Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Geral

Bolsonarismo

Militares escolhidos por Heleno ainda dirigem Sala no Planalto sobre os povos indígenas

A Sala de Situação Nacional, criada em 2020 por ordem do STF, continua sob o comando de aliados de Bolsonaro

16.fev.2023 às 15h42
Rubens Valente
|Agência Pública

Ex-ministro do GSI, Augusto Heleno já deu várias declarações contra indígenas - Antônio Cruz/ABr

Militares escolhidos pelo ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) Augusto Heleno, um ferrenho bolsonarista que já deu várias declarações contra indígenas, suas organizações e a demarcação de terras indígenas, continuam presidindo as reuniões da SSN (Sala de Situação Nacional) sobre os povos indígenas que reúne cerca de 20 órgãos públicos e entidades.

Criada pelo Palácio do Planalto em 2020 por força de uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), a SSN é destinada ao acompanhamento da saúde indígena e das invasões e desintrusões de terras indígenas sob ameaça no país, incluindo a Terra Indígena Yanomami, invadida por 20 mil garimpeiros na gestão de Bolsonaro.

O estranhamento de indígenas e indigenistas ouvidos pela Agência Pública começa no próprio fato de o GSI, um órgão formado por militares e hoje sob suspeita de ter facilitado a invasão, por golpistas bolsonaristas, do Palácio do Planalto em 8 de janeiro, continuar dirigindo as reuniões do SSN mesmo no governo Luiz Inácio Lula da Silva, iniciado em 1º de janeiro. E com as mesmas pessoas do governo Bolsonaro. O coronel aviador da FAB (Força Aérea Brasileira) Ivan Lucas Karpischin, que presidiu reuniões da SSN ao longo de 2022 como representante do GSI de Augusto Heleno, continua na função e já comandou duas reuniões da Sala durante o governo Lula, em 20 de janeiro e em 3 de fevereiro. A próxima está prevista para esta sexta-feira (17).

Além dele, atuaram pelo GSI de Augusto Heleno na Sala de Situação e continuam atuando no governo Lula o tenente-coronel da FAB Cláudio Paradelo Peixoto, o tenente-coronel do Exército Ricardo da Silva Vieira e o sargento do Exército Anderson da Silva Santos.

“A gente esperava que [após a posse de Lula] aqueles militares não mais estariam ali. E eles permanecem. É uma situação que de fato constrange. É um resquício. A imagem deles representa aquele momento tão trágico que a gente viveu”, disse o advogado Maurício Terena, coordenador jurídico da APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), a principal organização indígena do país.

A SSN foi criada justamente após a APIB ingressar no STF com uma ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental), que recebeu o número 709, com o objetivo de tentar controlar a pandemia da Covid-19 entre os povos indígenas, face à inação do governo federal no início da doença.

A SSN é formada por vários órgãos públicos, como a Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) e a Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), a DPU (Defensoria Pública da União) e o MPF (Ministério Público Federal) e por organizações não governamentais como a APIB e o OPI (Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato).

“A nossa expectativa era que houvesse uma mudança nos militares que estivessem mediando aquelas reuniões. Porque o papel deles é muito mais de mediador, mas entendo que por diversas vezes, durante a ex-gestão de Bolsonaro, eles ‘passavam muito pano’ para o governo. A SSN foi feita para ser um ambiente em que a gente conseguisse ter acesso à informação, trocasse impressões e fizessem com que a ADPF alcançasse de fato seu objetivo. Ocorre que durante o governo Bolsonaro os agentes designados não contribuíam nem estavam a fim de contribuir com informações fidedignas, com raras, bem raras exceções. A política indigenista era de total abandono dos povos indígenas”, disse Maurício Terena.

Colocar o GSI no papel de presidir as reuniões da SSN foi uma escolha feita pela gestão de Augusto Heleno. A decisão do STF determinava a criação da SSN, mas não o órgão que a conduziria.

Um paralelo sobre essa função “indigenista” de militares pode ser encontrado na ditadura militar (1964-1985), quando o aparelho da repressão SNI (Serviço Nacional de Informações), criado pela ditadura logo após o golpe de 1964, e outros organismos militares, como o CSN (Conselho de Segurança Nacional), buscavam interferir e dar opinião no andamento do tema indígena, em especial sobre terras indígenas na Amazônia. Desde o fim da ditadura, em 1985, nunca o GSI ou seus órgãos antecessores em outros mandatos presidenciais, como o Gabinete Militar ou a Casa Militar nos anos de 1990, se imiscuiu na condução da política indigenista de forma tão direta como ocorreu na gestão de Bolsonaro.

A Pública procurou saber do Palácio do Planalto o motivo pelo qual os militares foram mantidos na SSN. A resposta lacônica da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social) foi: “A Secretaria de Comunicação Social não vai comentar”. A Pública então pediu que fossem enviados os contatos de Karpischin para que ele se manifestasse, mas não houve qualquer resposta.

Conteúdo originalmente publicado em Agência Pública
[jit-ads-region slot="artigos-halfpage-sidebar"]
[sibwp_form id=1]

Veja mais

Prevenção e direitos

Educação sexual desde cedo protege crianças e adolescentes, defende psicóloga

Contra a especulação

Movimentos populares realizam ato contra leilão de imóveis públicos que cumprem função social no RJ

Guerra psicológica

Suposto ataque a barco com drogas é narrativa ‘mal feita’ dos EUA para justificar escalada contra Venezuela, diz professor

Diplomacia

‘É contra o fascismo’, e não sobre o Japão, diz Celso Amorim ao participar de desfile militar na China

Julgamento

Falas de advogados no STF fortalecem acusações sobre trama golpista e tendência é condenação, avalia cientista político

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
  • Bem Viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevistas
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Rússia
    • Sahel
    • Cuba
    • EUA
    • China
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.