morales durante 12 anos pode ser sintetizada na palavra “inclusão” - Reprodução/teleSUR

Em 14 de agosto de 2018, Evo Morales cumpriu 12 anos, 6 meses e 23 dias no cargo, superando, desta forma, Vitor Paz Estenssoro, presidente após a revolução de 1952, que havia acumulado 12 anos no comando do governo boliviano, ainda que de maneira descontínua (1952-1956, 1960-1964, 1985-1989). De tal forma, Evo se converte no presidente mais longevo da história da República boliviana, e, logo, do Estado Plurinacional da Bolívia. 

Este recorde se sustenta em três grandes vitórias nas eleições presidenciais de 2005 (54% dos votos), 2009 (64%) e 2014 (61%); assim como em dois referendos, o revogatório de 2008 (75%) e o constitucional de 2009 (61%). 

Entretanto, em 21 de fevereiro de 2016 aconteceu uma tentativa de perfuração da hegemonia (nas palavras da analista Helena Argirakis) com a derrota [do oficialismo] no referendo sobre o direito de Evo se candidatar uma vez mais, opção que obteve 49% dos votos frente a 51% da oposição, em meio a uma guerra suja contra a figura do presidente por meio das denúncias do chamado Caso Zapata. 

Apesar da ampliação da democracia conquistada pelo governo de Evo Morales durante 12 anos, que pode ser sintetizada na palavra “inclusão”, a mística do processo de mudança foi se esgotando, e a mudança já não poderia ser representada por quem está há uma década transformando a Bolívia com uma gestão de governo baseada na nacionalização dos hidrocarbonetos, uma nova Constituição que outorga direitos a quem nunca os teve e estabilidade econômica. 

Este sujeito político, sintetizado no que a Constituição boliviana define como movimento indígena originário camponês, se transformou. Segundo a ONU, quase 3 milhões de pessoas, em um país cujo censo não chega a 11 milhões, saíram da pobreza e se incorporaram a esta difusa “classe média”. 

O vice-presidente do país, Álvaro García Linera, define esta “classe média” em três: a tradicional, composta por parentes pobres da velha elite econômica; a classe que ascendeu a privilégios a partir de investimentos em educação e emprego; e uma nova classe média de extração popular, com investimentos iguais ou superiores às duas anteriores, fruto do processo de mudança. 

Contudo, apesar de ser o país da América do Sul cuja economia mais cresce durante os últimos anos, passou menos de um ano e meio entre a vitória de 61% das urnas e a derrota de 49% no referendo. Mas, de maneira paradoxal, não há oposição política, sendo os meios de comunicação hoje o principal partido de oposição. A oposição não conseguiu construir uma liderança, e está fragmentada e sem projeto político. Seu único discurso é o slogan “Bolívia diz não”, o que parece ser o suficiente para colocar em dificuldades o governo de forma temporária, mas não para vencer uma eleição. Sua única alternativa real é Carlos Mesa, ex-vice-presidente de Gonzalo Sánchez de Lozada, tão bom historiador como mau político e, provavelmente, o presidente mais inseguro da história boliviana. 

Por isso o partido midiático utiliza todos os dispositivos a seu alcance para negar a ampliação da democracia e construir um imaginário em torno da ditadura e corrupção, gerando um sentimento de rechaço em uma parte da população, classe média urbana e jovens que não conheceram o neoliberalismo. 

Definitivamente, na Bolívia não há dois projetos de país se enfrentando. Há um projeto de transformação política, social e econômica, ainda com limitações e erros depois de 12 anos; e, do outro lado, o vazio e os interesses de certos setores políticos e econômicos que se escondem atrás dos meios e as mal chamadas plataformas cidadãs. O diferencial é a Bolívia de Evo frente ao retrocesso social que implicaria um modelo como o da Argentina de Maurício Macri ou do Brasil de Michel Temer. 

Assim, é possível prever um 2019 de conflitos sociais (que obrigue o governo a estar respondendo à conjuntura política) e plataformas cidadãs articuladas como oposição na sociedade civil, manejadas e financiadas pelos velhos partidos. Por isso é necessária a defesa do processo de mudança para além do bloco nacional-popular que representa o MAS [Movimento ao Socialismo – partido de Evo Morales]. Finalmente, as conquistas foram para todo um povo. 

Os ingredientes para a vitória em 2019 estão em: uma liderança que dê unidade e coesão, e um movimento que, bem articulado, se converta em uma máquina eleitoral eficiente. Contudo, falta afinar o projeto, que já não pode ser somente a proposta antineoliberal. Precisa recuperar a mística e, retendo o núcleo duro (Evo poderia ser presidente com 40% dos votos se sai com pelo menos 10% de vantagem sobre seu principal opositor), atrair sim esta nova classe média de origem popular. É necessário voltar a irradiar a potência plebeia que pôs em marcha o processo de mudança, sobretudo, os jovens que não conheceram o neoliberalismo. É necessário construir não só uma alternativa econômica ao neoliberalismo, mas também cultural. 

Em 2025, se cumprem 200 anos da fundação da República da Bolívia por Simón Bolívar. É necessário terminar o que se começou em 1995 com a fundação do Instrumento Político para a Soberania dos Povos, em 2005 com a vitória do MAS.

*Katu Arkonada é cientista político, autor de livros relacionados à política latino-americana e membro da Rede de Intelectuais na Defesa da Humanidade.

Editado por: La Jornada | Tradução: Mariana Serafini

Artigo original publicado em La Jornada.

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