Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Geral

Crime

MTE flagra quatro indígenas em situação de trabalho escravo em Caxias do Sul

Quatro homens da etnia kaingang eram mantidos em uma fazenda em condições precárias de vida e sem remuneração

01.fev.2020 às 10h19
Fernanda Canofre
|Sul21
Condições precárias do local onde os indígenas viviam

Condições precárias do local onde os indígenas viviam - Condições precárias do local onde os indígenas viviam

A denúncia de um indígena levou o Ministério do Trabalho e Emprego a descobrir quatro indígenas vivendo em situação análoga ao trabalho escravo, no interior de Caxias do Sul, na última quinta-feira (11). Os quatro homens da etnia kaingang eram mantidos em uma fazenda, para trabalhar na colheita de caqui, em condições precárias de moradia e alimentação, sem carteira assinada e sem receber remuneração pelos dias trabalhados.

Os indígenas são naturais de Cacique Doble e contam que fizeram contato com o empregador através de outro trabalhador. A promessa é de que receberiam R$ 80 por dia de trabalho. Segundo um dos kaingang, eles estavam no local há pouco mais de 20 dias, quando o homem de 20 anos que fez a denúncia ao MTE pediu ao empregador para acertar as contas, que gostaria de voltar para casa. Nenhum deles havia recebido qualquer remuneração pelo trabalho na colheita, até então. O dono da plantação, no entanto, se recusou e ainda teria ameaçado o indígena de morte caso ele fizesse qualquer denúncia.

“Sempre trabalho em colheitas de maçã, cenoura, beterraba, em Vacaria, nunca tinha me acontecido. Sempre pagavam certo”, conta Sidivan Lolo, um dos kaingang encontrados no local. Os trabalhadores voltaram a Cacique Doble ainda na semana passada. “Tem muita gente que vai, todos os anos, para manter a família. A gente fica por um tempo, para pagar as contas, porque a gente tem dívida nos mercados”.

O MTE chegou à localidade na quinta-feira e encontrou os indígenas trabalhando na lavoura. Em seguida, a fiscalização fez uma vistoria pelo alojamento e na documentação dos indígenas empregados no local.

Outras imagens das condições precárias do local onde os indígenas viviam. (Foto: MTE/Divulgação)

“O alojamento era um lixo, era aquela coisa que tu não deixa cachorro frequentar. Sem higiene nenhuma, sem limpeza, sem roupa de cama. A casa por fora era boa, mas não tinha condições, não tinha cama, o banheiro não tinha água, os indígenas tinham que usar o mato ao redor. O empregador só entregava alguns alimentos, que eles tinham que preparar, segundo eles, em quantidade insuficiente”, diz o gerente regional do MTE, Vanius João de Araújo Corte, que esteve no local no momento do flagrante.

Ele conta ainda que, segundo os indígenas, a jornada de trabalho começava de manhã cedo e seguia até a hora de escurecer. Vanius explica que o tempo em que eles permaneceram no local ainda é incerto. Embora os indígenas afirmem que estavam ali desde o começo de abril, o empregador garante que haviam chegado há 10 dias.

O empregador foi notificado e deverá acertar R$ 9 mil de remuneração e direitos aos indígenas. Como garantia, ele teve de pagar R$ 500 para cada um. O MTE ainda encaminhou uma lista de autos de infração pelas condutas irregulares ao Ministério Público do Trabalho e ao ministério Público Federal, onde ele deve responder a ação judicial também por dano moral coletivo, por submeter pessoas à condição análoga ao trabalho escravo.

A situação dos indígenas chama a atenção por estarem em condição semelhante ao que o deputado federal Nilson Leitão (PSDB/MT) pretende transformar em lei para o trabalho rural. No começo do mês, o parlamentar apresentou o projeto de lei 6442, que pretende regulamentar que o trabalho rural possa ser remunerado com moradia e alimentação, não apenas dinheiro.

“Esse projeto legaliza o trabalho escravo, quer fazer com que isso possa ser uma prática recorrente. No momento que tu admite isso, ela retira todos os direitos do trabalhador rural, afasta aplicação de norma de segurança, passa a tratar o trabalhador como objeto, não como sujeito”, afirma Valnius. “Normalmente, eles são as pessoas que têm menor qualificação, que não têm outras opções, porque se tivessem não se submeteriam. Elas são trazidas de fora, via regra, não têm referência no local, por isso são mais vulneráveis que os demais”.

Além dos kaingang, outras três pessoas não-indígenas estavam empregadas no local. A situação delas, porém, era regular. Segundo o gerente regional do MTE, essa não é a primeira vez que indígenas são flagrados em trabalho escravo na região. Há dois anos, 41 pessoas foram encontradas em outra fazenda, também realizando colheita de frutas, submetidas à situação análoga.

Editado por: Sul21
Conteúdo originalmente publicado em Sul21
Tags: indígenasministério do trabalhotrabalho análogo à escravidão
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

MOBILIZAÇÃO

Ato pelo fim da escala 6×1 sem corte de salários mobiliza sindicatos e movimentos sociais na Paraíba, nos dias 10 e 11 de junho

Argentina

Apoiadores de Cristina Kirchner fazem convocação urgente para resistir a possível condenação

luta por direitos

‘Freedom Ride’: movimentos populares iniciam marcha contra ataques de Trump a imigrantes nos EUA

INDIGNAÇÃO

Caso Miguel completa 5 anos: mãe critica lentidão da Justiça

Oportunidade

Mostra Sagarana de Cinema recebe inscrições de filmes; saiba como participar

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.