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Migração

Refugiado congolês relaciona as finais da Eurocopa e da III Copa dos Refugiados

Jean Katumba está no Brasil há quatro anos e é um dos organizadores da Copa dos Refugiados, em São Paulo (SP)

14.jul.2016 às 19h11
Redação
Júlia Dolce
"O Brasil tem acolhimento mas não tem acompanhamento"

"O Brasil tem acolhimento mas não tem acompanhamento" - "O Brasil tem acolhimento mas não tem acompanhamento"

Uma semana após a homenagem de Cristiano Ronaldo a todos os imigrantes, com a vitória de Portugal sobre a França na decisão da Eurocopa, será realizada a final da III Copa dos Refugiados em São Paulo, no próximo domingo (17).

O evento, organizado pelos próprios refugiados de diferentes nacionalidades que vivem na capital paulista, tem o objetivo de promover a integração dos refugiados.

Esta edição da Eurocopa ficou marcada por diversos episódios racistas e xenófobos, reflexo da onda conservadora e nacionalista que está ressurgindo na Europa com a crise humanitária e aumento do fluxo migratório. Alguns exemplos desse comportamento que saíram na mídia foram os torcedores ingleses jogando moedas no chão para crianças refugiadas na França, e o relato de uma equipe de reportagem brasileira agredida com xingamentos racistas por torcedores.

Foi nesta Europa que cada vez mais fecha suas fronteiras para evitar a entrada de imigrantes e refugiados, que Cristiano Ronaldo, ele próprio imigrante da colônia portuguesa da Ilha da Madeira, dedicou a taça do maior campeonato esportivo do continente a "todos os portugueses e todos os imigrantes".

Dos 23 jogadores do time português, nove nasceram em outros países, como Cabo Verde, Angola, Alemanha e Brasil. O gol decisivo da final, por exemplo, foi feito pelo jogador Éder, nascido em Guiné-Bissau, ex-colônia portuguesa na África.

Esse potencial de questionamento e resistência política do futebol e do esporte no geral foi um dos motivos de um grupo de refugiados vivendo no Brasil se juntarem para criar a Copa dos Refugiados, em 2014.

Um dos organizadores da terceira edição do evento, Jean Katumba, afirmou em entrevista para o Brasil de Fato que acredita que a atitude de Cristiano Ronaldo não foi apenas interessante, mais muito significativa.

Katumba é congolês e está refugiado no Brasil há quatro anos. Para ele, seria "um sinal forte para o mundo inteiro" se os atletas brasileiros também dedicassem medalhas para os imigrantes nas Olimpíadas, que ocorrerão daqui a um mês no Rio de Janeiro.

Segundo Jean, os refugiados que vivem no Brasil também não estão sendo integrados na sociedade. "Se a gente sofria com perseguições físicas nos nossos países de origem, aqui estamos sofrendo perseguições morais, por falta do acompanhamento do acolhimento. A ideia da Copa dos Refugiados também é divulgar algumas informações, algumas carências que a gente lida no dia a dia para o governo se posicionar e resolver essas questões", afirmou.

A final da III Copa dos Refugiados, no dia 17, contará com uma partida feminina de um jogo tradicional africano, brincadeiras para as crianças refugiadas e um show de músicos refugiados, além das disputas de primeiro e terceiro lugar. O evento terá início às 10h, no Sesc Itaquera.  

Confira a entrevista na íntegra:

Brasil de Fato – Qual a importância do esporte na integração de imigrantes e refugiados?

Jean Katumba – Nós achamos que o esporte é muito importante na integração dos refugiados, porque para jogar futebol, por exemplo, não precisa ter visão política específica, religião, raça, tribo, ou nacionalidade.

O futebol facilita a confraternização entre os refugiados e melhora a integração com o país destino, porque ele ajuda a fazer as pessoas reconhecerem o valor dos imigrantes e refugiados.

A Eurocopa foi marcada por comportamentos racistas e xenofóbicos dos torcedores europeus, mas os times europeus estão repletos de jogadores imigrantes. O que simboliza o gol final de Portugal ter sido feito por um imigrante e a dedicatória do Cristiano Ronaldo a todos os imigrantes?

Acho que esse racismo e xenofobia na Europa também estão em todos os lugares do mundo. Eu achei muito significativa, não somente interessante, mas muito significativa a atitude de Cristiano Ronaldo.

A ideia da nossa Copa dos Refugiados é essa também: não ser somente o jogo pelo jogo, mas um projeto de divulgação dos problemas do dia a dia dos refugiados e imigrantes no Brasil.

Para as pessoas entenderam e para diminuir o preconceito e a discriminação, além de aumentar a integração equilibrada e ajudar a estabelecer os direitos dos imigrantes.

Você acha que os brasileiros são muito xenofóbicos com refugiados também?

Eu sempre agradeço o Brasil por essa possibilidade de acolhimento, por ele abrir as portas para acolher os imigrantes e refugiados. Mas nós estamos pedindo um acompanhamento de acolhimento do Brasil.

O Brasil tem acolhimento mas não tem acompanhamento. Nós não estamos conseguindo essa integração equilibrada. Se a gente sofria com perseguições físicas nos nossos países de origem, aqui estamos sofrendo perseguições morais, por falta do acompanhamento do acolhimento.

Acolher não  é somente dar lugar pra dormir ou documentos, mas também garantir direitos políticos e integração. A ideia da Copa dos Refugiados também é divulgar algumas informações, algumas carências com a qual a gente lida no dia a dia para o governo se posicionar e resolver essas questões.

Daqui a um mês teremos as Olimpíadas no Rio de Janeiro. Você acha importante que os atletas brasileiros também se posicionem a favor dos imigrantes e refugiados?

Tenho informações de que alguns atletas brasileiros também são refugiados e outros são imigrantes.

Essa atitude que Portugal mostrou ao dedicar a taça para os imigrantes, se o Brasil fizer assim também, vai ser um sinal forte para o mundo inteiro, seria uma boa atitude e mostraria um acolhimento melhor.

O que vocês esperam da final da III Copa dos Refugiados?

Eu espero muita coisa. Como o tema dessa edição é "Refugiados, Espaço e Oportunidade", nós estamos esperando que a Copa traga oportunidade para os imigrantes nesse espaço, porque é disso que nós precisamos.

Se eu não falar aqui minha opinião, ninguém nunca vai saber o que eu penso. Nunca vou conseguir algo sozinho, sem oportunidades.

Edição: Camila Rodrigues da Silva

Editado por: Redação
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